Motoristas abusam do preço das corridas de táxi e mototáxi

François Ramos - Redator Interino

 ABUSO

Motorista de táxi pediu nada menos que R$25 para levar uma senhora da UAI (Leopoldino de Oliveira) até o bairro Recreio dos Bandeirantes, em um trajeto que consumiria aproximados R$3 em combustível no seu veículo 1.0. Detalhe: eram cerca de 4 horas da tarde. Imaginem quanto ele cobraria na bandeira 2!?

 FISCALIZAÇÃO

O abuso no preço das corridas de táxi e mototáxi em Uberaba não é novidade. Sempre que ocorre um evento na cidade os preços pelo trajeto no perímetro urbano ou até a Casa do Folclore alcançam facilmente os R$40 (carro) e R$20 (moto). A fiscalização pelo órgão competente é uma necessidade para moralizar com urgência o setor.

 CRESCIMENTO

É importante dizer que nas últimas décadas a cidade cresceu (e muito) e a renda da população local aumentou, o que fez a demanda pelo serviço de táxi crescer. Contudo, o número de placas (permissões) não acompanhou o desenvolvimento de Uberaba, o que com certeza colabora para abusos que incluem a recusa de corridas curtas no taxímetro e de trajetos longos no preço único. O critério para fixar o preço da corrida normalmente é a oportunidade e conveniência daqueles que prestam o serviço.

 BRINCADEIRA

Projeto aprovado no Senado abriu espaço para a criação de até 188 novos municípios no Brasil. Maranhão, Bahia, Ceará e Pará são os estados onde mais cidades poderão ser criadas. É tudo que o País precisa: mais 188 prefeituras com suas respectivas secretarias e cargos de confiança e mais 188 câmaras de vereadores (mínimo de nove edis para cada uma).

 EXPLORAÇÃO

Edital para concessão da BR-262 está na praça. De acordo com a ANTT, o objetivo é permitir com a medida executar serviços de recuperação, manutenção, conservação, operação e implantação para que haja melhorias e ampliação na capacidade de todo esse sistema rodoviário. O que claro implica novos pedágios. Cadê o dinheiro dos impostos? Vale dizer que o Brasil é o país de maior carga tributária entre os países emergentes e mais alta até que Japão e Estados Unidos. Mesmo assim o povo continua engolindo os desmandos de uma democracia que há muito superou a tão criticada ditadura na exploração do trabalhador.

 VERDADE

Somente para se ter uma ideia da carga tributária que o brasileiro precisa enfrentar... O novo console da Sony, Playstation 4, que nos Estados Unidos tem preço final de US$800 (R$1.871,08), custará no Brasil nada menos que R$4 mil. O carro brasileiro é um dos mais caros do mundo, o que faz o preço do nosso popular ser equiparado a um carro de luxo em alguns países. E se para descarregar sua raiva vocês resolver tomar uma cervejinha, lembre-se: nada menos que 56% do preço é imposto! E mesmo assim o salário do professor é miserável, a educação está entre as piores do mundo, a saúde é precária, as rodovias são péssimas, as ferrovias sucateadas e os estádios de futebol... bom... esses são padrão Fifa (mas com a tradicional corrupção brasileira).

 QUEM PAGA?

A previsão inicial com o custo dos estádios da Copa já subiu R$992 milhões. O gasto com as construções e reformas dos 12 estádios que serão utilizados na Copa do Mundo de 2014 alcançou a espantosa marca de R$6,9 bilhões. O dinheiro público vai suportar 97% da despesa. Socorro!!!

 SHOWS

Se aqui na cidade, ainda durante o governo Anderson Adauto, ficamos sem os shows da ExpoZebu, que eram uma opção de lazer e cultura para as famílias menos abastadas, a vizinha Delta, na sua Expocana, que aconteceu no período de 17 a 20 de outubro, incluiu nomes como Trio Parada Dura e a dupla sertaneja Tom & Arnaldo, que recentemente passaram por Uberaba.

 NUTRIÇÃO

Começou ontem a Avaliação Nutricional dos Alunos da Rede Pública em Uberaba. Oito nutricionistas da Secretaria de Educação e Cultura (Semec) estarão avaliando crianças das 34 Escolas Municipais e dos 30 Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis). Ao todo são 25 mil estudantes. O objetivo do município é traçar um perfil nutricional de crianças e adolescentes para rastrear problemas como obesidade, diabetes, hipertensão, baixo peso e colesterol alterado, promovendo educação nutricional.

 MORREU?

O respeito parece estar definitivamente sepultado para algumas pessoas. Nem mesmo o cemitério São João Batista tem escapado da ação de usuários de drogas que utilizam o local como seu playground particular. Não falta registro de pequenos furtos e extorsão dos motoristas que somente podem estacionar por ali pagando para “vigiar”, pois, como os flanelinhas alertam, “nunca se sabe o que pode acontecer”.

 DESCRIMINALIZAR

Ao eliminar a possibilidade de qualquer tipo de sanção contra o uso de drogas, o governo brasileiro se esqueceu de que para consumir alguém precisa vender e mais, com a ausência de qualquer medida para coibir a “galera” de “curtir o barato”, facilitou a vida dos traficantes, com sua importante contribuição para o “aquecimento do mercado”. Outro detalhe importante é que, ao contrário do fumante e do alcoólatra, que geralmente trabalham para manter o vício, usuários de drogas tornam-se, em regra, “amigos do alheio”, o que fazem estimulados também pela falta de punição para aqueles que praticam o crime.

 BANALIZAÇÃO

Concordo que o uso de drogas pode ser considerado uma doença quando torna o indivíduo dependente. Contudo, só este argumento não justifica banalizar a conduta e torná-la normal. Ainda me recordo quando nos anos 80 havia apenas dois “maconheiros” (como eram chamados) no bairro Tutunas e todos éramos proibidos por nossos pais até de conversarmos com eles. Jamais os vimos consumindo drogas, tudo era apenas presumido devido às fugas para o matagal e retorno de olhos vermelhos. A polícia reprimia duramente o consumo e o tráfico. O que hoje com certeza seria chamado no mínimo de “bullying” devido ao afastamento social que lhes era imposto, serviu de “incentivo” para que os dois abandonassem o vício. Mas os tempos mudaram e, hoje, fala-se até em “bolsa-crack”. Que País é esse???