Beethoven reage a crítica de Caio: “o que ele já fez pela causa animal”?

Em uma de suas raríssimas manifestações públicas contra o posicionamento de vereador, o secretário de Governo resolveu responder às críticas de Caio Godoi ao convênio firmado pela Prefeitura com o Hospital Veterinário. E recorreu de início ao bom humor meio sarcástico de Ariano Suassuna.

Dois tipos
Dizia o intelectual, dramaturgo, filósofo, escritor e advogado, dentre outras qualidades, falecido em 2014, que dividia a humanidade em dois tipos: 1 – Os que gostavam e concordavam com ele: 2 – os equivocados. “E faço essa divisão maniqueísta para ilustrar o posicionamento do vereador” – afirmou Beethoven.

Um sucesso
“De vez em quando aparece um equivocado para criticar o convênio” – disse o secretário, afirmando que os números comprovam o sucesso da parceria entre a Prefeitura e o Hospital Veterinário: mais de 11 mil exames, 3,2 mil atendimentos e 700 cirurgias, tudo de forma gratuita.

Tiro no pé
Para Beethoven Oliveira “é um tiro no pé criticar essa ação em prol do cidadão”. E parte para a ofensiva. “Aliás, o vereador (Caio), autor da crítica, fez qual ação efetiva para a causa animal?” – provocou, detalhando que Caio Godoi pode ter iniciativas próprias como a captação de emendas de fora ou impositivas locais.

Com razão
O secretário de Governo fechou a sua resposta ao vereador, que foi o primeiro líder de Elisa na Câmara,
recorrendo mais uma vez ao filósofo paraibano (“Suassuna tinha razão”): um equivocado.

Preocupante
“É uma temeridade, para não dizer uma inconsequência misturar alguns tipos de perfis psiquiátricos com os que já tem a população”. É como o psicólogo Sérgio Marçal vê a decisão do Conselho Nacional de Justiça de acabar com os manicômios judiciários. Esses hospitais de custódia já não podem receber novos pacientes. 

Mistura
Diz a determinação que os criminosos inimputáveis devem ser liberados dos manicômios e ser tratados na rede pública de atenção psicossocial, a prevalecer a recomendação do CNJ. As consequências podem ser desastrosas.

Periculosidade 
Com a psiquiatria forense bastante acanhada no Brasil, entende Sérgio Marçal que há insegurança quanto ao grau de periculosidade dos pacientes custodiados a serem colocados nas ruas. Nem se sabe ao certo quantos são. Muitos desses pacientes sequer têm vínculo familiar, rompido há tempos. “Para onde irão? Vão trabalhar? Como sobreviverão?” - questiona o profissional de saúde uberabense.

Na parede
Diante da morosidade da Prefeitura em tratar objetivamente da liberação de imóveis inventariados em Uberaba, o advogado Marcelo Frossard decidiu colocar o Comphau contra a parede. Requereu à Controladoria do Município que instaure processo administrativo para a elucidação de alguns comportamentos confusos.

Tapeação
Ao pedir informações em junho deste ano ao conselho, que é atrelado à Fundação Cultural, o advogado se surpreendeu com o conteúdo da resposta sobre imóvel de sua propriedade e os atos do inventário ocorrido em 1987. O ofício lhe entregue, afirma Frossard, teria sido uma clara tentativa de induzi-lo a erro.

Inexiste
Na prática, os documentos requeridos que comprovassem a formalização do ato de inventário do imóvel não apareceram, apesar da sua condição de inventariado constar do site do Comphau.

“Sumiu”
Anteriormente, em 2013, o Comphau, com outra composição, havia sido consultado sobre a documentação e a resposta foi que a papelada deveria estar no arquivo público. Indicou ainda que seria feita uma cópia da ficha de inventário e enviada ao requerente. Passados dez anos, isso não aconteceu.

Atas
Com requerimentos também de outros proprietários tramitando sem respostas, o advogado Marcelo Frossard pede agora, além da instauração de processo administrativo disciplinar contra o responsável por informações inverídicas ou incompletas, as atas de todas as reuniões do Comphau a partir de janeiro de 1987.

Divaldo aqui
Um dos principais líderes do espiritismo, especialmente depois do desencarne de Chico Xavier, Divaldo Franco confirmou presença no 1º Congresso Espírita Joanna De Ângelis de Uberaba. Serão três dias – de 17 a 19 de novembro de muitas palavras e música.

Expositores
Além de Divaldo, o congresso contará com Alexandre Fontoura, Adriana Lopes, Anahy Fonseca, Cláudia Semeghini, Gelson Roberto, Guadalupe, Amaral, Marluce Renz e Nichelli Ponzoni. No musical, orquestra de Uberaba, Alexandre Saad, Dudu Oliveira, Lívia Alexandre e Vozes em Canto.

Complicou
A não ser por processo de convencimento, a Secretaria de Desenvolvimento Social não tem qualquer outra ferramenta para levar morador em condição de rua para os abrigos com os quais mantém convênios. Historicamente sempre foi assim. Mas, a partir de agora, nesse sentido existe também ordem do STF.

