FALANDO SÉRIO

André Fontoura nega a ingestão de bebida

Wellington Cardoso
Publicado em 04/08/2010 às 09:02Atualizado em 20/12/2022 às 05:02
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Excesso de velocidade em tragédia. Testemunhas do acidente da manhã (5h50) de 16 de julho no cruzamento da avenida Santos Dumont com a rua São Sebastião foram unânimes em afirmar que os veículos dirigidos por André Fontoura e Paulo Eduardo estavam em alta velocidade e avançaram sinais. Isso e inúmeros outros detalhes amplamente desfavoráveis aos acusados da prática de “racha”, que culminou com a morte do ciclista Lázaro Eustáquio de Oliveira, constam do inquérito submetido ao Ministério Público na semana passada pelo delegado Luiz Fernando Bernardes de Paula. O próprio Paulo Eduardo, em seu depoimento, admitiu estar dirigindo um Civic entre 60 e 80km/h (a velocidade máxima da avenida é de 60km/h).   Bebida alcoólica. Se André Fontoura declarou não ter ingerido bebida alcoólica nos momentos que antecederam o acidente, por estar fazendo uso de medicação, Paulo admitiu ter tomado “algumas cervejas long neck” com a amiga que o acompanhava num passeio pela cidade. Gabriela Renata ratificou isso e disse que o motorista da camioneta (André) causadora da tragédia já havia desrespeitado o sinal vermelho no cruzamento da avenida Leopoldino com Jaime Bilharinho, quando avistou o veículo pela primeira vez. Ela também comentou que, no local do acidente, o motorista da camioneta desrespeitou novamente a sinalização.   Memória falha. Não estão incluídos nos inúmeros detalhes dos momentos que antecederam o acidente, narrados por Paulo e Gabriela, a posição do semáforo da Santos Dumont com Manoel Borges. Os dois disseram não se lembrar se o sinal estava verde quando por ele passaram. Paulo afiançou que, ao passar diante do Munchen, reduziu a velocidade, pois no cruzamento da frente o sinal estava vermelho. Essa redução de velocidade esbarra em afirmação de testemunha, segundo a qual o Civic só parou praticamente no meio do cruzamento, pois estava correndo muito.   Por pouco. Outra testemunha contou que na esquina com a Manoel Borges a camioneta e o Civic avançaram o sinal e, por isso, por pouco não teve o seu próprio carro abalroado, quando deixava aquela rua – com sinal verde – para entrar na Santos Dumont. Já a afirmação de André, de que não ingerira bebida alcoólica, esbarra em depoimentos de técnico de enfermagem e de médico que o atenderam logo após o acidente. Há indícios de que ele também havia bebido – frisou o delegado em seu relatório.   Vai render. De nada adiantará a campanha (“Quem é de axé diz que é”) feita pelo Centro de Tradições Culturais e Religiosas Afro-Brasileiras para que os praticantes de Umbanda e Candomblé assumam isso no censo de 2010. O questionário preenchido pelos recenseadores do IBGE não permite isso. Somente católicos e evangélicos poderão ser contados com precisão, não os adeptos de outras religiões (cristãs ou não).   Está errado. Também o vice-presidente da Aliança Municipal Espírita chama a atenção para a impossibilidade de se contar os espíritas, pois a doutrina está com denominação errada no questionário. Segundo Fábio Antônio da Costa, o recenseado é levado a indicar se é “espírita” ou “kardecista” (segmento religioso inexistente). A doutrina praticada pelos kardecistas é a espírita, e não o próprio kardecismo, o criador dessa mistura de ciência e religião.         Confusão. Com a confusão criada, somente católicos e evangélicos poderão ter números de praticantes (ou simpatizantes) conhecidos. O erro na formulação da pergunta sobre outras religiões colocará umbandistas, espíritas e membros de outras denominações “no mesmo balaio”, pois o kardecismo não existe como religião.   Inusitado. Muitos curiosos foram atraídos ontem pela movimentação em torno de carro deixado no estacionamento diante do Fórum. Pessoas tentavam desesperadamente encontrar a dona do veículo, para que uma vida – deixada trancada no veículo exposto ao sol das 13h – fosse salva. Quando isso finalmente aconteceu, mais de uma hora depois, houve uma mistura de alívio, raiva e decepção na plateia. A vítima era um cachorro.   Sem ofensa. Perguntar não ofende: aposentar antecipadamente ministro do STJ – afastado do cargo há três anos sob acusação de participar de esquema de venda de sentenças – é prêmio ou fazer justiça? A decisão é do Conselho Nacional de Justiça, em julgamento do mineiro Paulo Medina. As provas contra os dois devem ser por demais robustas, pois eles sequer foram julgados criminalmente pelo STF.         Voltas que... o mundo dá. Há uns 10 anos, como presidente do TJ/MG, Medina foi recebido com tapetes vermelhos em Uberaba para inaugurar sala no Fórum “Melo Viana”. Aliás, tapete vermelho é estendido por aí afora para qualquer autoridade, não importando se ela é do bom ou do mal. Basta estar no exercício do poder. A hipocrisia prevalece.         Diligências. Delegado Luiz Fernando assumiu a presidência do inquérito que apura a morte do detento Antônio Wilson, mas as investigações ainda devem se arrastar por um bom tempo. Ele requereu novas diligências, incluída realização de perícia para identificar o perfeito ângulo de visão sobre a cela em que ele se encontrava em relação aos presos de outras. Antônio Wilson tinha problemas mentais e morreu em hospital depois de ser contido por agentes penitenciários, apresentando seu corpo algumas escoriações relatadas por legista. Investigação está em curso desde 2008.   Desigualdade. Rede de Supermercados Bretas convenceu cinco de seus fornecedores a destinarem R$ 75 mil/mês (durante dois anos) ao Uberlândia Esporte. A notícia é da imprensa daquela cidade, segundo a qual o presidente da rede “tem gratidão e imenso carinho por Uberlândia e seu povo e passou a entender que aqui precisa de um time de futebol forte”. Tratamento diferente foi dispensado ao USC, a quem, segundo o presidente Luiz Humberto, o Bretas não quis patrocinador, nem comprar o estádio “Boulanger Pucci”, depois levado a leilão.   Faxina. Dos 2,6 mil inquéritos anteriores a 2007 a ela confiados para conclusão, a delegada Ludmila Perfeito encerrou e remeteu 140 ao Fórum “Melo Viana”. A própria policial considera o número pequeno diante do volume herdado, mas há muitas dificuldades a serem superadas para o encerramento de investigações de casos registrados há mais de cinco anos.         Crimes. Os inquéritos enviados à Justiça referem-se a pequenos furtos (do tip R$ 5, dois CDs, revista), disparo de arma de fogo, lesões corporais e muitos crimes ambientais (criação de passarinhos e transporte clandestino de madeira, principalmente).   Uma e outras. Show de 1ª nesta sexta-feira (19h30), no TEU, por conta da Fundação Cultural: Escola de Viola e Gute (contando causos). Entrada franca.// Marcos Montes passou o dia de seu aniversário, ontem, correndo atrás de votos.// Padre Fontes abrirá as portas da Igreja N.Sra. Aparecida aos luteranos no dia 11 deste mês.// 1,6 mil caixas de cigarros avaliadas em R$ 1 milhão, apreendidas em Patrocínio e Frutal, serão queimadas hoje pela RF/Uberlândia. Apreensões do gênero têm aumentado em toda a região, segundo a RF/Uberaba.   “Só vive realmente quem ama.” (André Luiz)

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