FALANDO SÉRIO

Dor de cabeça no Moradas

Compradores já pagam condomínio, mesmo esperando por casa há um ano (Leia mais...)

Wellington Cardoso
Publicado em 28/05/2015 às 09:40Atualizado em 16/12/2022 às 23:57
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François Ramos - Redator Interino

TERROR – Parece que as drogas realmente estão destruindo as cidades brasileiras. Em Uberaba é praticamente impossível, em um trajeto de 20 minutos, passar pelas principais ruas ou avenidas sem ser abordado por pedintes, que se aproveitam dos semáforos fechados para fazer sua abordagem, muitas vezes utilizando-se de intimidação para conseguir o dinheiro necessário para o consumo do crack.

FLANELINHAS – A mesma coisa ocorre em vários pontos comerciais da cidade, em especial portas de restaurantes, supermercados, Mercado Municipal e até mesmo no cemitério São João Batista. Usuários de drogas aproveitam-se das circunstâncias para forçar a vigilância remunerada dos carros, sob pena de danos ao veículo e até mesmo furto no interior dos mesmos.

DISCURSO – Enquanto o problema das drogas cresce e fomenta de forma exponencial a violência urbana, o discurso do governo continua centrado em caracterizá-lo como problema de saúde pública. E com certeza o é, mas não somente, pois compromete a segurança pública e estimula a impunidade de transgressões cometidas sob a justificativa de “doente” e “vítima da sociedade”.

IMPUNIDADE – Aliás, a falta de pulso do Estado estimula o desrespeito contínuo aos direitos dos cidadãos nos mais variados setores. Na construção civil, por exemplo, raro é o empreendimento entregue no prazo estipulado em contrato. Indenização pelo absurdo imposto ao comprador? Rara no Judiciário. Punição para o comprador inadimplente? Certa. É um cenário de dois pesos e uma medida, no qual a parte mais fraca continua sendo aquela desprovida de recursos financeiros.

RECLAMAÇÃO – O empreendimento Moradas, por exemplo, não para de dar dor de cabeça àqueles que confiaram na Construtora e na Caixa Econômica Federal (que tem o dever de fiscalização do empreendimento, pois nele aplicou recursos públicos). Alguns compradores esperam pela casa há quase um ano depois de vencido o prazo e a prorrogação estipulados em contrato. Após a posse (que é virtual, já que a pessoa não recebe o imóvel no ato), já é cobrado o condomínio, o que contraria o entendimento dos tribunais.

DESRESPEITO – Ao receber a posse do imóvel no residencial Moradas, o consumidor deve ligar numa central de atendimento e rezar muito para a ligação se completar. Fiz o teste e foram necessárias duas horas de ligações seguidas para falar com o atendente, que exigiu mais 30 dias para entregar as chaves da casa. Questionado sobre a demora excessiva, respondeu com um sonoro e mal educad “Vai querer que agende ou não?”. Parece que a empresa está fazendo um favor ao comprador.

QUITAÇÃO – Absurdos de toda ordem cercam o empreendimento Moradas Uberaba. Após quase um ano de habite-se expedido pela Prefeitura, a averbação da construção não foi feita no Cartório de Registro de Imóveis, o que, segundo a Caixa, inviabiliza a quitação para o mutuário, que vai continuar pagando juros mensais de R$700,00 em uma prestação de R$950,00 até que um dia as coisas se resolvam. Entrei em contato com a construtora e a resposta foi que não existe nenhuma perspectiva de quando a averbação necessária será feita.

VERGONHA – É o país do pode tudo contra o cidadão de bem. Reclamações contra o Moradas no Procon, Ministério Público e Judiciário não faltam. Mas de efetivo nada se verifica até o momento, tanto que o desrespeito dos responsáveis pelo Moradas Uberaba continuam. Dá até vontade de gritar: “E agora? Quem poderá nos defender?”. É isso mesmo, parece novela mexicana, mas é real.

COMEMORAÇÃO – Cursos de Administração e Direito da Faculdade de Talentos Humanos comemoram o lançamento de mais um livr “Temas de Educação Brasileira: Uma discussão sob a perspectiva dos Estudantes de Administração e Direito da Facthus”.

FELIZ – Quem também está celebrando o lançamento de mais uma obra jurídica é o advogado Euseli dos Santos, que juntamente com outros uberabenses, entre eles o egresso do curso de Direito da Facthus, Sílvio Oliveira, apresentaram a obra sobre o FGTS como ferramenta de estímulo à estabilidade no Congresso Brasileiro de Direito do Trabalho em Curitiba.

BRONCA – Servidores do Hospital Escola estão na bronca com a instituição, que, segundo informam, não vai disponibilizar a vacina contra gripe aos funcionários da UFTM, mesmo aqueles lotados no bloco cirúrgico, onde existe grande risco de contaminação.

SOCORRO – Em uma lanchonete do bairro mercês, policial militar desabafou: “depois de dar tiro em bandido que nos recebeu à bala e responder a processo que paralisou minha carreira por muitos anos, hoje escuto o ladrão e respond sim senhor!”. Isso é Brasil. Quem trabalha com seriedade se sente desestimulado a prosseguir.

AMBIENTE – Presidente do Codau, Luiz Guaritá, preocupado com a preservação e sustentabilidade dos recursos hídricos no Município, já determinou para sua equipe: “O Plano de Manejo é uma prioridade de Gestão”. Parceria com Ministério Público e Instituições de Ensino Superior da cidade serão fundamentais para efetivar a diretriz.

“O povo, por ele próprio, quer sempre o bem, mas, por ele próprio, nem sempre o conhece”.

Jean Jacques Rousseau

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