Cheiro de droga
Agentes penitenciários que pedem anonimato – por razões óbvias – se dizem totalmente desiludidos com a profissão. Também eles já não confiam no sistema que integram com base em experiências vividas dentro dos muros da Penitenciária “Aluízio Ignácio de Oliveira”. É se sentir impotente diante de detentos ostentando aparelhos celulares e do cheiro de maconha no ar – diz um deles.
O bilhete
Recentemente, com mulher presa por tráfico de drogas, agentes encontraram bilhete em que a detenta se dirigia a alguém com a pergunta “o que você quer?” (para colocá-la na relação dos detentos que podem trabalhar fora do presídio). Um agente o arrancou das mãos dos colegas, que falavam em fazer comunicação oficial sobre a descoberta, e nunca mais se soube do bilhete.
Nomes na lista
Ressaltando que nem sempre as indisciplinas de presos resultam em consequências para os autores, um desses agentes considerou inadmissível existir uma lista de servidores eleitos como “alvos” em carta atribuída a membro do PCC e eles não serem informados de eventuais riscos que estejam correndo. Correspondência circulou nos pavilhões da penitenciária, mas seria tratada como se não existisse.
Policial condenado a nove anos
Investigador Júlio César Gonçalves, o Boiadeiro, terá de cumprir nove anos de prisão em regime fechado. A sentença é do juiz Ricardo Motta, no processo que apurou a explosão de caixas eletrônicos do Bradesco/Fernando Costa, na madrugada de 8 de agosto der 2012. O irmão do policial, Oswaldo Gonçalves Júnior, foi sentenciado a sete anos de prisão em regime semiaberto (recolhido à penitenciária, mas podendo trabalhar ao longo do dia).
Proteção a bandidos
Não há provas de que Boiadeiro e Oswaldo prepararam os artefatos usados na explosão dos caixas eletrônicos, mas, segundo o magistrado, “dizer que nenhum envolvimento tiveram (...) é ignorar as provas constantes dos autos”. A dupla teria agido em conluio com outros seis homens não identificados pela Polícia Civil, dando-lhes proteção. Juiz Ricardo Motta decretou também a perda da condição de policial por Boiadeiro e dos R$40 mil apreendidos em suas residências. Mas, concedeu-lhes o direito de apelar ao TJ em liberdade.
De olho
No mesmo processo, o delegado Elinton Feitoza declarou que não é incomum policial civil usar rádio HT na frequência da Polícia Militar. Exatamente como Boiadeiro fazia na madrugada do crime. O motivo é uma incógnita já que PC e PM têm missões distintas.
Gafes
Major do Exército que veio de Goiânia para presidir a troca de comando na Delegacia do Serviço Militar, nesta 4ª-feira, cometeu gafes em seu pronunciamento. Chamou o prefeito - ali representando - de Pedro Piau e trocou o sobrenome do Tony para Ramos.
Ação contra perito
Advogado prepara ação judicial contra perito a serviço da Justiça Federal. Questionará a capacidade do profissional para a atividade, mencionando alguns casos que envolvem pacientes à procura de benefícios do INSS. Um deles se submeteu a cirurgia em uma das pernas, aguarda para operar a outra, mas, ainda assim, o médico o considerou apto para o trabalho. Outro episódio envolve vítima de acidente de trânsito, com laudo da perícia da PC informando sua incapacidade total e permanente, mas esse não foi o entendimento do perito.
Jorge Aragão
Jockey abre na 2ª-feira a venda de convites para a tradicional feijoada anual, limitados a cinco por cota familiar e dois por sócio individual. A preferência do associado se estenderá até o dia 27. A atração musical deste ano é o sambista Jorge Aragão.
Desinformados
Por três vezes, este ano, policiais invadiram residência à procura de rapaz acusado de ameaçar de morte policial militar. Ocorre que o “acusado” está recolhido à Penitenciária “Aluízio Ignácio de Oliveira” desde agosto, segundo o advogado Leuces Teixeira.
Temperatura alta
“Caldeirão” está fervendo em Santa Juliana. Reclamando salários atrasados, motoristas da Prefeitura bloquearam nesta 4ª-feira os portões do hospital municipal, impedindo a saída de ambulâncias até que o dinheiro fosse liberado. Outros servidores da casa de saúde também aderiram ao movimento. Presidente da Associação de Doadores de Sangue, o líder comunitário Venceslau Cunha fala em recorrer ao Ministério Público.
Arrego
Superintendência do Hospital de Clínicas vai pedir arrego ao Ministério Público Federal. Quer que seja dada autorização à Funepu para fazer algumas contratações emergenciais de profissionais de saúde, o que está proibido há algum tempo.
Escassez
Muitos enfermeiros não aprovados no concurso da Ebserh - sem contratações efetivadas - pediram demissão na Funepu, antecipando a rescisão de contrato que viria, e alguns outros têm faltado ao trabalho. Tudo isso prejudica as atividades do HC.
Pedindo ajuda
Com 292 leitos ocupados nesta 4ª-feira, o superintendente da HC disse a FALANDO SÉRIO que está solicitando o empréstimo de profissionais de Saúde à Prefeitura para tentar suprir as carências do hospital, enquanto a Ebserh não faz as contratações previstas. Não resta dúvida que faltou planejamento para a transição da Funepu para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Se houve planejamento, algo saiu errado.
"Todos fecham os olhos quando morrem, mas nem
todos enxergam quando estão vivos.”
(Augusto Cury)