Coordenador do Detran em Uberaba

Dedo na ferida. Oficialmente nomeado coordenador do Detran em Uberaba, o que inclui a expedição de Carteira de Habilitação, o delegado Paulo Delladona vai fazer uma operação “pente-fino” nas listas de reprovados em exames de legislação e direção. A legislação estabelece percentual mínimo de aprovação de candidatos por Centro de Formação de Condutores. A escola que não atinge esse mínimo, depois de alguns exames, deve ter suas atividades suspensas. Isso nunca foi observado em Uberaba e Delladona não pretende deixar passar em branco.   Dever cumprido. Prometendo submeter ao Detran/MG o resultado do levantamento, o delegado frisou a FALANDO SÉRIO sua disposição de endurecer a aprovação de candidatos à obtenção da CNH como forma de evitar acidentes (os números registrados em Uberaba são considerados “uma aberração”). “Só vai tirar a CNH quem realmente estiver preparado para dirigir, pois pretendo manter minha consciência tranquila, não contribuindo para a ocorrência de acidentes provocados por motoristas mal formados” – ressaltou o policial.   Julgamento anulado. O uberabense Clelton Humberto Lucas, condenado a quatro anos e oito meses por homicídio e aborto provocado, será levado a novo julgamento. O acórdão com a decisão do Tribunal de Justiça foi publicado na quinta-feira. A Corte acolheu recurso do promotor Eduardo Pimentel, inconformado com a pena, considerada pequena, enquanto o advogado da defesa, Leuces Teixeira, postulava a improcedência da condenação. Para o Tribunal de Justiça, a decisão dos jurados contrariou as provas existentes no processo.   Álcool e fogo. Crimes ocorreram em novembro de 2005, em residência da rua Saldanha Marinho. De acordo com os autos, “agindo de forma deliberada e consciente, movido pela futilidade e utilizando-se de fogo e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, Renata Cristina Pontes Lucas”, Clelton produziu na esposa lesões corporais gravíssimas, causa determinante de sua morte. Renata, que estava grávida de seis meses, foi agredida com um soco no rosto e, desacordada, teve álcool jogado no corpo. Com o cigarro, o acusado a incendiou, segundo o processo. Ela viria a morrer em hospital, não sem antes ser ameaçada para que assumisse ter sido vítima de acidente.   Usina. Com previsão de produção de 180 milhões de litros de álcool (etanol)/ano, a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool inaugura sua usina em Uberaba na próxima terça-feira. Cerimônia deve trazer à cidade o vice-presidente José Alencar. Fica expectativa de que com a produção doméstica, o preço do álcool na bomba fique menos salgado para os motoristas uberabenses, a exemplo do que ocorre em Igarapava.   Vingança. A adesão ao movimento estadual por melhores salários levou à perda do emprego alguns professores do Triângulo Mineiro, denuncia o deputado Weliton Prado (PT), apontando retaliações em Capinópolis (com 12 demissões), Ituiutaba e Uberlândia. Belo exemplo de democracia!   Sem ofensa. Com tantos furtos diários de veículos (de quatro e de duas rodas, sobretudo) em Uberaba, não está passando da hora de os depósitos de ferro-velho e oficinas mecânicas serem fiscalizados rotineiramente, como determina o Código de Trânsito? Que órgão, afinal, está cumprindo a legislação e tem o controle dos veículos que entram e saem das oficinas?   Armadilha. Na pequena cidade mineira de Ataleia, no Vale do Mucuri, o sargento Ronaldo Muniz, comandante da PM no município, foi atraído a uma armadilha e, vítima de explosão, teve a mão esquerda amputada, a direita e um olho gravemente feridos. Era madrugada, quando o policial recebeu ligação anônima anunciando que traficantes estavam no cemitério, mas, lá chegando, encontrou apenas uma caixa, que explodiu ao ser aberta. Outros três PMs ficaram feridos. Muniz estava na cidade há apenas quatro meses e vinha incomodando o tráfico.   Bagunça total. Com a fiscalização reduzida praticamente a zero, o trânsito, especialmente no centro, está completamente fora de controle. Motoristas param onde e como querem, ignorando as placas de proibição de estacionamento, de carga e descarga, vagas para idosos e deficientes. Muito do estrangulamento do trânsito no perímetro central resulta do estacionamento irregular, como se vê em uma das laterais do Mercadão.        Lamentável. O corte de água contornado não foi o primeiro constrangimento do gênero passado pela Polícia Federal em Uberaba. Há pelo menos três anos que a delegacia regional vem tentando driblar a falta de dinheiro para honrar compromissos com prestadores de serviços, chegando a ficar sem telefone. Neste mesmo período, o quadro de servidores perdeu vários delegados e agentes, deixando a impressão de que há um esvaziamento do órgão, desaparecido do noticiário com coisas positivas.   Curioso. No site do Ministério Público mineiro são encontradas inúmeras notícias de ações contra vereadores e prefeitos de pequenas cidades. Chama a atenção, porém, a ausência de qualquer informação sobre as investigações de irregularidades de que são suspeitos mais de cinquenta deputados estaduais, acusados de usarem notas frias e gastarem dinheiro público de forma imoral, no mínimo. Também não teve publicidade, há dez anos, o procedimento que investigou os supersalários dos parlamentares, e que resultou em Termo de Ajustamento de Conduta sem restituição de dinheiro.   Em silêncio. Também o site da Assembleia Legislativa nada comenta, apesar da gravidade das denúncias, que envolvem milhões de reais destinados aos parlamentares para as chamadas despesas indenizáveis. Dinheiro resultante dos impostos pagos pelos mineiros.   Alfinetando. Vereador Borjão deu mais uma alfinetada no PT na justificativa do pedido de concessão de diploma de honra ao mérito à presidenciável Marina Silva.   Uma e outras. A segurança pública em BH, tão decantada pelo Governo mineiro, é apenas a 844ª em Minas.// É o que revela estudo da Fundação João Pinheiro, denominado Índice Mineiro de Responsabilidade Social.// Ao proibir aos policiais que usem a carteira funcional para entrar em festas sem pagar, em horário de folga, o delegado Francisco Gouvêa sentencia: a “carteirada” pode não ser ilegal, mas não é moral.// Já foi instaurado o inquérito que apurará a denúncia de que policiais civis espancaram cidadão em festa.   “Os anos ensinam muitas coisas que os dias desconhecem.”