Dinheiro jogado fora. A Prefeitura de Delta joga dinheiro fora. É a dedução a que se chega a partir de denúncias feitas ao Judiciário pelo promotor José Carlos Fernandes. Além de forros de PVC adquiridos e não instalados, há serviços gráficos "encomendados" a desativada empresa uberlandense já no período em que houve a transação. Em nome da Camp Graf Ltda foi emitido, recebido e sacado cheque no valor de R$ 11,5 mil. Tudo muito estranho. Nos depoimentos ouvidos pelo promotor, a diretora de Controle Interno da Prefeitura de Delta à época, Andréia da Silva Maluf, confirmou que os serviços contratados à gráfica não foram prestados. Já o então "homem forte" do prefeito José Eustáquio, Fernando Brunato, confirmou sua assinatura na requisição dos serviços, mas não se lembrou quem os havia pedido. O chefe de Compras e Licitação, Alexandre Estevam, liquidou a nota de empenho - para o pagamento da despesa - sem verificar se o material comprado havia chegado à Prefeitura. Contestação. Começam a surgir questionamentos à atuação do Conselho Tutelar. Tem especialista achando que crianças estão sendo retiradas dos pais e entregues ao abrigamento oficial por situações que poderiam ser solucionadas com medida menos drástica. Trauma. É que desabrigar é demorado, pois depende de manifestação do Ministério Público e do Judiciário, nem sempre ágil. Enquanto isso, a criança amarga o distanciamento do convívio familiar. Porte de arma. Delegado Elinton Feitosa foi ao Núcleo dos Reformados da PM para falar sobre porte de arma e acabou ouvindo uma série de reclamações contra o sistema com o mesmo enfoque: o civil legaliza arma com mais facilidades que o policial. Tem quem espera pelo porte, requerido via Polícia Militar, há mais de um ano. Distorções. Alguns revelaram que optaram por requerer o registro de armas em nome do filho diante da demora imposta aos policiais pela burocracia. O crime. Em sua palestra, Feitosa detalhou o rigor da lei do porte de arma, ressaltando que o cidadão pode ser preso, mesmo estando desarmado, simplesmente por portar um cartucho (munição) no bolso. É que a lei fala em armas e acessórios. Tudo certo. Auditoria comprovou a inexistência de irregularidades no Instituto Chico Xavier. No resultado, a constatação de que a diretoria então presidida por Aderlon Gomes "fez mais do que podia", realizando 35% das obras de construção do memorial do médium sem ter dinheiro. É pessoal. Para o novo presidente do instituto, os ex-diretores "foram uns heróis" diante do que fizeram sem dinheiro e as denúncias de irregularidades no pagamento de obras resultaram de problemas pessoais. Nada mais do que isso - frisou Adalberto Pagliaro. Apuração. As denúncias, formalizadas ao promotor João Davina, ainda estão sendo apuradas pelo delegado Danilo Alves Soares, que já sinalizou entendimento semelhante. Clima. Em verdade, havia clima ruim entre os próprios ex-diretores, o que motivou a saída de alguns, episódio que Pagliaro se empenhará para não deixar repetir. Reforço. Criada em Uberaba mais uma instituição voltada para a defesa da família. Trata-se do Instituto Brasileiro de Direito de Família, que aqui criou núcleo regional tendo Roberto Lins Marques como presidente. O IBDFAM é considerado o maior núcleo de estudos e de doutrina jurídica do País. Acusados. Nas ações em que pede a devolução aos cofres públicos do dinheiro de compras irregulares (forros em PVC e serviços gráficos) feitas pela Prefeitura de Delta, o promotor José Carlos responsabiliza o espólio do falecido prefeito, Andréa Maluf Rocha, Rogério Araújo Maciel, Alexandre Estevam, Fernando Brunato e Maria Tereza Lima. As empresas Vidrolar (Igarapava) e Camp Graf (Uberlândia) estão no pacote. Grupo de elite. Na conversa de terça-feira com o secretário de Defesa Social, Lafayette Andrada, Anderson postulou ao Estado a destinação de recursos para a construção do centro de treinamento da recém-criada Companhia de Missões Especiais da PM em Uberaba. E se comprometeu a doar área para alicerçar o investimento. Painel. Dutra não está nada satisfeito com o painel eletrônico da Câmara e irá trocá-lo por outro, mais moderno (até com telão agregado). Por incrível que pareça, na primeira sessão do ano, o painel a ser substituído não funcionou. Alô! As drogas provocam tanto estrago na família que, ontem, um pai chamou a polícia para prender o próprio filho. Lúcio José da Silva, morador da rua Timbiras, havia fugido dos PMs, depois de ser flagrado com algumas pedras de crack. Ao retornar à residência, o próprio pai acionou os militares para prendê-lo, o que de fato ocorreu. É a luta do bem contra o mal. Imbroglio. Prossegue a dança das cadeiras na Câmara. José Cardoso (PSB), dono de menos de 300 votos, ganhou liminarmente, na Justiça, o direito de se sentar no lugar de Chiquinho (PR), com mais de 2,6 mil votos. Mais um capítulo da insegurança jurídica reinante no País. Acontece. O acusado de roubos de carga e assaltos a ônibus em rodovias, preso ontem em Uberaba, já havia sido detido aqui no ano passado, livrando-se de maiores complicações por ter dado nome falso. Mas, não se espante. Isso acontece até na Justiça. Uberaba registra casos de condenados que depois não são localizados porque seus nomes e endereços constantes dos processos são falsos. Umas e outras. Morreu ontem o advogado e ex-vereador João Fatureto Jr. O que teria levado homem a abandonar 211 CDs e 193 DVDs piratas em banco diante do Ambulatório Maria da Glória? Aproxima-se a aguardada Feijoada do Jockey. Faltam duas semanas. "A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido; não na vitória propriamente dita". (Mahatma Ghandi)
