É preciso que o motorista

Irregularidades visíveis. Pelo menos dois Centros de Formação de Condutores de Uberaba serão investigados nos próximos dias pelo DETRAN/MG. Dentre as irregularidades a serem combatidas está a fraude na aferição da presença em sala de aula dos motoristas que fazem curso para a renovação da CNH. Devem ser igualmente aferidos os resultados obtidos por alunos de todas as autoescolas nos exames de habilitação, pois a legislação prevê a suspensão daqueles que não atingem percentual mínimo de aprovação.   Grito de alerta. É preciso que o motorista uberabense tenha consciência de que a redução da violência no trânsito depende de suas atitudes – alerta o vereador José Severino, um dos poucos edis a defenderem a fiscalização eletrônica móvel para conter o excesso de velocidade, causa de muitas tragédias. Lembrando os mais de dois mil uberabenses feridos (em sua maioria) e mortos anualmente no trânsito, o petista recorre a exemplos dos mais simples para ressaltar o grau de desrespeito à legislação, verificado rotineiramente nas ruas da cidade: fumar e dirigir e falar ao telefone enquanto dirige.   Falta de educação. Fumar ao volante significa dirigir com apenas uma das mãos, o que é vedado pelo Código de Trânsito (exceto para passar a marcha e acionar algum equipamento). Sem contar que a bituca é, invariavelmente, atirada em via pública. “Se todos tivessem consciência da responsabilidade de dirigir um veículo, todos sairíamos ganhando” – sentencia Severino.     E daí? Mais uma vez - agora em Campos Altos, onde esteve no sábado - o governador Anastasia reconheceu que os professores mineiros ganham mal. Isso os mestres sabem há décadas. E dizer que os cofres do Estado não suportam aumento maior que os 10% que entra em vigor este mês é café requentado.Todos dizem que a educação é prioridade, mas poucos demonstram isso na prática.   Hummm!!! Parece ter sido encontrada a explicação para a exigência do Curso de Direito para todos os candidatos a oficiais da PM a partir do ano que vem, enquanto para os praças (de soldado a subtenente) será exigido qualquer curso superior. No que está sendo visto como mais um prejuízo salarial imposto aos soldados, os oficiais passariam a ser enquadrados na carreira jurídica do Estado, o que representaria equiparação com os defensores públicos (R$ 12 mil a partir de 2012). Também os delegados de Polícia Civil estão conseguindo o enquadramento, deixando seus subordinados para trás.   Por etapas. A conotação ganha mais força ainda na medida em que a exigência para o oficialato se inicia já no ano que vem, enquanto para soldado, em cinco anos, sendo possível uma prorrogação por outros cinco. A se confirmar a suspeita, o clima se tornará explosivo nos quartéis, na reedição de filme já visto na década de 90.   Tartaruga. Prometido para ser inaugurado no começo do ano, o prédio de quatro andares que abrigará os comandos regionais da Polícia Militar e da Polícia Civil em Uberaba permanece inacabado. Falta pouca coisa, mas o suficiente para que as instalações permaneçam inabitadas.Onde a Polícia Civil arrumará homens para ocupar suas salas na estrutura também é um mistério.   Dois pesos. Gastos dos vereadores de Belo Horizonte sob o título de “despesas indenizáveis” estão sendo contestados pelo Ministério Público, que quer a suspensão da ajuda de R$ 15 mil destinada mensalmente a cada um deles. Para o MP, há gastos ilegítimos e irregulares feitos sistematicamente, mas, não parece que tenha pedido o enquadramento criminal dos malandros nem a devolução do dinheiro.Foi assim também com a Assembleia Legislativa há dez anos: corrigiu-se o que estava errado e só, diferentemente com que normalmente é proposto à Justiça para os simples mortais.   Verdadeiro. Em meio à divulgação de que os homicídios cresceram 22,6% em Uberaba, no ano passado (mas está em decréscimo em 2010), a afirmação do subcomandante do 4º Batalhão, major Nei, encerra uma verdade. Ele disse ao JM que não haveria como o sistema de segurança evitar a maioria das mortes. Mas, é verdadeiro, também, que, quando há redução, isso não ocorre na sua totalidade por obra das polícias.   Intoxicação. Cachorro do canil do 4º Batalhão se deu mal em operação antidrogas realizada em Conceição das Alagoas por policiais enviados daqui para lá, especialmente para isso. Em um galpão, o cão farejador acabou sendo intoxicado por veneno ali estocado e está internado há alguns dias.   Na bronca. A cada informação sobre as exigências – velhas e novas – para a realização de shows artísticos em Uberaba, José Renato Gomes fica “uma fera”. Organizador de eventos, ele diz que os órgãos uberabenses de controle tratam os empresários como se fossem bandidos, diferentemente do que ocorre pelo Brasil afora. “Esquecem-se as autoridades que o setor gera renda e empregos” – acrescenta.             Ideia. Diante do anúncio do Corpo de Bombeiros, de novas normas para a tramitação de projetos voltados para eventos, inserindo o CREA no contexto, José Renato desabafa: “Tudo é feito em nome da segurança. Que tal entregar as rodovias para os bombeiros para que possamos viajar mais seguros?”. “O pessoal precisa entender que show é lazer e não bandidagem; e chegará o dia que, diante de tantas exigências, Uberaba deixará de ver grandes artistas nacionais” – sentencia, cobrando um posicionamento da associação da categoria.   Corporativismo. Presidente do STF sai em defesa das férias de 60 dias para os magistrados. Segundo Cezar Peluso, juiz não tem hora para trabalhar (é verdade, todos sabem) e alguns morrem cedo de problemas cardíacos (o que não é privilégio da classe). Todos nós queremos férias de 60 dias.   IML. Diante do que tem vazado sobre depoimentos colhidos no inquérito instaurado para apurar denúncia de irregularidades no IML – e suas relações com funerárias -, não será surpresa se outras ações surgirem em consequência, por iniciativa de investigados e testemunhas. Questão de nível.   Uma e outras. Sindicato dos Servidores é só elogios à Câmara e ao Executivo pela adesão à licença maternidade de 6 meses para as servidoras municipais.// Corpo de Bombeiros está dando oportunidade de regularização às casas de evento em funcionamento sem projetos de segurança aprovados.// Presidente da 14ª Subseção da OAB, Helder Batista, prega a humanização das relações entre as diferentes categorias responsáveis pela justiça. “O diálogo resolve mais que o conflito” – diz ele.