FALANDO SÉRIO

Malandragem generalizada

Fernando Collor, fala sobre a ligação de empresários e politicos, em prejuízo do povo

Wellington Cardoso
Publicado em 14/12/2009 às 11:46Atualizado em 20/12/2022 às 09:02
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Para baixo. Diante dos 70 mil hectares atingidos em 2009, plantio de cana em Uberaba não alcançará a meta de 100 mil hectares projetada para 2012, analisa o secretário de Agricultura. José Humberto Guimarães atribui o resultado aquém do esperado às mudanças do mercado, ao adiamento de implantação da terceira unidade da Usina Caeté, que plantará 4 mil hectares de grãos em área antes reservada à cana, e à pouca expansão de plantio programada para 2010 pela Usina Uberaba. A Vale do Tejuco está plantando 8,8 mil hectares a serem moídos no ano que vem.   Mais grãos. O secretário está prevendo crescimento na área plantada de grãos e encolhimento da pecuária. É que a atividade pastoril pode resultar no dobro da remuneração prevista para pecuária, além de significar a recuperação e a valorização de terras com pasto degradado. “O fazendeiro de hoje é diferente daquele de 10 anos atrás; ele tem informações e faz contas para controlar o negócio” – explicou.   Antifumo. Somente em abril entrará em vigor o novo texto de lei antifumo aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas, valendo para todo o Estado. O ato de fumar estará proibido em recintos fechados (todos) de uso coletivo públicos e privados. Fumar só será permitido em locais com espaços adequadamente criados para esse fim e ainda inexistentes em Uberaba.             Lista negra. Paulo Piau defende a tese de que os políticos de “ficha suja” não devem ter candidatura permitida pela Justiça Eleitoral. Mas, não aprova, porém, que condenação de 1ª instância, por ser monocrática, seja determinante para isso. “Não se pode impedir uma candidatura como resultado de decisão de uma única pessoa” – frisou, destacando que a penalidade deveria ocorrer a partir da 2ª instância. Mesmo sem sentença transitada em julgado.   Malandragem generalizada. Se a classe política anda mais suja do que poleiro de pato, quando se trata de “jogo de interesses” amparados por administradores públicos, no mundo empresarial não é diferente. Os empresários são apenas mais preservados. Uma demonstração da ligação incestuosa entre políticos e empresários, em prejuízo do povo, está na entrevista de Fernando Collor, levada ao ar neste fim de semana pelo canal papo Globonews.   Dinheiro fácil. Contou o agora senador que, em sua campanha presidencial, faltou dinheiro no primeiro turno, mas, no segundo, surgiram tantas doações que, ao término dela, houve saldo de 52 milhões (de dólares), cujo destino o coitadinho não sabe (quem sabia era o PC, seu tesoureiro, que não pôde falar). A generosidade dos empresários teve dois motivos: medo da eleição de Lula e o favoritismo de Collor àquela altura. Trecho da oração de São Francisco é bem praticado por políticos e empresários.   Aguardando. Até agora ninguém viu a cor do dinheiro do convênio firmado pelo Ministério de Ciências e Tecnologia (R$ 1,8 milhão) e Estado de Minas (mais  R$ 1,2 milhão) destinado a Peirópolis, via UFTM e Prefeitura.             Caiu a ficha. Finalmente as escolas particulares “acordaram” para o fato de que, em se tratando de dependência química, ninguém está imune. Quando a Polícia Militar lançou o PROERD, o seu programa de resistência às drogas voltado para as crianças escolares, o preconceito foi flagrante. E houve até diretor de escola privada que recusou o oferecimento de palestras pelo 4º Batalhão.   Adesão. De lá para cá, muita coisa mudou. E alguns estabelecimentos aderiram à proposta de prevenção da Polícia Militar, que, na terça-feira, “forma” mais de três mil estudantes, em cerimônia no Centro Olímpico.   Virou rotina. Em Uberaba, virou rotina a prisão de traficante ou dependente químico. Não passa um dia sequer sem que haja registro do gênero. E nem há um bairro “marcado”. As drogas estão em todos os setores, do centro às periferias.   Sem ofensa. Perguntar não ofende. Tem ex-presidente da ACIU querendo saber qual foi o critério adotado para a seleção de fotos de ex-mandatários da entidade inseridas na edição da Revista ACIU de novembro. Por que uns sim, outros, não?   Insatisfação. Parte do oficialato da Polícia Militar mineira está em “pé-de-guerra” diante de alguns nomes inseridos na lista de colegas a serem promovidos no Natal. Entre eles, dois majores que há sete anos estão à disposição do ex-presidente Itamar Franco e, por isso, afastados de suas atividades na corporação. Ambos serão promovidos a tenente-coronel. Diz o coronel da reserva,  Domingos Sávio de Mendonça, que os oficiais continuam escravizados por um sistema de retaliações àqueles que não se submetem às vontades de seus chefes.   “Usa a linguagem que quiseres;nunca poderás dizer senão o que és”.      

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