Entregue ao Ministério Público o inquérito iniciado para apurar a compra e habilitação fraudulentas de dois chips de celular em nome e com o CPF de Elisa Araújo. Nos autos, que correrão na 1ª Vara Criminal, figuram como indiciados Thiago Mariscal, Rodolfo Souza, Vinicim e Leonardo Alves. E a conclusão a que chegou o delegado Leonardo Cavalcanti Rodrigues da Cunha é de que teria havido a prática de outros delitos.
Páginas fakes
Policial encontrou conversas entre investigados sobre a criação de páginas fakes no Instagram também em nome de Tony Carlos, Franco Cartafina e Paulo Piau. Isso não chegou a ser materializado. Em relação a isso e a Elisa, se vislumbrar práticas de crime eleitoral, o MP possivelmente acionará a Polícia Federal.
Boca fechada
Assistidos pela advogada Taciana Alves Ferreira, todos os investigados optaram pelo silêncio nos interrogatórios conduzidos por Leonardo Cavalcanti. O motivo foi o desconhecimento dos dados obtidos pela Polícia Civil com a quebra do sigilo dos celulares apreendidos. Esses dados, que remetem a outras situações de irregularidade, não foram detalhados aos “depoentes”.
Grupos de apoio
Entre os intimados a depor estavam administradores de grupos de apoio e de marketing pró-Mariscal. Nada foi encontrado contra eles. O inquérito de 244 páginas tem expressivo conjunto de cópias de conversas de Whatsapp e vários áudios. De acordo com a PC, há conversas que vão além de simples críticas políticas à prefeita.
As reações
Mariscal já havia se manifestado na edição anterior de FALANDO SÉRIO, quando afirmou que não estava surpreso com o resultado da investigação. É o opositor de Elisa que, desde 2021, mais posta críticas (em vídeos) contra a administração nas redes sociais, e rotula suas ações de defesa dos interesses da comunidade. Rodolfo e Leonardo não foram encontrados pela coluna. Quando se manifestarem será publicado. Vinicim, por sua vez, enviou a seguinte nota para FALANDO SÉRIO:
"Através da mídia, tomei ciência do inquérito dos chips, assunto que nunca foi pauta entre Mariscal e eu, nos autos não existe nenhuma prova que eu cometi tal ilícito, muito menos disseminamos qualquer coisa. Pra mim o atual governo é inexpressivo, e exatamente por isso eu pedi a minha demissão em 2022, para desvincular a minha imagem desse tipo de gente. Hoje ajudo o Mariscal, pessoa honesta a qual eu acredito na política, com ele nunca difamei o governo da Elisa, porque isso, ela mesma já faz sozinha."
Demissão
Vinícius também contestou afirmação de Elisa em seu depoimento à PC. A chefe do Executivo frisou que o havia demitido. “Eu pedi demissão” – disse Vinicim, enviando à coluna cópia do seu pedido datado de 10 de junho de 2022.