Sem computador, nada feito. Como se os médicos fossem robôs, o INSS decidiu ontem que enquanto o seu sistema informatizado, danificado pelas chuvas do fim de semana, não forem restabelecidos, não se faz perícia ali. Os trabalhadores (tinha gente até em cadeira de rodas) que compareceram à agência, nesta terça-feira, para perícia previamente agendada, foram dispensados. Deverão retornar hoje – se quiserem, já que o interesse é deles para a reprogramação de data. Custo a acreditar que as perícias não pudessem ser realizadas simplesmente porque o sistema estava fora do ar. E fica o questionament e se o problema persistir? Dias para esquecer. Início de semana para ser “deletado” o vivido pelo até o início da tarde de ontem pelo presidente da Câmara de Vereadores de Santa Juliana. Na sexta-feira, Orlando Espíndola Neto (Netinho do Gás) havia se negado a cumprir ordem do juiz de Nova Ponte para que assumisse a Prefeitura diante da cassação do prefeito José Naves e seu vice. No domingo, ele foi curtir as praias de Nova Ponte, deu azar com a polícia e teve o seu calvário estendido à terça-feira, quando foi convocado para uma conversa – olhos nos olhos – com o juiz Luiz Antônio Messias. Carro apreendido e posse. O encontro do vereador com a PM de Nova Ponte não foi nada agradável para ele. Com as atenções atraídas para a caminhonete de Netinho do Gás, os policiais o abordaram e constataram que ele não pagava IPVA há três anos. Na tentativa de se livrar da apreensão do carro, o vereador assumiu a condição que havia negado na sexta-feira. “Sou o prefeito de Santa Juliana e tomo posse na terça-feira” – apelou. “Eu sou o Lula e seu carro está preso” – teria respondido um dos PMs. Já ontem, diante do juiz Messias, o vereador ficou ainda mais assustado ao saber quais poderiam ser as consequências de sua negativa, e retornou mansinho a Santa Juliana, assumindo a Prefeitura por volta de 17h. Buscando respostas. Diante das inúmeras dúvidas e queixas que cercam o Promorar – programa habitacional do Estado destinado exclusivamente aos PMs –, o Núcleo dos Reformados de Uberaba decidiu convidar o major Valdisser para explicar o que está acontecendo. Conversa será nesta 4ª feira a partir de 9h, no próprio Núcleo. Os PMs têm se queixado da burocracia e da morosidade na aprovação do financiamento pretendido. Sem TAC. Autuada no começo do ano por causa do “apagão” na telefonia celular (sobretudo) sob sua responsabilidade, a CTBC ainda discute a sanção lhe aplicada preliminarmente (multa de R$ 200 mil) pelo Procon. A empresa não concorda com a penalidade e se nega a assinar Termo de Ajustamento de Conduta proposto pela advogada Ana Karina. Quem decide. A CTBC entende que, à época do incidente, cumpriu todas as determinações ditadas pelo Procon. Agora, o processo entra em sua fase final com provável aplicação de multa por Ana Karina, diretora do Procon, mas sujeita à deliberação final do coordenador-geral do órgão, Sebastião Severino. De madrugada. Diante dos problemas no sistema de transporte coletivo detectados no sábado, o superintendente e o diretor de Transportes da Seplan passaram a madrugada de segunda-feira na garagem de Transmil. Antônio Almeida e Claudinei Nunes apelaram para os funcionários da empresa colaborarem com a transição das linhas sob responsabilidade da Transmil para a Piracicabana, que as assumirá no dia 18. Segundo Almeida, a própria Transmil está facilitando as coisas, agindo com correção no processo. Está difícil. O novo processo seletivo de médicos para o Programa Saúde da Família foi insuficiente para resolver a carência de profissionais no sistema. Para as duas dezenas de vagas oferecidas houve apenas seis inscritos e dois deles sequer levaram seus currículos para análise. Em outras palavras, não se interessaram pelo trabalho. Apenas quatro médicos foram aprovados pela simples análise de currículos e estão sendo convocados. Quem explica?. Se o salário de pouco mais de R$ 5 mil para médico do PSF (tempo integral) é considerado “baixo” e nada sedutor para o preenchimento das vagas, Prefeituras da região também enfrentam dificuldades, oferecendo remunerações acima da média. Frutal, por exemplo, está sem psiquiatra, mesmo oferecendo salário de R$ 13 mil por um dia de trabalho semanal. Senha. Os clientes estão dificultando a imposição de multas aos bancos por descumprimento da Lei da Fila. É o que diz o coordenador do Procon. Segundo Sebastião Severino, a maioria absoluta das pessoas não registra (na maquininha de senha) o horário em que chegou à agência. E a senha é a prova da espera além do tempo previsto em lei municipal. Na semana passada, houve queixa contra o Bradesco, mas o denunciante não tinha a senha. Radar. Suspeitas de pane em radar da avenida Leopoldino com Segismundo Mendes, por volta de 18h40 de sexta-feira, motivou e-mail de Márcio Erli à coluna. Segundo ele, o equipamento disparou mesmo o sinal estando aberto para quem estava na avenida. Consultado por FALANDO SÉRIO, o secretário Ricardo Sarmento prometeu verificar se há registro de irregularidade no sistema e se manifestar nesta quarta-feira. Uma e outras. Polícia está tentando rastrear os celulares furtados recentemente do escritório político de Marcos Montes.// Em cartaz, amanhã e depois (20h30), no Sesiminas, a comédia “O olho da barriga”, de Chico Lima.// Peça narra a história de um padre atrapalhado, um sacristão lerdo, um prefeito avarento e um gerente de banco ganancioso, e muito mais.// Na Tec-Toner (João Pinheiro, 573, e Abílio Borges com Orlando Rodrigues da Cunha), o que há de melhor em recarga de cartuchos, suprimentos de informática e impressoras.// Audiência presidida pelo juiz trabalhista Flávio, envolvendo trabalhadores e diretores da Transmil, durou mais de cinco horas, mas teve desfecho satisfatório para as partes. “Somos o que fazemos repetidamente. Por isso o mérito não está na ação e sim no hábito.” (Aristóteles)