Remoção
As remoções forçadas, muitas vezes reclamada por quem se sente incomodado com a presença dessas pessoas na vizinhança, e que vinham acontecendo em São Paulo, estão expressamente proibidas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Plano de ação
Com a crescente aporofobia (rejeição às pessoas pobres), contra a qual o padre paulistano Júlio Lancellotti é um dos principais opositores no País, o ministro do STF deu ao Governo Federal 120 dias de prazo para apresentar um plano de ação para a população de rua.

Construção
Uberaba é uma das cidades em que construções hostis (obstáculos) surgiram para impedir que mendigos se abrigassem ou dormissem diante de empresa. Em São Paulo, órgãos públicos também recorreram ao expediente.

Aos montes
Dezenas de milhares de uberabenses estão com processos de aposentadoria e auxílios submetidos ao INSS e à Justiça Federal. Essa e outras questões relacionadas à previdência serão abordadas pela advogada Rosa Angélica na 1ª edição do JM News desta 4º feira, a partir das 7h.

Explicações
Somente nesta terça-feira a UFTM respondeu aos questionamentos da coluna na semana passada sobre denúncias e queixas feitas por funcionários dos seus quadros. A íntegra da nota enviada pela professora Ana Paula Fernandes, da Comunicação da universidade:

“Abaixo estão as respostas que gostaríamos que fossem publicadas.

Nota: Equívocos
Para trabalhadores que vivem o dia a dia daquele complexo federal, equívocos estariam ocorrendo aos montes, como o privilégio dado aos professores para a ocupação de cargos, em detrimento do pessoal técnico-administrativo. Em algumas situações, dizem os queixosos, nem há qualificação para o cargo. 

RESPOSTA: 
Em relação à nota intitulada "Equívocos," publicada na seção "Falando Sério" do Jornal da Manhã em 30/07/2023, gostaríamos de prestar alguns esclarecimentos.

Primeiramente, queremos destacar que a transparência e a justiça são valores fundamentais em nossa gestão, buscando sempre a eficiência e a meritocracia dentro da instituição. Compreendemos a importância de garantir que todas as decisões relacionadas a cargos e ocupações sejam pautadas na competência e qualificação dos profissionais envolvidos.

Em relação à questão específica sobre o privilégio supostamente dado aos docentes em detrimento do pessoal técnico-administrativo nas nomeações de cargos, é importante frisar que essa afirmação não corresponde à realidade. Na UFTM, as nomeações e alocações de recursos humanos seguem critérios bem definidos, estabelecidos pelas políticas internas e regulamentos da instituição. Os cargos de chefias foram distribuídos igualitariamente entre docentes e técnicos-administrativos, respeitando a competência e qualificação de cada indivíduo.

Destacamos ainda que a qualificação e competência são fundamentais em qualquer processo de seleção ou ocupação de cargos na universidade e no HC. Nossa equipe, sejam docentes ou técnicos-administrativos, são avaliados de forma criteriosa, considerando suas habilidades, experiências e formação acadêmica, assegurando assim uma equipe qualificada e dedicada.

Reforçamos nosso compromisso com um ambiente de trabalho respeitoso, colaborativo e equitativo para todos da comunidade UFTM. Agradecemos a atenção dada a esse assunto e estamos sempre abertos ao diálogo para esclarecer qualquer dúvida e buscar o aprimoramento constante de nossa instituição.

Nota: Sequência
E prosseguem as reclamações contra alterações introduzidas na UFTM e, principalmente, no Hospital de Clínicas. No HC, antigas chefias foram simplesmente substituídas sem qualquer diálogo e de imediato. Bem ao estilo da política partidária: “Trabalhou sob outro comando, não me serve”. 

RESPOSTA:
O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC UFTM) informa que, após a troca de gestão na reitoria da universidade e a transição da governança do hospital, houve um entendimento favorável à troca de algumas chefias, que foram substituídas interinamente até a realização de todos os trâmites obrigatórios de processos seletivos de chefias nos hospitais vinculados à Rede Ebserh. 

Importante ressaltar que existem dois tipos de seleção para cargos de chefia nos HUFs: os três cargos de gerência ocorrem por indicação e são sabatinados pela administração central da Ebserh; e os demais passam por processo seletivo. Todos que preencherem os requisitos para os cargos comissionados poderão concorrer livremente aos processos seletivos, voltados para identificar os profissionais de excelência para as funções com inscrições abertas para todos os  interessados. 

Destaca-se ainda que substituições são naturais no processo de troca de gestão e que todas as decisões foram baseadas em questões técnicas. 

Sobre editais recentes de seleção de chefias, cabe esclarecer que foram revisados e revogados considerando a indisponibilidade do link para inscrição no primeiro dia do processo e a não previsão de 3ª fase, que consiste em nova entrevista com os candidatos, conduzida pela diretoria correspondente na administração central da Ebserh, como ocorre em toda a Rede. Eles serão novamente publicados”.