FALANDO SÉRIO

Arrependido de exoneração

Catanant viu Gilton César ser reeleito presidente da Câmara de Campo Florido.

Wellington Cardoso
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 04:23
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Prefeito Catanant, de Campo Florido, deve estar arrependido da exoneração de universitário irmão do vereador Gilton César Povoa, no apagar das luzes da administração passada. Na 5ª feira, Gilton foi reeleito presidente da Câmara. Não ter o ocupante do cargo como aliado é sempre perigoso para um chefe de Executivo.   Polícia acuada. Mais um exemplo do uso do Ministério Público por bandidos uberabenses para colocarem as polícias na parede. Recentemente, o tenente Marcos Silva concluiu sindicância, instaurada a pedido da promotoria, em que policiais militares eram acusados de arbitrariedades. Um dos autores da denúncia é Bruno Henrique Assainte, preso no último dia 30, durante tentativa de assalto em posto de gasolina.   Alguns a menos. Ao formalizarem denúncias contra policiais, os marginais ficam na expectativa de afastá-los do seu próprio caminho e até mesmo das investigações. No caso da queixa feita por Bruno, o outro denunciante é homem com inúmeras passagens pela polícia por tráfico de drogas, pai de moça que cumpre pena também pela venda de drogas e de rapaz também acusado. No local, em outra operação antidrogas, outra mulher foi presa.   Inversão de valores. Já os policiais acusados de arbitrariedades – “plantar drogas em residência” – são profissionais de ficha limpa e considerados de “linha de frente” no combate às drogas. A casa em que teriam “preparado o flagrante” é conhecida como ponto de drogas e palco de inúmeras prisões em diferentes ocasiões. “Para plantarmos drogas ali, teríamos de ter convênio com grandes fornecedores” – exemplifica policial.   Votos decisivos. Os situacionistas Luiz Humberto Dutra (PDT) e Afrânio Cardoso (apesar de filiado ao PP) começam a nova legislatura como “vilões”. São responsabilizados pela derrota de Cléber Cabeludo na disputa pela presidência da Câmara. O derrotado se sente traído pelos dois, que foram decisivos para a reeleição de Lourival dos Santos.   Palavra quebrada. Dias antes, na tentativa de atrair Dutra, Cléber ofereceu ao colega um lugar na Mesa Diretora e não insistiu diante do que ouviu: “Não voto no Lourival e, na Mesa, não me serve ser meio ou rabo, mas apenas a cabeça [presidente]”. De Lourival, o líder do prefeito teve também a garantia que não votaria em Dutra em hipótese alguma. Diante disso, baixou a guarda e foi nocauteado. Dutra não honrou o que disse – queixa-se Cabeludo.   Caiu do muro. Quanto ao Afrânio – explica Cléber –, ele assegurou por mais de uma vez, inclusive ao prefeito, que não votaria em nenhum dos candidatos. Permaneceria neutro. Em cima do lance, seduzido pelo convite para assumir a vice-presidência, o filiado do PP caiu do muro.   Sargento Garcia. Contra todos os prognósticos, Lourival dos Santos faturou, mais uma vez, a presidência da Câmara. Foi o grande beneficiado das “traições” de Afrânio e Dutra.   O sargento Garcia prendeu o Zorro.   Consenso. Por se tratar de uma disputa entre aliados, Anderson chegou a entrar diretamente nas negociações entre os vereadores, antes de ser empossado para o seu segundo mandato.   Queria uma chapa de consenso.   Não conseguiu.   Cains. A história registra episódios inacreditáveis como fatores determinantes de uma eleição na Câmara. Uma das disputas, por exemplo, foi vencida com a utilização de mulher casada embarcada em Uberaba para se encontrar com o votante indeciso em São Paulo. O interessado no voto – e que efetivamente venceu – se encarregou de ajeitar o encontro.   Povo pagou. E quem bancou as despesas de viagem da cobiçada senhora – sonho de consumo do vereador de voto a ser conquistado – foi o Legislativo.   Ainda hoje pouquíssimas pessoas conhecem o nome da mulher que decidiu a eleição.   Sexo. Não só em disputas pela presidência da Casa, mas a história não publicável da Câmara de Vereadores registra centenas de casos envolvendo trocas de todos os gêneros na tomada de decisões, as mais variadas.   Os personagens – muitos deles ainda vivos – rezam todos os dias para que essas histórias permaneçam apenas nos bastidores.                   Furado. Se o babalorixá Carlos previu realmente o aumento da criminalidade violenta em Uberaba, em 2008, errou feio, segundo constatação da Fundação João Pinheiro. Os números estiveram em queda deste março.   Promovidos. Fim de ano com promoções na 5ª RPM e em Uberaba. Os majores Hércules dos Reis Silva e Isauro dos Reis Neto agora são tenentes-coronéis. O tenente Anderson Claiton Borges foi a capitão e Márcio José Cândido a 1º tenente.       Sargentos. A 1º sargento foram promovidos Edmilson de Moura, Moacir Alves, Sérgio Buriti e Laurindo Neto; a 2º sargento, Maraíldes Dolinski, Kaiton Custódio, Wellington Rosa, André Inácio e Ângelo Clemente. O cabo Ronaldo Inácio, morto por assaltante, em BH, quando concluía curso, foi promovido post mortem a 3º sargento.       Corte. Recém-empossado na presidência do Sindicato dos Servidores Municipais, Afrânio Machado Prata faz amplo levantamento das despesas a serem cortadas na entidade. A tesoura começa pelos gastos com publicidade.   Prorrogação. Para não atrapalhar viagens de férias dos professores, o secretário Marcão, da Educação, anunciou ontem a prorrogação do período de inscrição para candidatos às eleições de diretor escolar.   O período, que iria apenas de 5 a 9 de janeiro, foi estendido até o dia 16.   “Para odiar as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” (Nelson Mandela)

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