FALANDO SÉRIO

“Escândalo dos chips”: indiciados podem aumentar ou diminuir com análise do Ministério Público

Wellington Cardoso
Wellington Cardoso Ramos
jornalistawellingtoncardoso@gmail.com
Publicado em 03/05/2024 às 20:53Atualizado em 04/05/2024 às 19:24
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Todos os indicativos são no sentido de que para a Polícia Civil o “escândalo dos chips”, do ponto de vista de investigação de sua iniciativa, é caso encerrado. E nem há qualquer outro desdobramento em apuração. Situação está agora submetida ao Ministério Público.

Pode acontecer
Excluída a possibilidade de arquivamento por tudo o que se lê no inquérito, o promotor Laércio Conceição pode pedir novas diligências, oferecer denúncia contra os quatro indiciados ou excluir algum deles em sua manifestação ao Judiciário.

Supondo
Na eventualidade do pedido de novas diligências, dependendo de como o Ministério Público recepcionar o resultado delas, o número de denunciados poderia ser aumentado. Cada um dos titulares de um procedimento tem legitimidade para se posicionar. Falar a mesma língua não é obrigatório. Nem em relação ao MP e o juiz.

Condenação
Acusado de duas tentativas de homicídio, Paulo Roberto Luiz da Cunha foi levado a julgamento em sessão do Tribunal do Júri da 2ª Vara Criminal, realizada nesta 6ª feira. Considerado culpado pelos jurados, ele foi condenado a 10 anos de reclusão, mas poderá recorrer em liberdade.

Recurso
E haverá efetivamente recurso ao Tribunal de Justiça, afiançou à coluna o advogado Júlio César Ferreira Fonseca.

Os crimes
Na denúncia que levou o acusado a ser processado e condenado em 1ª instância, o MP narra ter Paulo tentado contra a vida de ex-companheira com três disparos de revólver, um dos quais a atingiu no pescoço, e também contra a vida do filho da vítima. Ao ouvir os disparos, o rapaz, que estava operado, saiu em defesa da mãe.

Separação
O réu, de acordo com o MP, apontou a arma para o rapaz e tentou dispará-la por três vezes sem sucesso. Somente a mulher ficou ferida. Os delitos teriam sido consequência do inconformismo do acusado com a recusa da mulher em reatarem o relacionamento.

Trânsito
Servidora de carreira e lotada na própria SDS, Lucélia de Lourdes Bárbara Oliveira foi nomeada chefe do Departamento de Trânsito. 

Vai ressarcir
Mais um acordo celebrado com o promotor José Carlos Fernandes por político condenado por improbidade administrativa. Desta vez, ex-presidente da Câmara de Vereadores de Campo Florido.

Superfaturamento
Político foi acusado – acredite! – e condenado por superfaturar a compra de mastros de bandeiras para instalação na sede do Legislativo. Isto em 2007. Quase dezessete anos depois, ele foi chamado à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público para ressarcir o município.

Pesquisa social
Antes de chegar a um acordo com o ex-vereador, o promotor José Carlos Fernandes determinou a realização de estudo social sobre as condições financeiras do condenado. A conclusão foi de que são modestas as suas condições financeiras.

Penalidade
Por fim, o acordo celebrado na última segunda-feira é de R$ 13 mil, que representam o dano causado a Campo Florido e multa. E não tem reflexos em outras penalidades aplicadas ao ex-presidente da Câmara como a suspensão temporária dos direitos políticos.

Mão dupla
Como a coluna havia antecipado que aconteceria, agora está sacramentada a perda por Uberaba da companhia da Polícia Militar Rodoviária, reduzida a pelotão subordinado a Uberlândia. Mas nem tudo foram perdas nas mudanças decididas. Uberlândia agora ficou subordinada a Uberaba nos assuntos ambientais.

Extinção
A companhia de Meio Ambiente, que era sediada na vizinha cidade, foi extinta. O comando de todo o Triângulo está agora centralizado em Uberaba.

Expectativa
Com o resultado do inquérito do “escândalo dos chips” reina a expectativa em torno da próxima reunião da Câmara de Vereadores. Que linha adotarão aqueles que eventualmente se dispuserem a falar sobre um dos principais fatos políticos do ano (ainda que crime)? Nem há segurança de que alguém se manifestará.

Fala reiterada
Entrevistada no “Pingo no J”, nesta 6ª feira, Elisa reiterou a acusação feita em vídeo para as redes sociais de que “aqueles que querem retornar ao poder” se organizaram para ações criminosas contra ela. Contudo, se negou a citar qualquer nome. Acha que os órgãos de segurança chegarão a eles.

Alô!
Questionada pela colega Lídia Prata como tomou conhecimento de que estavam “armando” contra ela, no ano passado, Elisa contou que na Câmara há muitas conversas de corredores e que alguém de lá a informou a respeito. Mas, não disse quem. E, convenhamos, nem se pode exigir isso dela.

Esquema
Um dos detalhes levantados pela PC nas investigações do escândalo: uma página em rede social foi criada em apoio a Elisa e, depois de amealhar centenas de seguidores, teve o nome alterado para “foraelisa”, e surgiram postagens contra a chefe do Executivo. Uma das seguidoras da página sentiu-se ludibriada e protestou.

Nome falso
Dos números atribuídos falsamente à prefeita, um deles era de “João Paulo” (nome igualmente falso) e figurava entre os administradores de um grupo. Para investigador, demonstração de que havia relação entre quem se passava por “João Paulo” e os demais administradores.

Transferência
De 200 a 300 eleitores uberabenses teriam transferido os seus títulos para Delta. Denúncia a ser apurada.

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