FALANDO SÉRIO

Advogado denuncia ameaças

Leuces Teixeira se sentiu ameaçado por agente da PC em meio a julgamento

Wellington Cardoso
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 12:13
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Criminalista Leuces Teixeira denunciou a FALANDO SÉRIO que se sentiu ameaçado por agente da Polícia Civil em meio a julgamento da semana passada no Tribunal do Júri. A “bronca” teria se iniciado com os questionamentos feitos pelo advogado ao policial, arrolado como testemunha contra homem levado ao Tribunal de Júri. Leuces quis saber se o agente já havia sido processado, ouvindo “não” como resposta. Da pasta, o criminalista tirou certidão de cartório desmentindo o depoente, que fora processado por crime de tortura.   Nos corredores. A outro policial civil, também testemunha no caso em julgamento, Leuces indagou se conhecia alguém que fora demitido da corporação e novamente ouviu “não”. E mais uma vez o advogado desmentiu publicamente o policial, indicando que ele era irmão de ex-detetive. Instalado o mal-estar, em um dos intervalos da sessão, já no corredor do Fórum “Melo Viana”, o criminalista foi interpelado por um dos policiais, relatou a situação em seguida ao juiz presidente de sessão, mas não se interessou por outras providências.   Parcialidade visível. Leuces, um dos mais polêmicos advogados de Uberaba com atuação no Tribunal do Júri, em todos os tempos, disse ainda ter considerado estranho o comportamento dos dois policiais que funcionavam como testemunhas arroladas pelo Ministério Público. “Tudo o que o promotor perguntava, eles respondiam nos mínimos detalhes, mas, quando as perguntas eram minhas, que atuava na defesa do acusado, ouvia-se não sei, não me lembro, o que é altamente suspeito” – frisou o advogado.   Vitória questionável.  E sobrou também para o Ministério Público em meio ao julgamento. Quando o promotor João Davina afirmou que “o bem está vencendo o mal” – aludindo-se à eventual condenação do acusado, Leuces Teixeira questionou: “Se o bem está vencendo o mal, onde estão as ações do Ministério Público em favor da saúde, da educação, do transporte...”.   Tudo errado. Virando suas baterias para outra área, Leuces comentou que, “tivesse eu sido eleito vereador e este processo contra o vereador Jorge Ferreira não estaria ocorrendo”. Para ele, que estudou o caso e concluiu pela ausência de provas contra o vereador acusado de assédio sexual e improbidade administrativa, o devido processo legal não foi respeitado. O advogado não entra no mérito das denúncias, mas entende que “a coisa não está ocorrendo de forma legítima”.   Garupa. Ignorada pelo intimado Gleibinho Júnior para depor, a Comissão Processante da Câmara pegou “carona” na ação civil pública feita pelo promotor José Carlos Fernandes. Citou declarações feitas no MP, mas lhe negadas por Gleibinho, que simplesmente não apareceu na audiência em que seria ouvido. Ao promotor, Júnior se confessou autor do organograma voltado para a captação de recursos tido como “prova” contra Jorge Ferreira, mas não quis dizer isso aos vereadores.   Reforço. Outras peças da investigação feita por Fernandes foram incluídas no processo administrativo conduzido pelos vereadores Dutra, José Severino e Cléber Cabeludo. Mas, não houve nenhuma conversa da Comissão Processante com o promotor, como chegou a ser aventado. Comissão e promotor não quiseram prova material contra o vereador investigado.   Cantor. Lourival dos Santos entusiasmou-se na leitura das denúncias de assédio sexual contra Jorge. Ao relatar conversa do colega contra servidora, chegou a cantar trecho de música que ela disse ter sido cantarolada por Jorge no dia do fato denunciad “Eu te darei o céu...”. Flagrado por si mesmo na empolgação, o presidente da Casa pediu desculpas ao público.   Morosidade. Leuces Teixeira estava com a “macaca” ontem na entrevista que me concedeu. Segundo ele, integrante do Judiciário em Uberaba – com atuação na área civil – estaria com 300 processos em condições de sentença. Pelo menos um deles desde 2007.   No peito. No Jardim São Bento, moradores de algumas ruas as fecharam ao trânsito oriundo de outra, instalando blocos de concretos nos entroncamentos. E estariam, inclusive, expulsando crianças de outras ruas que as procuraram para brincar. Segundo denúncias chegadas à coluna, a iniciativa teria sido de pessoas de melhor poder aquisitivo, interessadas no estabelecimento de uma espécie de condomínio, ao arrepio da Prefeitura.   Tensão. O clima reinante na Penitenciária “Aluízio Ignácio de Oliveira” não é dos melhores. A mistura de agentes concursados com outros de contratos que podem ser rompidos a qualquer momento, na ausência de um diretor (o interino fica em Belo Horizonte na maior parte do tempo), aumenta a tensão instalada com as investigações da tortura contra presos em Conceição das Alagoas. É que outras situações reinantes ali estariam despertando a atenção das autoridades, incluída a produção dos presos que trabalham na marcenaria.   Recuperando. Na quinta-feira o presidente do Instituto de Previdência dos Servidores recepcionará em Uberaba representante do escritório de advogado que cuida dos interesses das empresas lesadas pelo Banco Santos, onde o Ipserv tinha R$ 1,7 milhão em investimentos. Segundo Afrânio Machado Prata, que como conselheiro do Ipserv havia sido contra a aplicação, já foram recuperados 27,5% dos recursos investidos (R$ 507 mil).   Nomeações. Os experientes, dedicados e corretos Antônio Carlos Marques e Antenor Cruvinel compõem a nova equipe da Fundação Cultural escolhida por Rodrigo Mateus. Marques é diretor do Departamento de Ações Artísticas e Culturais e o comunicador assume a coordenação de Teatro. Secretária de Rodrigo no Procon, Tâmara Favarato Resende assume o Controle Interno.   Negociação. Ficou para amanhã a audiência que Anderson concederia ontem ao Sindicato dos Servidores Municipais.   Tendência. A falta de provas materiais e outros detalhes a serem tornados públicos podem determinar a absolvição do vereador Jorge Ferreira nesta terça-feira.   “Não se assinala o caminho apontando-o com o dedo, mas sim caminhando à frente.”

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