Hora de compor
Resultado das urnas, que dificilmente deixará de ser referendado em Brasília, sinaliza que a enfermeira Ana Lúcia Simões e Luiz Fernando Resende precisarão compor com a oposição se quiserem administrar a UFTM sem grandes turbulências nos próximos quatro anos. Ficou claro que a área de Saúde - em especial a Medicina - já não reina absoluta dentro da instituição. Tanto que a dupla venceu com pequena margem de votos entre os professores, os técnicos administrativos e os estudantes. A disputa abriu algumas feridas em diferentes áreas. Antes elas ficavam restritas aos médicos, que ditavam as normas na UFTM. O recado está dado.
Jogo pesado
Situação jogou pesado na eleição para reitor. Gente estranha à instituição foi vista circulando inclusive em áreas restritas exibindo movimentação bancária do candidato de oposição Fábio Cesar. E dando versão inverídica - dizem - para o que nela está contido.
Estímulo à abstenção
Mudança de local de votação doze horas antes do dia “D” e exigência da apresentação de documento de identidade com foto estão nas causas da elevada abstenção (45%) registrada na UFTM. Estranhamente, no site da instituição constou para um grupo de funcionários que a votação ocorreria no anfiteatro do Ambulatório “Maria da Glória”, que não tem o espaço anunciado e posteriormente alterado.
Sem documento
E foi surpreendente a constatação do grande número de trabalhadores do complexo federal que não anda com documento de identidade, mas apenas com o crachá. Em pleitos anteriores, o crachá valeu como comprovação para o exercício do voto, mas, desta vez, a exigência do crachá veio acompanhada do documento de identidade e muita gente voltou do posto de votação sem fazer sua escolha.
Sinal do tempo
Até 15 anos atrás, o efetivo de um batalhão da PM (então suficiente para a demanda) era segredo de Estado. Agora, com o esvaziamento crescente dos quartéis, os próprios comandantes alardeiam quantos homens faltam e que é impossível conter a bandidagem.
Condenação
Réu confesso em processo que apurou arrombamento de residência e furto televisor, notebook e outros objetos pertencentes a A.C.R.N. e avaliados em R$3,8 mil, Marcus Fabiano da Silva Miguel teve sua condenação pedida ao juiz Ricardo Motta pelo promotor Laércio.
Ufa! Finalmente!
Finalmente o inquérito que apura o assassinato de Antônio Stacciarini, concluído, aportou em Uberaba. A complexidade das diligências complementares requisitadas pelo Ministério Público exigiu quase seis meses de diligências comandada pelo delegado Alexandre Oliveira, de Belo Horizonte.
A palavra agora é do MP
Ainda é desconhecida a conclusão – agora, sim, final – a que chegou o policial, pois o inquérito corre sob sigilo. Agora é esperar a manifestação do promotor Laércio Conceição, a quem caberá denunciar ou não ao Judiciário o suspeito indiciado pela Polícia Civil.
Para baixo
Em abril, Uberaba registrou o menor número de crimes violentos contra o patrimônio em 2014 (foram 232 roubos à mão armada, contra 271 em março, 253 em fevereiro e 265 em janeiro). Mas, é maior do que os de onze meses de 2013, à exceção de dezembro (261). Os números oficiais foram divulgados ontem pela Secretaria de Estado de Defesa Social, em Belo Horizonte. A queda foi também em toda a 5ª Região/Uberaba, com 272 registros (322 em março).
Niver. Um dos jogadores mais geniais de toda a história do USC, Tati ficou mais experiente nesta sexta-feira: 81 anos.
Jogo de cena
Esta semana, comissão de deputados estaduais foi à Secretaria de Estado de Defesa Social reclamar dos plantões regionalizados da Polícia Civil. Puro jogo de cena. Para que os pequenos municípios tenham PC funcionando 24h é preciso aumentar a admissão de delegados, investigadores e escrivães. De há muito os delegados decidiram ser burocratas em relação ao horário. Fazem as 8h/dia, de 2ª a 6ª, e pronto. Quando faz um plantão de 12h, o policial tem direito a 36h de folga. Em Uberaba também é assim.
Contribuição
O esvaziamento dos quartéis e das delegacias resulta de regras privilegiadas para a aposentadoria dos policiais aprovadas pelos próprios deputados, sempre de olho em voto. Muita gente se aposentou aos 44 anos de idade, somando tempo do INSS.
Táxi
Dos vinte candidatos inscritos na disputa por treze vagas de táxis em Uberaba, dezoito foram desclassificados por comissão de licitação por não atentarem para as regras estabelecidas em edital. As placas – avaliadas em R$100 mil – tiveram lances de R$105 a 130 mil.
“A vida começa todos os dias.”
(Erico Verissimo)
