François Ramos – Redator Interino
Crise
Proliferação de apresentações de rua pelos semáforos de Uberaba demonstra um pouco da crise experimentada pelo setor cultural ao longo de dois anos de pandemia do coronavírus. Não são apenas amadores que se esforçam para capturar a atenção dos motoristas e faturar um trocado nos poucos segundos em que o sinal fica fechado, alguns são artistas circenses que perderam espaço com o crescente desinteresse do público pelo picadeiro.
Pandemia
Não bastassem os males decorrentes da cultura globalizada e um contexto tecnológico que pouco beneficia a arte circense, a pandemia de corona vírus fez com que estes espaços ficassem se poder receber público por um longo período de tempo. Vários foram os circos que fecharam definitivamente as portas em todo o Brasil. Com isso centenas de famílias de artistas envolvidas na rotina circense ficaram sem emprego e muitos são aqueles que foram para as ruas se apresentar para conseguir sobreviver.
Drogas
Contudo, as ruas de Uberaba não constituem espaço apenas para apresentações artísticas. Ao longo do dia o motorista facilmente é abordado por usuários de drogas que buscam recurso para sustentar o vício. Crack, maconha e outros “produtos” ilícitos impulsionam a mendicância na cidade.
Recuperação
Também não é raro encontrar aqueles que pedem “doações” para as conhecidas “fazendinhas”. Pessoas que dizem representar instituições de apoio e recuperação para carentes viciados em drogas ilícitas são identificadas nos principais semáforos da cidade. Muitas vezes a origem da casa de saúde é simplesmente desconhecida pelo motorista uberabense. A recusa muitas vezes é acompanhada por severa repreensão daquele que pleiteia a “colaboração”.
Internacional
Soma-se ao contexto da mendicância na cidade dezenas de estrangeiros, muitas vezes acompanhados por crianças em flagrante situação de vulnerabilidade. Uma consequência direta da irresponsabilidade de um País que tem mais de 15 milhões de desempregados e abre suas fronteiras para refugiados sem possuir a necessária estrutura para que o “abrigo” concedido seja acompanhado da dignidade humana.
Estratégia
Farmácias movimentadas, supermercados, bancos e lotéricas estão entre os pontos frequentes da mendicância. Muitas vezes a abordagem é inconveniente e agressiva, principalmente com idosos, que acabam cedendo ao pedido de dinheiro por medo. A situação se agrava em dias próximos aos pagamentos dos benefícios do INSS.
Balboa?
Direção do Instituto Federal do Triângulo Mineiro não aguentou as “pancadas” desferidas por pais e alunos insatisfeitos com o adiamento por 30 dias do retorno às aulas presenciais. Após tornar público que somente retornaria com as atividades discentes no campus de Uberaba no dia 7 de março, bastaram dois dias de intensa pressão para que o IFTM voltasse atrás.
Nova Data
Por intermédio de comunicado oficial publicado no final de tarde de ontem, o IFTM declarou que “buscando ajustes e melhorias na decisão prévia, publicada em 2 de fevereiro”, o Comitê de Crise reuniu-se novamente e decidiu alterar para 14 de fevereiro, o retorno às aulas presenciais no campus de Uberaba.
Batom
De forma no mínimo curiosa os ajustes para atender as diretrizes do Decreto Municipal nº 1.672 da Prefeitura de Uberaba, atualizado em 1º de fevereiro, que levariam um mês segundo o informe anterior foram objeto de uma nova estratégia do IFTM, o que permitirá o retorno em uma semana após a data original. Vale lembrar que antes do adiamento a data fixada no calendário era dia 7 de fevereiro. Em diálogo com os pais e alunos a instituição já havia dito que não era possível assegurar o distanciamento social em razão das limitações físicas do campus, em especial a dimensão das salas de aula em relação à quantidade de alunos.
Nem Deus!
Ninguém está a salvo! A marginalidade uberabense não perdoa sequer a casa de Deus. Criminosos invadiram igreja católica na região central e furtaram cabos elétricos impondo prejuízo superior a R$5 mil com os danos impostos à estrutura.
Receptadores
Triste é pensar que os marginais não enfrentam qualquer dificuldade para vender o objeto do furto. Vários estabelecimentos da cidade compram o “ferro-velho” sem questionar a origem. Apesar de a receptação ser crime punível com prisão, a certeza da impunidade continua estimulando alguns “empresários” do setor de reciclados a “investir” na prática.
APAC
Criminalista Leuces Teixeira está esperançoso com o movimento pela APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) de Uberaba. Segundo ele a instituição poderá auxiliar ações que realmente viabilizem a ressocialização daqueles que cumprem pena na cidade. Segundo ele recursos existem, mas falta projetos para captá-los.
Dignidade
Leuces assevera que não há recuperação sem condições estruturais. Importante lembrar que muitos daqueles que integram a criminalidade local são reincidentes. Assim, o trabalho da APAC pode contribuir e muito para potencializar as condições de ressocialização e de forma consequente auxiliar a reduzir o crime em Uberaba.
Opção
O Hospital Universitário Mário Palmério recebeu neste final de semana testes rápidos de antígeno para a detecção da Covid-19. Os resultados são disponibilizados em até quatro horas após sua realização e custam por volta de R$100,00 (cem reais).
Condições
Para realizar o teste de Covid-19 no Hospital Mário Palmério é necessário o uso de máscara e apresentação de documento com foto. O pagamento em dinheiro pode ser feito em dinheiro ou com o uso de cartão de crédito ou débito. O horário de atendimento é das 7h às 17h. Para mais informações basta ligar no 3352-1725.
Frase
“O mais interessante é o desinteresse do interesse público!” – Kacique Belina