FALANDO SÉRIO

Consulta vascular: hospital diz que SMS sabia da impossibilidade

Wellington Cardoso
Wellington Cardoso
jornalistawellingtoncardoso@gmail.com
Publicado em 06/09/2023 às 20:21Atualizado em 08/09/2023 às 19:56
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A Secretaria de Saúde sempre soube da posição do Hospital Beneficência Portuguesa de que não teria condições de realizar as 700 consultas vasculares exigidas para a liberação de R$ 250 mil que havia conseguido de emenda do então deputado Franco Cartafina. É o que assegura a diretoria do hospital.

Não é só isso
“Um atendimento como esse não fica restrito à consulta. Os exames complementares vêm na sequência e a possível cirurgia” – acrescentou, detalhando que a Beneficência não tem aparelho de hemodinâmica, necessário para o procedimento, disponível pelo SUS somente no Hospital de Clínicas. “E só fazer a consulta não adianta”.

Acordo feito
Segundo o hospital, a SMS quis impor o atendimento ao hospital para fazer a fila (de pacientes) andar mesmo sabendo da impossibilidade de ser atendida. Mas, o acordo foi feito pra a liberação dos R$250 mil. No meio do caminho, esclareceu, foi feita proposta de prestação de outros serviços em substituição às consultas vasculares.

No aguardo
O tempo foi passando, o prazo de execução do convênio está encerrado desde fevereiro, mas o imbróglio continua, pois a SMS não deu uma resposta oficial ao hospital, assegura a diretoria. 

Absurdo
Para o ex-deputado Franco Cartafina, autor da emenda que beneficiou a Beneficência, é inadmissível o procedimento da SMS. O recurso foi pedido e destinado ao hospital, a quem caberia definir como seria utilizado – sentencia Franco, admitindo, porém, que nada impediria um entendimento entre a SMS, diante de suas necessidades, e o hospital, naquilo que ele pudesse oferecer. 

Sem imposição
Mas, discordo totalmente da imposição do que fazer, principalmente quando o hospital não tem condições para isso – ressaltou o ex-deputado. Ainda mais, de acordo com Franco, quando a própria SMS nunca o procurou para pedir recursos.

O pão que...
Uberabense que com o filho foi presa em Brasília, em 8 de janeiro, conta ter passado as piores noites da sua vida depois de recolhida à Colméia. No presídio feminino ela ficou por cerca de quatro meses, enquanto o filho, epilético, levado em crise para a Papuda, saiu em três semanas. E hoje se arrepende de ter feito a viagem.

Perdeu muito
Ela conta ter sofrido uma série de prejuízos com a ida, que considera inocente, a Brasília, onde pretendia se “manifestar por um Brasil melhor”, e não contra o governo, segundo disse. O filho, que havia conseguido emprego depois de três anos, foi demitido. Ela, viu a sua vida virar do avesso.

Instabilidade
De uma situação financeiramente estável, que lhe permitiu ir duas vezes a Brasília para se manifestar – em novembro de 2022 e janeiro deste ano -, ela passou, com os quatro meses de prisão, a não ter condições de quitar dívidas acumuladas.

O que tinha
Ao ser presa, um advogado lhe foi apresentado, e ele pediu R$ 2 mil para cuidar do seu caso e do filho. A mulher pagou, mas sequer o viu na audiência de custódia, perdendo o contato. E, ainda segundo ela, esse tipo de coisa aconteceu com muitos presos.

Castigo
Da Colméia, a uberabense só tem más recordações como os castigos sofridos. Um deles de ficarem sentadas no puro cimento do pátio sob o sol escaldante do meio-dia.

Transporte
No seu deslocamento para Brasília, já no início da madrugada do dia 8 de janeiro, ela usou ônibus vindo com alguns passageiros desde Franca. A inscrição para integrar esse grupo ela diz ter feito por telefone, a partir de um contato. 

Carona
Outra uberabense e o marido também foram em ônibus vindo de Franca. A experiência do 8 de janeiro igualmente não foi boa, estando ela ainda hoje submetida a terapia. Mesmo não tendo participado da invasão aos prédios dos três Poderes, ela acredita que a quebradeira foi realmente feita por infiltrados.

Preconceito
Um dos desconfortos que toda a situação lhe deixou foi a tornozeleira e os olhares de desconfiança que o equipamento provoca quando sai à rua.

Prisão
Ela e o marido ficaram presos em Brasília por duas semanas. O casal responde por dois crimes: incitação ao golpe e associação criminosa.

Acordo
As duas mulheres ainda estão indecisas sobre assinar ou não eventual acordo que a PGR deve propor aos que dele puderem se beneficiar para promover a suspensão da execução penal, mediante condições. “Vai depender dessas condições” – disseram ambas.

CEI em Araxá
Além de estar indiciado em inquérito que apurou denúncia de desvio de recurso público em Araxá, via Secretaria da Agricultura, o prefeito Robson Magela corre o risco de perder o mandato antes mesmo do julgamento do processo na Justiça. A Câmara instaurou CEI e já colheu inúmeros depoimentos.

Sem mistérios
Na fase de audição de testemunhas, as sessões da Comissão Especial de Investigação ocorrem sem mistérios, transmitidas ao vivo.

Inquérito
As investigações desenvolvidas pela Polícia Civil já foram remetidas ao Judiciário com dezoito indiciados, além do chefe do Executivo. As irregularidades apontadas são pagamentos irregulares a proprietários de máquinas locadas, serviços pagos em duplicidade e superfaturamento de horas trabalhadas.

Positivo
As divergências de pensamento com Elisa não impedem que a presidente do PL faça um elogio à administração municipal. Ellen Miziara diz desconhecer qualquer ato de corrupção na Prefeitura.

Enércia
Na passividade com que a administração vem encarando o tema, o desgaste provocado por inventários e tombamentos feitos no passado, na década de 80, principalmente, só vão aumentando.

Puxão de orelha
Ao acompanhar testemunha ouvida pela CEI de Araxá esta semana, o advogado Yago Abrão ficou boquiaberto ao ouvir vereador dizer que haviam estado com promotor e juiz em busca de orientações sobre o funcionamento da comissão. O uberabense repudiou a conduta, lembrando que MP e Judiciário não são órgãos consultivos.

Agilize
Vereador Almir Silva apela ao governador Zema que agilize o processo de credenciamento das empresas que farão as vistorias de veículos em Uberaba, substituindo o pessoal da PC. O tempo de espera, segundo queixas ouvidas por ele, chega a 40 dias.

Ausentes
Fonte da Polícia Civil informou à coluna que um dos motivos desse tempo de espera são as vistorias agendadas e não realizadas por ausência dos interessados. São cerca de 30% de ausências diárias – afirmou. A PC ainda não tem informações de quando as vistorias sairão da sua responsabilidade. E, quando isso acontecer, a investigação policial ganhará mais seis homens, que hoje estão na vistoria.

Queixa
Participantes dos encontros “Estrada de Emaús”, em Uberaba, vêm se queixando há tempos e reiteram agora a falta de água na Cúria Metropolitana, exatamente na hora do banho dos jovens (65, de 14 a 17 anos). E, segundo os queixosos, isso tem se repetido nos últimos quatro encontros (são dois por ano). A coluna contatou a Arquidiocese, mas não recebeu resposta.

Excluídos
A 29ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas está programada para as 15h desta quinta-feira, na praça Pio XII, no Gameleira.

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