Sob suspeita
A suspeita de comportamento antiético de advogado e servidores municipais, estimulados pela judicialização da saúde, ainda não caiu no esquecimento no âmbito da Prefeitura. Há indícios de que pacientes do SUS eram estimulados a recorrer ao Judiciário. Na mira estariam os altíssimos valores de multas aplicadas à Secretaria de Saúde pelo não cumprimento de prazos – dinheiro que cabe à parte.
Por quê?
Entre os questionamentos a que remetem os processos instaurados contra o município está a baixa procura pela defensoria pública – e por isso gratuita – para a postulação de benefícios para pacientes de poucos recursos financeiros. Especula-se também sobre o não cumprimento das ordens judiciais pela Prefeitura, causador de multas que somaram quase R$2 milhões até o fim do ano passado.
Resultados práticos
Ainda não são conhecidos os resultados práticos da prisão temporária de Djalma Bessa. O delegado Alexandre Oliveira alicerçou o pedido da medida feita pelo Judiciário na alegação de que algumas diligências eram imprescindíveis para a completa elucidação do assassinato de Antônio Stacciarini. Entre essas diligências estava uma acareação entre duas testemunhas, tida como capaz de determinar o nível de relacionamento entre vítima e acusado. E para isso também precisariam ser ouvidos familiares do empresário.
Rompimento de barreira
Não se sabe também se o delegado belo-horizontino conseguiu romper a barreira por ele mesmo mencionada como empecilho à investigação, representada por Rotary e Maçonaria. Na opinião do policial, o companheirismo reinante entre os membros dessas instituições estaria impedindo que se conhecessem alguns detalhes sobre a vida pessoal de Djalma Bessa e Stacciarini.
Falta de motivo
Apesar de todas as dificuldades de apuração, incluída a falta de provas materiais robustas contra o zootecnista, Alexandre Oliveira frisou na conclusão parcial do inquérito sua convicção de que estaria identificado o autor do crime: Djalma. Ele só não sabia dizer qual foi o motivo, mas mencionou o prejuízo financeiro que o zootecnista teria acarretado ao amigo e assessorado Stacciarini com suas orientações sobre a administração de fazenda comprada pelo empresário.
Crack
Preparando-se para a definição da política municipal de combate ao crack, o secretário de Saúde convocou para a semana que vem reunião do comitê para isso constituído por Paulo Piau. A sociedade civil organizada está representada no grupo pelo Conselho Municipal Antidrogas. Fahim Sawan planeja inúmeras ações para o setor.
Negociando
Jornalistas de todo o Estado estão em campanha salarial. A pauta de reivindicações aos jornais, emissoras de rádio e televisão, revistas, empresas de comunicação e portais incluem reajuste de 12% e o estabelecimento de piso salarial de R$2,6 mil para jornada diária de 5 horas. As empresas propõem reajuste entre 5% e 7,5%.
A crise da saúde
As deficiências também da rede privada de saúde estão aumentando a procura pelo SUS com as consequências dela decorrente para as unidades de saúde mantidas pelos Estados e Municípios. Pode parecer incoerente, mas estudos especializados indicam que para fugir da demora de atendimento, da falta de vagas e da recusa de cobertura, possuidores de planos de saúde estão recorrendo mais ao serviço público.
Números alarmantes
Entre 2005 e 2010, o aumento de internações pelo SUS no País cresceu 59%. Em Uberaba, os números saltaram de 15.874 internações em 2010 para 16.452 no ano passado. Em 2011 elas foram maiores que no ano anterior e a tendência de crescimento está mantida. Por isso, o SUS decidiu partir para cima das operadoras de planos de saúde, querendo o ressarcimento das despesas decorrentes da assistência a conveniados na rede pública.
Especulando
Pode ter sido um só o fato que teria levado a equipe especializada de Belo Horizonte a concluir que policial uberabense poderia ter atrapalhado as investigações do assassinato de Stacciarini. Ao ser ouvido, Djalma Bessa ressaltou que não tinha motivo para matar o empresário. E era isso que a PC procurava: o motivo.
Olho Vivo
Governo mineiro começa a instalar os chamados radares inteligentes em rodovias sob sua administração no Triângulo Mineiro. Equipamento é capaz de “dedurar” ao posto policial mais próximo a passagem de veículo com imposto atrasado ou que seja produto de furto. Os primeiros estarão em Uberlândia, Tupaciguara e Araguari.
"Não existe maneira certa de fazer uma coisa errada.”
(Kenneth Blanchard)