FALANDO SÉRIO

Anúncio de que o Big encerra suas atividades vira briga nas redes

Wellington Cardoso
Publicado em 19/02/2021 às 20:41Atualizado em 19/12/2022 às 04:36
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François Ramos – Redator Interino

Guerra

Clima de beligerância presente na internet é absurdo! Grupo político da cidade acusou de “terrorismo” uberabenses que disseminaram mensagem de WhatsApp com placa exibida nas instalações de hipermercado, informando que o mesmo encerrará suas atividades na cidade a partir de 31 de março.

Radicalismo

Segundo a postagem, essa disseminação da mensagem seria uma tentativa de atacar o governo da prefeita Elisa Araújo e lhe atribuir culpa por algo que simplesmente não aconteceu, pois a unidade de Uberaba não irá fechar. Teria sido vendida para outro grupo com a promessa até de mais empregos.

Interpretação

O que se verifica, na prática, é que não há na mensagem (pelo menos nas versões que vi) qualquer discurso de responsabilização do poder público municipal pelo suposto fechamento da empresa, mas um simples exercício de interpretação, uma vez que a placa instalada nas dependências da unidade registra: “Senhores(as) clientes, a partir do dia 31/03/2021, encerraremos as atividades em nossa loja”. Assim, a preocupação de quem leu a informação é justificada e representa na realidade a empatia com os trabalhadores diante do risco de mais empregos se perderem neste período de pandemia, que tantos danos trouxe para a economia.

Comunicação

Que bom saber, por intermédio do colega Alexandre Pereira, que ocorrerá com o hipermercado instalado em Uberaba apenas uma sucessão, já que a unidade teria sido adquirida pelo grupo Villefort, o que deve preservar os postos de trabalho.

Ódio

Eleições passaram, mas o clima de ódio, além de se fazer presente é crescente, principalmente na militância extremista. Um fenômeno infelizmente presente em todos os níveis da política (federal, estadual e municipal) e em todas as frentes ideológicas (direita, esquerda e centro) o que só prejudica a governabilidade e a democracia.

Monitoramento

Militantes radicais (extremistas que não têm partido) passaram a idolatrar políticos e seus discursos (principalmente os mais grotescos). Dedicam o dia a “vigiar” as redes sociais como inquisidores medievais. A qualquer sinal de um comentário ou post que não os agrada, entram em páginas pessoais para ameaçar, atacar e ofender as pessoas, simplesmente porque pensam diferente. Estranho que gostam de justificar a atitude na liberdade de expressão (que parecem desprezar), mas não respeitam a Constituição quando o direito pertence ao “outro lado”.

Pois é

Como destacou o advogado uberabense Euseli dos Santos, “a coisa anda tão esquisita, que um deputado federal foi preso por fazer apologia ao AI-5, desrespeitar a autonomia dos poderes e pregar a ditadura, mas a primeira coisa que fez foi exigir respeito às suas prerrogativas constitucionais e ao instituto da imunidade parlamentar no uso da palavra”. Que País é este?

Como?

Ainda de acordo com Euseli dos Santos, mais triste ainda, é ver advogado replicando mensagens em que afirmam que “os brasileiros de coragem, do bem, estão com você deputado!”. Isso é ignorar os preceitos constitucionais mais elementares para defender aquele que comete um atentado contra o Estado Democrático de Direito, simplesmente porque o agente da ilicitude difunde o discurso ideológico que no momento político atual o agrada. “Cadê o respeito ao juramento profissional que fazemos perante a Ordem dos Advogados?”, indaga.

Triste

Confesso que estou assustado com a forma como a expressão “cidadão de bem” vem sendo utilizada atualmente, ou seja, associada a atos de desrespeito contra os direitos humanos, que a todos pertencem, mas os governos não asseguram; na difusão de uma moral que somente um grupo político detém e que justifica todos os seus erros, na defesa da ditadura e para justificar o completo desprezo por qualquer um que pense diferente.

Lixo

Nessa onda do “gostar somente daquilo que convém” simpatizantes de político “A” ou “B” rotulam como lixo a imprensa que divulga verdades inconvenientes. Pregam o fechamento de jornais e emissoras de rádio e TV a cada informação que revela uma face ou um fato indesejado do universo particular que o militante defende.

Socorro

Contudo, esse mesmo indivíduo que brada “imprensa lixo” é o que ouve programas de rádio que fazem exclusivamente a defesa do seu “malvado favorito” (pouco importa o partido) e que cobra dos jornais que exponham a corrupção (mas somente do outro grupo). Engraçado é que se o cemitério cobra caro, se a polícia abusa da autoridade, se faltam vagas no hospital, se furam a fila da vacina ou se abre um buraco na rua da sua casa adivinham pra quem esse “cidadão de bem” liga e pede ajuda pra denunciar?

Coronelismo

O Brasil vive tempos sombrios! Perder uma eleição ou manifestar apoio a um candidato (que não vença) representa o risco de ser cerceado em seus direitos, de ser perseguido e ver negada até mesmo a sua dignidade. Ilegalidade e imoralidade só existem no comportamento do outro. Tudo tem justificativa quando o ato é cometido por quem está no poder e nas “graças” do povo naquele momento.

Frágil

Será esta uma era de “ditadura da ignorância” jamais imaginada por um povo que lutou arduamente pela liberdade? Terão as chagas da corrupção, da ausência de respeito à educação e à ciência, que foram provocadas pelos sucessivos governos democráticos, remetido o Brasil para um novo período de trevas caracterizado pela incapacidade do exercício pleno da cidadania e que permite depositar na cota de “Deus”, a responsabilidade pela insanidade política que ora se materializa no cotidiano nacional? Fica a reflexão necessária para que o País encontre um caminho de real desenvolvimento.

Boa notícia!

A uberabense Natália dos Santos Prata Sisconetto, que atuou como professora voluntária em ações educacionais destinadas a jovens carentes, que almejam uma aprovação em concursos públicos e que possui capítulos e livros jurídicos publicados e comercializados em todo o território nacional, acaba de ser agraciada com o título de Doutora Honoris Causa em Educação Jurídica pela Académie et Université Honorifique Philo-Romaine des Saints Constantine et Charles.

Frase

“Jornalismo é a cura para a desinformação”. Claudio Stringari

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