Picanha
Relatório final de um dos inquéritos derivados da Operação Brahman, deflagrada pela Polícia Civil, contém transcrição de troca de mensagens entre fiscais da Vigilância Sanitária e empresários de carne. Nas conversas, um fiscal dispensa picanha que ganharia de açougueiro e pede a sua troca por carne mais barata.
Coisa de rico
Disse ele, em meio a risadas, que picanha é comida de rico e trocada por outra carne renderia mais e daria até para levar para a praia. Recorrendo a algumas frases aparentemente sem sentido, o servidor sugeriu que a encomenda lhe fosse entregue por outra pessoa, em sua casa, argumentando que queria evitar conversa.
Facas e rodízio
De uma gerente de casa de carne, dois fiscais, de acordo com a apuração, ganharam facas para churrasco personalizadas com a inscrição do nome de cada um. Os presentes recebidos pelos acusados incluíram até vales rodízio em churrascaria, segundo o inquérito.
Porcarias
Os “agradinhos” tinham como objetivo evitar fiscalização ou que fosse feita fiscalização “de fachada” como entendeu a Polícia Civil diante do cenário encontrado em estabelecimentos visitados após o afastamento dos fiscais investigados: carnes impróprias para o consumo e falta de higiene.
Mensal
Pelo menos um dos fiscais receberia mensalidade de R$ 850 de estabelecimento para o qual teria “facilitado” termo de Responsabilidade Técnica. O que levou também à investigação de dois médicos veterinários. Áudios encontrados em celulares apreendidos expôs o esquema.
Chefia no pacote
A investigação apontou ainda que de onze peças de muçarela apreendidas por fiscais em 2021, chefe do Departamento de VS teria ficado com seis. A duas servidoras do setor ela teria dado duas peças. O destino das mais não está identificado nos autos.
Um é pouco...
Um dos servidores da Vigilância Sanitária indiciados no inquérito já remetido ao fórum pelo delegado Tiago Cruz responderá por 18 crimes, caso seja esse o entendimento também do Ministério Público em sua denúncia. O mais grave dos delitos é o de organização criminosa. A pena prevista vai de três a oito anos.
Menores
Os demais responderão por crimes com previsão de punições mais brandas, mas existe contra eles instaurado também um Processo Administrativo Disciplinar. Nem todos respondem pelos mesmos delitos, entre os quais estão corrupção passiva e ativa, tráfico de influência e falsidade ideológica.
Eu nego
Diferentemente do que foi informado pela Prefeitura, não foi a Polícia Civil a fornecedora de cópias peças do inquérito que alicerçam o PAD instaurado pela Controladoria. Segundo o delegado Tiago, se o Executivo obteve os documentos não foi com PC. Mas, pode ter sido pelo próprio Judiciário.
Empresários
O inquérito da Operação Brahman, do qual resultaram outros dois também já concluídos, está sob apreciação do Ministério Público. Tem mais de duas dezenas de indiciados, entre os quais quatorze empresários. No inquérito das churrascarias, houve cinco indiciamentos (três empresários e dois gerentes).
Gangorra
O lançamento equivocado das perdas no sistema de distribuição de águas do Codau, em 2018, indicadas como sendo de 33%, fez com que a posição da autarquia no ranking nacional do saneamento saltasse para o 11º lugar. Com a correção das perdas para 51%, em 2021, houve recuo para 27º e agora o ganho de duas posições.
Expectativa
Com o projeto de redução de perdas em execução, a expectativa é de que a Codau dê um salto na classificação nacional a partir de 2025. Os dados informados (não apenas quanto às perdas) influenciam no ranking somente dois anos depois.
Funerárias
Depois de pedir vistas do projeto de lei de regulamentação dos serviços funerários, o vereador pastor Eloísio teceu críticas ao Executivo por não discutir o tema previamente com o Legislativo e as empresas do segmento.
Prejuízos
Eloísio teme que, sem uma ampla discussão com os interessados, as funerárias possam ser prejudicadas. E, segundo ele, oferece-se tantos incentivos aos empresários que vêm de fora, e dialoga-se pouco com quem já está aqui.
No embalo
O vereador fez também uma veemente defesa ao posicionamento do presidente Fernando Mendes, que quer rever o BRT, considerando que o sistema levou ao fechamento de estabelecimentos comerciais na avenida Leopoldino de Oliveira.
Para o centro
Defendendo a necessidade de uma ampla discussão sobre o comércio no centro da cidade, Marcos Jammal cobrou do Executivo uma definição clara do projeto que pretende executar para fortalecer o comércio naquela região. “Como está não pode continuar” – frisou.
Equilíbrio
Citando que o comércio se fortaleceu nos bairros, Ismar Marão afirmou que lojas fechadas na Leopoldino não são culpa exclusiva do BRT. E lembrou as inúmeras portas fechadas também na Arthur Machado, na Tristão de Castro e na São Benedito.
Abandonados
Defendendo a revisão das declarações de tombamento e inventário de imóveis, Marão acrescentou que alguns prédios, mesmo sem esse reconhecimento, estão “caindo aos pedaços”, simplesmente abandonados pelos proprietários. A Arthur Machado tem vários exemplos.
Vixe
No grupo Política Uberaba 2024, Moacyr Lopes pôs em dúvida se o Executivo alcançará os alardeados 300 km de vias recapeadas com o programa de obras em execução. Disse o ex-vice-prefeito que a quantidade licitada de CBUQ não é suficiente para 220 km.
Erraram feio
“Se falaram que iam fazer 300 km com R$ 125 milhões, alguém errou feio” – sentenciou Moacyr, deixando claro não ser contra o recapeamento, mas com a omissão de informações e fatos.