Ladrões ficam impunes. Relatório feito por delegado uberabense e encaminhado à chefia da Polícia Civil, em 2009, atestou o que Anderson Adauto e o Conselho de Segurança Pública vinham reclamando ao secretário de Estado de Defesa Social: o baixíssimo índice de apuração de furtos em Uberaba. Nem 10% dos autores de furtos chegam a ser identificados e submetidos ao Judiciário. Consequência, principalmente, da falta de pessoal na Polícia Judiciária, o que também foi alvo de reclamos ao Estado nos últimos cinco anos. Resultados indefinidos. O levantamento vazado para FALANDO SÉRIO mostra que houve mês de 2009 em que os furtos apurados não chegaram a 3% dos registrados. Em maio, por exemplo, uma única AISP - Área Integrada de Segurança Pública - acusou a ocorrência de 210 furtos e somente cinco (2,38%) foram investigados, o que não significa garantia de elucidação. Os critérios de seleção dos casos que mereceram atenção não foram mencionados. Roubos com inquéritos. Diferentemente dos furtos, as investigações de roubos – quando há agressão ou ameaça contra a vítima – apresentam melhores números. O mês de pior resultado de 2009 teve 81% dos registros investigados, mas igualmente sem indicação de sucesso no relatório enviado a Belo Horizonte. A chefia da Polícia Civil de Minas e o próprio então secretário de Defesa Social, Maurício Campos, não responderam aos questionamentos de Uberaba que motivaram o levantamento aqui detalhado. Carência de recursos. A falta de recursos financeiros é uma das maiores dificuldades encontradas pela Polícia Civil, que também esbarra no grande número de agentes suspensos por responderem a processos judiciais. Nos últimos cinco anos, diligências deixaram de ser feitas por falta de dinheiro para o pagamento das despesas dos policiais. Entre as viagens não feitas, está a que teria sido considerada importantíssima para a elucidação da execução do empresário Romes Daher, morto por engano por pistoleiros. A PC nunca pôde seguir as pistas levantadas. Na PM também. As carências de homens e dinheiro não são privilégios da Polícia Civil em Uberaba. A PM, com menor intensidade, enfrenta os mesmos problemas. O 4º Batalhão tem instalações para formar cerca de 200 soldados de uma só vez, mas não ocupa nem 50% delas, na ausência de autorização de Belo Horizonte. E, por mais de uma vez, nos últimos anos, viaturas ficaram meses paradas por falta de dinheiro para a recuperação de pequenos estragos. Aftosa. Copervale facilita a vida do criador de gado, disponibilizando vacinas contra a febre aftosa em suas Lojas Agroveterinárias. Oliveiro Donizetti de Moura foi o primeiro a ser atendido na loja de Uberaba, de intenso movimento no sábado, atraído pelo preço e a excelência da assistência técnica colocada à disposição. Bode expiatório. Comissão de Direitos Humanos da Arquidiocese aguarda a programação de data para solicitada audiência com os juízes da Vara da Infância e da Juventude. O objetivo do encontro é dizer àquelas autoridades que as instituições privadas de assistência social, não podem ser “bodes expiatórios” da ausência do Estado e continuarem a ser demandadas para internações determinadas pela Justiça. No entendimento da comissão, nas ordens judiciais não têm sido levados em consideração nem mesmo o perfil e as características dessas entidades, além das suas próprias condições de sobrevivência. E foi além. Profunda conhecedora das carências e das peculiaridades das instituições sociais de Uberaba - como ex-secretária da Ação Social e agora encarregada por Anderson da busca de recursos estaduais e federais para o setor, através de parcerias - Silvana Elias diz que o protesto da comissão que preside foi mais longe. Recente episódio da ordem de prisão expedida para diretora do Lar da Caridade, que se negou a receber menor por falta de vagas, foi levado ao conhecimento dos Conselhos Estadual e Federal dos Direitos Humanos. Segundo ela, as entidades de assistência social precisam ser feitas com bons olhos e não penalizadas por fazerem o papel que cabe ao Estado. Sacolas. As duas leis municipais que tornaram obrigatória a utilização de sacolas biodegradáveis pelos estabelecimentos comerciais de Uberaba, podem ser revogadas. Anderson determinou estudos com esse objetivo por entender que a legislação não atendeu às expectativas por questões técnicas. A ideia de substituir as atuais sacolas, prejudicais ao meio ambiente, não está descartada. A forma da sua substituição é que será aprimorada. Ficou claro. Entrevista de Anastasia à Rádio JM serviu também para mostrar a insensibilidade do Governo mineiro em relação ao funcionalismo. Ele admitiu que os salários são ruins e recorreu à tábua de salvação dos governantes (a Lei de Responsabilidade Fiscal) para deixar claro que, se eleito, a situação continuará como está. E ainda chegou ao cúmulo de atribuir também ao ano eleitoral a falta de aumento justo (e nos anos em que não houve eleição?). Uma e outra. Núcleo de Prevenção à Violência, dirigido pela psicóloga Beatriz França, promoverá seminário de segurança pública, este mês, em Uberaba.// Cruzeirense, o chefe do Estado-Maior do Corpo de Bombeiros de Minas autorizou o uso de caminhão da corporação para a festa do Atlético, campeão mineiro de 2010.// O próprio coronel Hermes Pereira, uberabense, admitiu a FALANDO SÉRIO que o fez com o “coração sangrando”.// “Sem PEC 300, sem Dilma” – diz faixa que PMs exibirão hoje no Parque Fernando Costa.// Já no segundo lote de convites à venda (R$ 115 - mulher e R$ 135 - homem), o cardápio da Festa da Nega é de dar água na boca. São mais de 20 tipos de petiscos e jantar.// Parabéns às torcidas campeãs no domingo.