FALANDO SÉRIO

Fim do trevo de Sacramento?

José Willian está impressionado com o grande número de acidentes na região

Wellington Cardoso
Publicado em 08/02/2011 às 09:54Atualizado em 20/12/2022 às 01:47
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Eta ansiedade. Foi tamanha a ansiedade de alguns motoristas do comboio que escoltava o secretário de Estado de Defesa Social até ao 4º Batalhão, ontem, que viaturas das Polícias Civil e Militar bateram uma na outra durante o trajeto. Nada muito sério. Mas, totalmente desnecessária a "correria" de alguns. Afinal, enquanto Lafayette Andrada e o comandante-geral da PM não chegassem, as cerimônias de que participariam não começariam. Pra todo lado. Violência doméstica e contra crianças não é, diferentemente do que muitos pensam, privilégio de quem mora na periferia. Ela está presente também nos bairros nobres. No centro, por exemplo, foram registrados no ano passado 35 ocorrências de violência doméstica e outros 23 de violência contra crianças. Mas, a Abadia detém a liderança em uma e em outra. No topo. As maiores vítimas da violência doméstica são as mulheres chamadas "do lar" por não exercerem nenhuma atividade remunerada. Mas na lista figuram integrantes de inúmeras categorias profissionais, incluídas empresárias, psicólogas, advogadas e enfermeiras. É fato. O desfile de escolas de samba deixou de ser a principal atração do carnaval "ex" de rua, agora no CentroPark. Programação está "escorada" em grupos artísticos - incluído o ótimo "Só pra contrariar" -, inclusive na única noite reservada às escolas. Tendência é de elas desaparecerem do carnaval ou não contarem com recursos públicos. Trevo da morte. Polícia Rodoviária Federal decidiu recomendar oficialmente ao DNIT que elimine o trevo de acesso a Sacramento na BR-262. O inspetor José Willian se confessa impressionado com os seguidos acidentes fatais registrados naquele local e entende que o melhor seria substituir o trevo por uma rotatória. "O ideal mesmo seria a construção de um viaduto para eliminar o cruzamento na rodovia, mas não há nenhuma perspectiva de que isso aconteça" - comentou. Relações mais próximas. Os dois Postos de Policiamento Comunitário que a Prefeitura pretende construir na região do Beija-Flor e no Residencial 2000 terão filosofia de ação preconizada pelo PRONASCI/Ministério da Justiça e a própria Polícia Militar. Serão unidades em que os homens nelas lotados procurarão se envolver mais com a comunidade, procurando se relacionarem diretamente com cada morador da região.   Vai longe. Pode apostar, a briga pela cadeira de Lerin, na Câmara, ainda terá alguns rounds. Agora, por exemplo, o PR está pedindo ao juiz Lènin Ignachitti que reconsidere o diploma de "vereador" concedido a Cardoso (PSB) no dia 31 de janeiro. Na data, em tese, o Legislativo passou a ter 15 vereadores e não 14, pois o agora deputado não havia se desligado. É duro. Diretor do Sindicato dos Professores, em tom de desabafo, comentou que poucos, da própria categoria, se interessaram em engrossar o lançamento, sábado, da campanha pedindo paz nas escolas. Públicas e privadas. Irônico. Um passante que recebeu panfleto contra a violência de que os professores têm sido vítimas, saiu-se com essa: "E quando é o professor que bate no aluno?". Diretor do sindicato não se abalou: "Também é lamentável e a consequência deve ser a mesma: denunciá-lo à polícia". Agressão. Advogado Lázaro Agenor, cujo escritório foi transformado em alvo para atirador na quinta-feira, é o mesmo que recentemente representou contra dois policiais-militares, acusando-os de agressão moral e cerceamento da atividade, quando procurou acompanhar cliente preso na AISP/Olinda. Estranho. Lázaro não faz ligação entre este episódio e o atentado, mas diz que, depois da denúncia, passou a ser comum viatura ter sirene acionada ao transitar nas imediações de seu escritório. "Nunca consegui anotar a placa de nenhuma delas" - acrescentou. Como? Ainda no fim de semana, em consequência do atentado, o vice-presidente da OAB, Leuces Teixeira, anunciou que a entidade não admitirá isso e reagirá. Quero ver como. Pauta. Em audiência em BH, hoje, Uberaba formaliza pleitos ao novo secretário de Defesa Social. No pacote de Anderson estão construções (prédio para a Delegacia Regional, IML/Perícia e Companhia de Missões Especiais), renovação da frota e destinação de delegados e agentes para a PC e manutenção em Uberaba dos quase 90 soldados que estão sendo formados pelo 4º Batalhão. E ainda a homologação do pregão do projeto Olho Vivo. Grampo. De há muito policiais-militares vêm suspeitando de que estejam com os telefones grampeados por ação interna, sem o crivo do Judiciário. Até mesmo os ex-comandantes Sidney Miguel e João Lunardi teriam sido escutados clandestinamente. Muitos têm evitado o celular quando querem sigilo absoluto sobre o que falam. Por etapa. Insatisfeito com a tramitação de processos que patrocina em Conceição das Alagoas, advogado que promete ir ao Conselho Nacional de Justiça contra os magistrados recorrerá primeiro à Ordem dos Advogados garimpense. "Se não resolver nada, irei ao CNJ" - diz. Risco. Interceptação de veículo na MG-427 transportando 147 kg de crack , domingo, serviria para ilustrar aula na PM sobre técnicas de abordagem. Diante da curiosidade dos PMs rodoviários sobre o que havia em caixa de isopor na carroceria da picape, o motorista voltou a entrar no carro, acelerou e fugiu (perseguido, o veículo foi encontrado abandonado já no perímetro urbano). Poderia ter sido pior. Sem voz. Tenente-coronel João Lunardi deixou oficialmente o comando do 4º Batalhão, ontem, por ingerência política, sem dizer uma palavra para o público. Nem mesmo na "inauguração" de seu retrato na galeria dos "ex". Algum dia FALANDO SÉRIO identificará quem, prestando um desserviço à cidade, pediu a cabeça do íntegro e trabalhador oficial. Uma e outras. "Olheiras" de Lunardi, ontem, em palanque, eram de quem não havia dormido à noite. De Anderson, oficial recebeu cartão de prata inserindo-o no rol daqueles que ajudaram a escrever positivamente a história da segurança pública na cidade. Aquino também mereceu cartão de agradecimento. Colocar o próprio marido como seu motorista foi medida de economia. O esclarecimento é da prefeita Lauzita, de Delta.   "Na adversidade conhecemos os recursos de que dispomos". (Horácio)

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