Xavier recorre. Afastado da direção da penitenciária “Aluízio Ignácio de Oliveira”, José Xavier de Sousa pediu ontem à juíza Régia Ferreira que reconsidere a própria determinação. Diz o agente penitenciário de carreira que a magistrada foi induzida ao erro e que já havia sido punido administrativamente pelos fatos denunciados pelo promotor José Carlos Fernandes. Assessoria se atrapalha. Por volta de 16h30 de ontem, jornalista da Associação de Imprensa da Secretaria de Estado de Defesa Social afirmou a FALANDO SÉRIO que Xavier não havia perdido apenas o cargo de diretor. Na sua explicação, o servidor está literalmente demitido por não ser concursado. Mais tarde, outro jornalista da assessoria corrigiu a informaçã Xavier é de carreira e foi exonerado apenas do cargo de diretor. Mas, a Seds insistiu no equívoco que dizer que a exoneração atendia a recomendação do promotor José Carlos Fernandes, que nega ter feito isso diretamente à secretaria, mas, sim, provocado o Judiciário. Já havia punição. Pelas irregularidades denunciadas à Justiça pelo promotor, José Xavier já havia sido realmente punido – como revelou a colega Gislene Martins no início da semana. Ele cumpriu uma suspensão administrativa de 90 dias, apesar de a Corregedoria da Seds ter recomendado a exoneração do diretor, em processo alicerçado também em informações anteriormente recebidas por José Carlos Fernandes. Demissão no desfecho. Em nota encaminhada a FALANDO SÉRIO no início da noite, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Defesa Social foi explícita: “Se as acusações, ao final do processo, forem consideradas procedentes ele [José Xavier] será exonerado da função pública”. No âmbito administrativo, essas acusações assim já foram consideradas. Tanto que houve a punição ao diretor. O promotor José Carlos, consultado a respeito, não quis entrar no mérito da decisão interna na Seds, lembrando ter tomado as providências civil e criminal que lhe competiam. De carreira. A exemplo de Xavier, seu substituto na direção da penitenciária “Aluízio Ignácio de Oliveira” é agente penitenciário de carreira. Itamar Rodrigues Júnior estava lotado no presídio “Jaci de Assis”, em Uberlândia. Pra demitir. Anderson foi curto e grosso na busca de soluções para o sistema municipal de saúde. “Demita quem estiver atrapalhando” – sentenciou, dirigindo-se ao secretário Valdemar Hial, que está promovendo alterações nas gerências das Unidades Básicas. Prefeito acrescentou que não ter “compromisso político com a incompetência”, para frisar que eventual ingerência política não salvará o emprego de ninguém. Consultas. Secretaria de Saúde recebeu recomendações expressas de Anderson para agilizar a implantação do sistema de marcação de consultas. “Não quero que o cidadão vá mais de uma vez a um postinho, de madrugada, para marcar consulta” – ressaltou. Ele também quer a adoção de um sistema especial para a marcação de consulta para as pessoas idosas. Girolando. Borjão reagiu à provocação de FALANDO SÉRIO. Por telefone, ele afirmou que as críticas aqui veiculadas ontem (contra a importação pela Girolando de mão-de-obra e serviços em detrimento de profissionais uberabenses) são também suas. “Eu já havia manifestado minha insatisfação aos colegas de diretoria, mas, como lá não tem transmissão pela TV nem a presença de jornalistas, isso não chegou ao seu conhecimento” – destacou. Andorinha. Diretor-financeiro da Girolando, Borjão discorda do procedimento da associação, que importou do Rio de Janeiro o gerente (com salário de mais de R$ 8 mil) e, de Uberlândia, uma arquiteta, contratada para projetar o Centro Tecnológico a ser construído na Univerdecidade. “Mas, uma andorinha só não faz verão” – finalizou, não sem antes afirmar que levará o assunto, novamente, à pauta de reuniões. Anônimo. A título de esclarecimento para servidora que, chamada para ser ouvida em investigação interna, ouviu de advogado, a quem consultara, que denúncia anônima não pode ser levada em consideração por órgão fiscalizador: a exoneração do diretor da penitenciária foi desenhada por denúncia anônima. Um dos que a receberam e investigou o conteúdo foi o promotor de Defesa do Patrimônio Público. Deu no que deu. Uau. Circulando de mão em mão, em Delta, cópias de movimento de empenhos pagos pela Prefeitura daquela cidade no período de julho a outubro de 2008. Se confirmados os registros (os documentos não têm autenticação), naqueles quatro meses foram gastos mais de R$ 100 mil em cestas básicas. Vandalismo. Mais uma escola municipal foi arrombada e ficou sem computadores neste início de semana. No ano passado, outras três passaram por situação semelhante. Em todas elas, os marginais fizeram questão de estragar móveis e equipamentos, em prejuízo da comunidade ali assistida. Para o Haiti. Em coletas feitas por 43 paróquias e áreas pastorais da arquidiocese uberabense foram recolhidos R$ 42,9 mil a serem destinados ao Haiti e à cidade paulista de Paraitinga, de populações castigadas por terremoto e chuvas. São aguardadas ainda as contribuições recolhidas por outras 14 paróquias, a maioria de outras cidades. O vigário geral monsenhor Antônio Braz Benevente espera chegar aos R$ 50 mil o montante arrecadado. Vida cristã. O sempre lúcido em suas manifestações dom Roque Oppermann considerou boas as doações. Segundo ele, “o pessoal entendeu que a vida cristã não é só rezar, mas é também expressa por gestos concretos de solidariedade”. “Quem procura a verdade procura Deus, ainda que não o saiba.” (Edith Stein)
