FALANDO SÉRIO

Laudos periciais de celulares mostram relação entre farmacêutico e médico para a venda de receitas

Wellington Cardoso
Wellington Cardoso
jornalistawellingtoncardoso@gmail.com
Publicado em 31/01/2024 às 20:54Atualizado em 01/02/2024 às 20:43
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Perícia feita nos telefones dos acusados mostra a ligação de médico e farmacêutico na emissão e venda de atestados falsos e de receitas para a compra indevida de medicamentos. A relação entre os dois profissionais da área de saúde está detalhada na denúncia oferecida contra ambos pelo promotor Gilson Walmir Falcucci.

Psicotrópicos
Médico e farmacêutico agiam há tempos visando a venda de psicotrópicos e imunossupressores, segundo a apuração. Alguns desses produtos mantidos sob a guarda do farmacêutico e sem notas fiscais. No telefone dele foi identificada mensagem indicando que comprava produtos em seu próprio nome.

Falsos
Dos medicamentos encontrados no armário do acusado, cinco eram falsificados. A constatação disso ocorreu em testes de laboratório.

Receitas
Em poder do farmacêutico à época da sua detenção foram encontradas mais de cem receitas firmadas pelo médico, algumas delas em branco para preenchimento. Das receitas vendidas, uma, de acordo com a denúncia, foi colocada no nome de pessoa já falecida.

Confissão
O profissional de farmácia teria confessado a existência de esquema de receitas e atestados com o médico, que chegou a ser preso por equipe da FICCO quando deixava agência dos Correios com drogas compradas pela internet e responde também por tráfico.

Desdobramento
As investigações sobre eles terão desdobramentos, pois estão nominalmente identificadas pessoas que se beneficiaram de receitas e atestados falsos. As receitas possibilitavam a compra de medicamentos controlados e os atestados eram para justificar faltas ao trabalho.

Compensação
Empresa produtora de cinco marcas de café interditada no ano passado pela Vigilância Sanitária e autuada pelo PROCON do MP assinou Termo de Ajustamento de Conduta com o promotor Diego Aguillar. Está pagando em parcelas R$ 30 mil de indenização por danos morais coletivos. Dinheiro depositado para fundo estadual.

Análises
Além da indenização, a empresa se comprometeu – e está cumprindo – a apresentar, mensalmente, laudo de qualidade técnica de pureza dos produtos, com anotação de responsabilidade técnica. Isso vale para todas as cinco marcas de café e não apenas para as duas em que foram encontradas misturas de impurezas acima do permitido.

Destruídas
Por ocasião da fiscalização, na fábrica foram encontradas, e destruídas, 16 toneladas de café impróprio para o consumo.

Multa
Houve ainda pelo promotor Diego Aguillar a aplicação de multa de R$ 10 mil 872, devidamente paga pela empresa uberabense.

Por um triz
Concurso público realizado pela Prefeitura de Delta no final do ano passado está correndo sério risco de ser anulado. A suspensão das convocações dos aprovados já está sob pedido submetido ao Judiciário pelo Ministério Público.

Fraude
Promotor José Carlos Fernandes recebeu denúncia de irregularidades no concurso e deflagrou investigação não apenas quanto ao resultado do certame, mas também sobre a contratação da empresa por ele responsável. Há suspeita de fraude.

Apadrinhados
Entre os aprovados, segundo a denúncia, teriam indicados do prefeito e de vereadores. Nas redes sociais, em Delta, nomes dos eventuais beneficiados no concurso chegaram a ser veiculados antes mesmo da realização do certame. No dia da prova, pelo menos dois candidatos foram fotografados usando celular.

Buracos
Se já não bastassem outros problemas, como esse do concurso, o prefeito Markim está enfrentando também uma enxurrada de críticas às más condições de ruas da cidade. Vídeos enviados à coluna mostram algumas autênticas crateras em via pública.

Hidrômetros
Decisão na ação que objetiva proibir a troca de hidrômetro de forma injustificada e sem anúncio prévio ao morador da residência poderá ser uma das últimas, de repercussão e interesse coletivo, de autoria da juíza Régia Ferreira em Uberaba. Ela será a próxima a ter assento no Tribunal de Justiça de Minas.

Expectativa
Na expectativa de que isso ocorra está o autor da ação, vereador Marcos Jammal.

Lá vem...
Falas de Moacyr Lopes sobre o aterro sanitário, indicando que o município terá prejuízo em acordo feito com o Consórcio S, serão levadas ao plenário da Câmara de Vereadores na semana que vem. Jammal está se coçando para abordar o assunto, depois de ser deixado de fora da CEI do Lixo.

Não só...
Do Convale vem a explicação que as obras a serem executadas pelo Consórcio S no aterro irão além da impermeabilização. Envolverão outros itens como remoção do lodo e impermeabilização das lagoas, tratamento de chorume. Um conjunto de ações – diz – capaz de evitar novas contaminações na área.

Cavalo
Há 7 meses a Prefeitura tenta regularizar cavalo mecânico recebido em doação e apreendido durante este período. Documentação é do DETRAN/PR.

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