FALANDO SÉRIO

Em correspondência eletrônica

Gilmar Machado (PT) revela ter carreado R$ 27 milhões para obras em Uberlândia

Wellington Cardoso
Publicado em 31/08/2009 às 10:05Atualizado em 20/12/2022 às 10:51
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Tensão no meio sindical. Divergências políticas e a ingerência do ex-presidente Danilo Siqueira foram alguns dos motivos que levaram Sérgio Gomes de Oliveira a deixar a diretoria do Sindicato dos Bancários. “Saí, também, por preconceito ‘opus dei’ dentro do movimento” – afirma o ex-sindicalista, que concede entrevista exclusiva a PONTO DE VISTA (TV Universitária) às 8h30 de hoje (ao vivo, com reprise às 18h). Vão sobrar farpas até para o PT.   Suspeita leva a isolamento. Pelo menos um enfermeiro está isolado por suspeita de ser mais vítima da Influenza A. Há também médicos afastados do trabalho depois de apresentarem sintomas de gripe. Todos eles do serviço público. Desde abril são mais de 480 os casos de pacientes com síndrome gripal “monitorados” em Uberaba, segundo dados da própria Secretaria de Saúde.   Fartura pra lá. Em correspondência eletrônica, o deputado Gilmar Machado (PT) revela ter carreado R$ 27 milhões para obras em execução – ou já executadas – em Uberlândia. Ex-relator do orçamento da União, Gilmar evidencia saber tirar proveito do fato de ser líder de Lula na Câmara Federal. Aguardemos agora o “relatório” dos nossos deputados. E estamos levando prejuízos também em relação aos investimentos do Estado.   Não dá pra entender. A fixação do preço do ingresso a R$ 16 em jogos do Uberaba Sport é uma daquelas coisas difíceis de entender. Em especial quando as bilheterias do estádio não são abastecidas de cédulas de R$ 1 e o torcedor “dispensado” ali mesmo por falta de troco. E, em campo, o time – embora fazendo boa figura no Campeonato Brasileiro da Série D – não é lá essas coisas. O confronto com o Araguaia foi uma autêntica “pelada”. Tem muita gente “azeda” vestindo aquela gloriosa camisa. Valeu pela vitória.   Lei feita de qualquer jeito. Mais uma alteração na legislação criminal – aprovada pelo Congresso - duramente criticada por especialistas. O alvo agora é a lei 12.015/09, que entrou em vigor este mês, alterando o Código Penal e Lei dos Crimes Hediondos a pretexto de endurecer as penas para estupro e pedofilia. Segundo a procuradora paulista Luiza Nagib, o texto permite a redução de pena para autores de crimes sexuais graves e a aumenta para delitos menores. O autor de ato libidinoso não detalhado no texto (artigo 213), mas, que, em tese, pode ser um beijo à força, corre o risco de ser condenado de 6 a 12 anos de prisão. “Relação oral ou anal forçada é sim comparável ao estupro, mas outros atos (libidinosos) já não são” – analisa a procuradora.   De elite. Sargento Carlos Alberto Barbosa Siqueira, que matou Alisson Virgílio, invasor, com arma na mão, de sua residência na praça Estêvão Pucci, é integrante da Força Nacional de Segurança Pública. Ele havia acabado de chegar de missão no Rio de Janeiro, quando o homem com passagem pela polícia, pulou para dentro do seu quintal e não obedeceu aos gritos para não se mexer.   Muito dinheiro. Fantástica a soma em dinheiro já destinada pelo Governo a título de indenização e pensão aos “subversivos” anistiados pós-período de domínio militar. São R$ 2,7 bilhões desde 2003, pagos de forma retroativa.   É sacanagem. Sai do bolso dos brasileiros o pagamento até mesmo de cantores e músicos contratados para festas – só para os nobres – em residências oficiais. Uma realizada na casa do presidente do Senado, em dezembro do ano passado, nos custou R$ 2,5 mil em música.   Privilegiados. E enquanto amarga nas filas do SUS, à espera de um tratamento que muitas vezes não chega, o cidadão ajuda a bancar a mordomia dos senadores na área da saúde. Em apenas dois dos hospitais mais famosos do Brasil – o Sírio-Libanês e o Albert Einstein -, o Senado gastou R$ 7,5 milhões a partir de 2005. Entre os beneficiados estão servidores, senadores, ex-senadores e familiares.   E não é só. Executivo, Legislativo e Judiciário pagaram R$ 11 milhões ao Albert Einstein no mesmo período. O Ministério da Defesa, que mantém o Hospital das Forças Armadas, destinado aos militares do Exército, Aeronáutica e Marinha e à Presidência da República, pagou R$ 5,2 milhões ao hospital israelita e ainda R$ 1,2 milhão ao Sírio Libanês.   Alívio. Sentenças judiciais na área federal começam a beneficiar donos de ranchos erguidos nas margens do rio Grande, processados há quase 10 anos pelo Ministério Público. Há entendimento de que a maioria absoluta desses rancheiros não é pedradora, mas protetora do meio ambiente.   Arrepiados. Empresários da construção civil estão assustados e arrepiados com a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho em Uberaba. E ameaçam ir a Brasília para denunciar o que consideram exageros.   Tréplica. Promoter José Renato Gomes, que se queixou de “assalto à mão armada” na cobrança pelo Estado, de taxa de segurança para shows artísticos, recebeu com naturalidade a defesa ao sistema feita por Avilmar Adriano, de Rio Paranaíba. Referindo-se à condição de PM de Avilmar, o empresário considerou que ele falou “com o espírito de quem quer continuar trocando viatura e abastecendo os veículos com o dinheiro arrecadado nas bilheterias de eventos populares”. E, segundo ele, quanto maior forem as taxas cobradas pelos órgãos públicos, mais caros serão os ingressos para o povo.   Sem essa. José Renato não aceita o argumento do PM de que homens são retirados das ruas para policiarem shows. “Quem já viu 200 policiais nas ruas num só dia? Quando estão é porque estamos pagando” – frisou. O promoter vê o dedo de político aliado do governador na reação de Avilmar, ressaltando não ser contra a taxa, mas os abusos existentes no cálculo para a cobrança.

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