Acusação
Empresário Romeu Costa Telles não poupou China em seu pronunciamento na audiência pública de sexta-feira sobre o Frigorífico Boi Bravo. Fez graves acusações contra o vereador e pôs em dúvida a veracidade das assinaturas constantes em abaixo-assinado exibido pelo edil, que o antecedeu na fala a um público maciçamente favorável à empresa. Depois de China ter falado em vinte mil assinaturas no documento que pede o fechamento do frigorífico no bairro, Romeu recomendou que se fizesse detalhada checagem de nomes e grafia, deixando a entender que haveria assinaturas falsas. Além disso, segundo o empresário, o abaixo-assinado foi colhido no centro da cidade, não representando o sentimento dos moradores da Grande Abadia. Antes da audiência, China pediu à Justiça o fechamento do Boi Bravo por falta de alvará.
Cadeirada
Pelo menos uma cadeira voou no auge do acirramento de ânimos na audiência pública. Servidoras do cerimonial da Prefeitura, microfone em mãos, foram parar a metros de distância, acompanhadas por alguns marmanjos.
Divergência
Se havia uma trégua entre os vereadores China e Edmilson de Paula, as divergências entre eles devem ter se aprofundado na sexta-feira. Doidão é totalmente favorável ao frigorífico e deixou isso mais do que claro, depois do colega ter batido em retirada.
Bom senso
Maioria dos populares presentes à audiência deixou claro, fora dos microfones, que está mais preocupada com emprego do que com mau-cheiro. E apelou para que prevaleça o bom senso.
Falta de coragem
“Quem não tem coragem para mostrar a cara, que faça denúncia de forma anônima” – desabafou o advogado Leuces Teixeira diante da ausência da maioria absoluta dos criminalistas na reunião de sexta-feira na OAB. Encontro convocado para uma troca de queixas entre advogados sobre “a morosidade reinante na Vara das Execuções Penais”. Apenas o próprio Leuces e o colega Paulo César deram as caras por lá. Não se sabe, porém, se todos os demais criminalistas estavam informados sobre a reunião.
Fogo cruzado
Horas depois de conversa com o Ministério Público, que exige do município a sua retirada da coleta de lixo dos grandes geradores, a Prefeitura foi surpreendida com notificação judicial em sentido contrário. A juíza Claudiana Silva de Freitas, substituta do colega Timóteo Yagura, determinou à Prefeitura que recolha o lixo do Shopping Uberaba. O promotor Carlos Valera, coordenador das Curadorias do Meio Ambiente, quer que os próprios geradores cuidem da destinação do lixo.
Filme queimado
No mundo jurídico, a semana passada foi marcada por artigos e manifestações que puseram o ministro Joaquim Barbosa na parede. Foi quase que unânime a afirmação de que ele “pisou na bola” ao exigir que preso do regime semiaberto cumprisse parte da sentença antes de poder trabalhar externamente.
Perigoso
O entendimento do “herói” do julgamento mensalão, prejudicando condenados, por ele impedidos de trabalhar, deixou registrado que no Supremo Tribunal Federal, a mais alta Corte do País, também se erra. No caso, ficou patenteado que Joaquim Barbosa fez interpretação equivocada da Lei das Execuções Penais.
Combate ao crack
Até o final do ano que vem, a Secretaria de Saúde terá estrutura para melhorar as ações voltadas contra o consumo de drogas ilícitas. Paulo Piau deu a Fahim o “sinal verde” para a construção de unidade de atendimento ambulatorial CAPS-AD (álcool e outras drogas) e de dois centros de acolhimento de dependentes químicos para processo de desintoxicação. Secretaria de Saúde foi autorizada a colocar as obras em licitação.
Tráfico
Quanto ao combate ao tráfico, o município passará a monitorar eletronicamente áreas de “bocas de fumo”, em parceria com o Ministério da Justiça e a PM. Projeto apresentado pela Prefeitura foi aprovado por Brasília e equipamentos chegam em breve.
Impunidade
Ficarão impunes os autores de roubo de moto em posto de gasolina na avenida Nossa Senhora do Desterro, em janeiro. Polícia Civil não conseguiu identificar os criminosos e o inquérito será arquivado por recomendação do promotor Laércio Conceição. Como tantos outros.
Duplicação da 050 em Goiás
Iniciada na década de 90, em Uberaba, a duplicação da BR-050 agora avança no Estado de Goiás. Concessionária do trecho entre Delta e Cristalina (GO), a MGO Rodovias, que banca o investimento, deu início às obras em Cristalina e Ipameri, em solo goiano, e a previsão é de conclusão até março de 2015. E, a partir daí, começará a cobrança de pedágio. Cronograma semelhante ao da BR-262.
Estratégia venceu a insegurança
A duplicação da BR-050, entre Uberaba e Uberlândia, foi dada ao então prefeito Luiz Guaritá pelo presidente Itamar Franco e o seu ministro da Fazenda, Fernando Henrique. Temeroso de uma eventual interrupção das obras no futuro, Guaritá também arrancou da União o compromisso de que elas começariam por Uberaba, no sentido Delta, para chegarem à Anhanguera (no inverso havia suspeita de paralisação em algum momento). Isso garantiu o trecho por inteiro e o posterior prosseguimento da duplicação rumo a Uberlândia.
“Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.” (Luís Fernando Veríssimo)
