Que bom seria se em 2014 voltássemos a viver o clima de até os anos 60/70, que foram se transformando para pior nas relações entre as pessoas, na mesma velocidade do desenvolvimento da tecnologia. Que pudéssemos abolir os muros altos, substituindo-os por outros de no máximo um metro e meio, de forma que fossem usados como assento por jovens casais de namorados a contemplarem a lua e a planejarem a vida a dois. Que, diante das residências, vizinhos possam dedicar uns poucos minutos por dia para o saudável bate-papo com amigos, deixando de lado as novelas de 6h até as 23h, que acabaram com as conversas até mesmo em família. Que amigos deixem de ser “particulares”. Sejam de novo somente amigos, e não pessoas de simples relacionamentos no trabalho, no bar ou no ônibus. Voltem a ser amigos para toda hora – boas e ruins. Que valores antigos voltem ao seio das famílias com as pessoas – pais e filhos, irmãos, maridos e esposas – se respeitando e voltando a juntos frequentarem templos religiosos. Que a busca de uma saída para o “sufoco” e as frustrações tenha como opção a religião e não as drogas. Que as pessoas voltem a temer mais a Deus do que ao “leão” do Imposto de Renda. Voltem também a respeitar o padre, o juiz, o delegado e o soldado. Que fazer o certo volte a ser compromisso da consciência e não com o olhar alheio. Seria muito bom também que as pessoas voltassem a ser mais importantes do que o carro. Que, fosse por opção, se preferisse jogar o veículo novo no poste do que no pedestre. Que o “ser” voltasse a ser mais importante do que o “ter”. Que as pessoas fossem mais rigorosas com o julgamento de si mesmas do que das outras. Que a justiça fosse igual para todos, deixando de privilegiar os que têm mais. Que as pessoas deixassem de ser vistas mais pelo que fazem do que pelo que falam. Bom seria também se nós, os jornalistas, déssemos mais atenção ao bem do que ao mal. Que os méritos fossem levados em consideração. Que a conquista do lugar ao sol não viesse como resultado de uma disputa desleal. Seria também renovador se o egoísmo fosse trocado pela solidariedade representada pela divisão do pão ou pela paciência de se ouvir o próximo. Que as escolas formassem cidadãos e não simplesmente “letrados”. Que a educação voltasse a ser sinônimo também de quem sabe se portar em sociedade, e não apenas de diploma na parede. Maravilhoso seria se as profissões se voltassem novamente para o bem servir e não exclusivamente para o lucro. Se os políticos se interessassem mais pelos menos favorecidos e os bem intencionados fossem tirados da vala comum. Melhor seria se não faltasse o pão à mesa de uma única família, sem que precisasse ficar de mão estendida. Que o respeito ao idoso fosse natural e não consequência de lei. Que o olhar para a criança fosse de proteção. Que O desânimo desse lugar ao entusiasmo, capaz de superar obstáculos e participar das transformações necessárias. A paz voltasse a reinar nos estádios de futebol, novamente locais para o lazer das famílias amantes do esporte. Que os palavrões fossem substituídos pela oração silenciosa do perdão. Que as redes sociais fossem usadas mais para a veiculação de mensagens saudáveis do que para a estimulação de discórdias. Que cada um de nós conseguisse ser um pouco melhor e possa representar o porto seguro de algum náufrago da vida. Que existisse a união para o bem. Que Os pais fossem bons exemplos para os filhos. Que a família estivesse sempre em primeiro lugar, valorizando o amor, a harmonia,a paz, a moral e os bons costumes.
