O fim das sacolinhas de plástico. O consumidor que se prepare. As sacolinhas de plásticos para embalagem de mercadorias – em especial nos supermercados – vão desaparecer. E isso começará a ser feito já neste ano com a redução de 25% delas, segundo fonte ligada aos supermercadistas. A justificativa é a proteção ao meio ambiente, fomentada por lei municipal de entrada em vigor protelada para fevereiro diante das dificuldades alegadas pelo comércio de substituir as atuais sacolinhas por outras biodegradáveis, mas de resultados protetores questionáveis. Além da lei, há Inquérito Civil Público com o mesmo objetivo instaurado pelo promotor Carlos Valera. Duas alternativas. Projetando-se para 2012 o desaparecimento por completo das sacolinhas plásticas – por iniciativa do próprio comércio, ouvidos técnicos ambientais (de fora) do Wal Mart e Carrefour -, duas serão as alternativas para os consumidores. Uma delas, levar de casa a embalagem (sacola de pano, por exemplo), a outra, seria a comercialização pelo próprio estabelecimento de sacola mais rapidamente “digerida” pelo meio ambiente. Atualmente, os consumidores uberabenses levam para casa, gratuita e diariamente, 80 mil sacolinhas, que custam entre R$ 0,03 e R$ 0,05 para o comerciante. Elas representam no mínimo R$ 2,4 mil/dia ou R$ 72 mil/mês. Os maiores. Levantamento preliminar indica que o LS Guarato é o supermercado de maior consumo diário de sacolinhas, fornecendo cerca de 12 mil/dia aos seus fregueses. Em segundo lugar aparece o Wal Mart com 10 mil embalagens. Em todos os estabelecimentos do ramo é comum o consumidor levar algumas sacolas além das necessárias ao transporte dos produtos adquiridos (e os empresários fingem que não vêem). Elas são usadas para o acondicionamento de lixo. Uma dura crítica. Para o vice-presidente da 14ª Subseção da Ordem dos Advogados, o Governo Lula não age com lisura ao propor legislação unilateral, reabrindo as feridas provocadas pelo movimento revolucionário de 1964. “Ele quer copiar os modelos peruano, equatoriano e venezuelano ao invés de pensar com a grandeza do País” – sentencia Leuces Teixeira. Na opinião do criminalista, a anistia “sepultou” os desmandos que se seguiram à revolução e não há porque falar neste momento em “caça às bruxas” apenas em um dos anos. “Se os militares torturaram e mataram – e isso é deplorável em qualquer época -, os subversivos/terroristas fizeram o mesmo” – frisa ele. Fortunas. O vice da OAB também considera abusivos os valores de indenizações e aposentadorias pagas pela União (“leia-se povo”) para os considerados perseguidos do regime militar. O ex-deputado Hermano Alves, por exemplo, faturou R$ 2 milhões de indenização e ainda recebe aposentadoria de R$ 14 mil, enquanto o jornalista Carlos Heitor Cony recebeu R$ 1,4 milhão de indenização e fatura mensalmente R$ 19,1 mil. Diz Leuces que tem advogado ficando rico na defesa dos interesses de anistiados políticos. Outros. Muita gente hoje instalada no poder (em Brasília e nos Estados) também está entre os beneficiados com indenizações e aposentadorias. Algumas delas participaram armada contra as forças militares, enquanto outras se envolveram com assaltos a bancos. O guerrilheiro do Araguaia, José Genoíno, que voltou à Câmara dos Deputados, recebeu R$ 100 mil e têm aposentadorias José Dirceu e José Serra, dentre outros. Lula. O presidente Lula foi aposentado com proventos de R$ 4,5 mil – sem desconto de Imposto de Renda, como prevê a legislação pró-anistiados. Não por ter sido preso ou torturado, mas por ter, por ato do Governo militar, sido destituído do cargo de presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo/SP e ter cassado seus direitos sindicais. Ao deixar a Presidência, acumulará o salário correspondente e ainda terá carro e seguranças à sua disposição como os demais “ex”. Poluição. Atenta leitora da coluna – A.C. – diz por e-mail, “pra fazer justiça”, que a algazarra de que se queixaram moradores da Odilon Fernandes, na noite de quarta-feira, partiu de um bar – e não da lanchonete recém-inaugurada. Moradora do Villagio di Roma -, ela diz que a bagunça no local é rotineira, mesmo às portas fechadas, madrugada adentro. E aproveita para dizer: “Alô, Patrulha do Silênci alô, PM”. Comandos. Antecipada por FALANDO SÉRIO está confirmada a transferência do tenente-coronel Queiroz. Ele irá, a convite, para o Estado-Maior do Comando-Geral do Corpo de Bombeiros, sendo aqui substituído pelo também tenente-coronel Wanderley Félix Ferreira, vindo de Belo Horizonte. O subcomandante do CB/Uberaba será o major Marconi Jesuíta da Silva, que comandava Montes Claros, e o capitão Ricardo Maresguia está retornando à cidade. Igualdade. Interessante a portaria publicada pelo juiz Elton Pupo, da Vara Criminal de Frutal. Diz ela que quando promotores, defensores públicos e advogados solicitarem atendimento ao magistrado, a outra parte do processo deverá ser convocada. O juiz considera ilegal a realização de ato processual sem o conhecimento de todas as partes, mas a medida não se aplica nos casos que correm sob segredo de Justiça. Aprovado. Para advogado uberabense ouvido por FALANDO SÉRIO, a decisão é interessante, sobretudo no que se refere às conversas de promotores com juízes na ausência do advogado da outra parte. Ele ressalta que “o Ministério Público é parte em processo, tem interesses nele, assim como os advogados da parte contrária, e não têm porque falar sozinho com o juiz”. Cartórios. Dois cartórios de Uberaba e um de Uberlândia figuram na lista daqueles que precisam ter titularidade preenchida mediante concurso público, ontem divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça. Em situação semelhante estão cartórios de Araguari (3 serventias), Conquista (4) Campo Florido, Campos Altos, Capinópolis, Canápolis, Fronteira, Frutal, Comendador Gomes e Conceição das Alagoas (2), dentre outros do Triângulo Mineiro. Na PM. Blog do Comando Regional publicou ontem as transferências de PMs na área sem mencionar o nome do tenente-coronel Sidney. Foi explicitado, por exemplo, que a major Maria Lília não ficará, virá para o 4º Batalhão, a ser comandado pelo marido João Lunardi, mas sim para a sede do Comando Regional. “O avarento não possui suas riquezas: são estas que o possuem”. (Bion de Esmirna)