Sem entender. Até agora o Estado não justificou a escolha de Veríssimo para sediar centro regional de recuperação de dependentes químicos. Não há como falar em posição estratégica nem logística. Só pode ser questão política, de resultados previsíveis. Obstáculos reais. Com os “altos” salários pagos pelo Estado aos profissionais de Saúde (médico, psicólogo, dentista, enfermeiro) até a contratação de pessoal será complicada, pois não me consta que essa mão-de-obra especializada seja encontrada em Veríssimo. Dificilmente médico ou psicólogo aceitará lotação na unidade a ser construída por salário de R$ 1 mil para tempo integral. Inversão de valores. Enquanto milhares de menores suam a camisa diariamente por R$ 465, para garantir o próprio sustento e os estudos, em busca de uma vida digna, alguns infratores recolhidos ao Caresami recusaram a comida, dia destes, porque não tinha carne (o fornecedor teve problemas e não conseguiu entregar a mercadoria em tempo). Cada menor recolhido ao centro de reeducação por ordem judicial custa ao contribuinte mais de R$ 2 mil/mês. Vida nova. “Implodida” a Faculdade de Educação (Cesube), as instalações ocupadas por ela desde meados da década de 90 também vão mudar de mãos. A Prefeitura está pedindo à Câmara autorização para entregar os prédios à Universidade Federal do Triângulo Mineiro. E, ocorrendo isso, no ano que vem ali estarão sendo desenvolvidos sete cursos de Engenharia, totalmente gratuitos. Vida nova para aquele espaço da Univerdecidade. Bate-boca. Borjão e Dutra trocaram farpas ao vivo e em cores na sessão de ontem da Câmara. O peemedebista foi contra proposta de destinar mais recursos ao Legislativo, além daqueles previstos no orçamento original em apreciação e foi acusado pelo colega de jogar pra galera. Borjão exigiu respeito e coerência, lembrando que alguns edis se manifestaram a favor do número de cadeiras na Casa, mesmo sabendo das implicações orçamentárias. Mão de vaca. Amigos de Walter Celani, que como Tati é um dos maiores ídolos de todos os tempos do USC, não acreditam, mas é verdade: ele pagou do bolso a despesa da recepção à base de pizza com que recebeu Luizinho, ex-goleiro do Uberaba e pai da cantora Vanuza. Tati e Luizinho, contemporâneos da época em que o USC escreveu sua história, não se viam há décadas. Negócio. Sobre a mudança de mãos de “Boulanger Pucci”: Guarato e RCG, a bem da verdade, não compraram o imóvel do USC, mas da Justiça, concorrendo com outros três interessados no leilão realizado. Exagera quem responsabiliza as duas empresas pelo prejuízo do USC. Na prática, o clube perdeu o campo muito antes do leilão, acumulando dívidas e não acreditando que um dia seria chamado à responsabilidade. Pior. O que torna a situação do USC ainda mais crítica é que perde “Boulanger Pucci” e não se livra das dívidas por inteiro. Em outras palavras: não pode ter bens no próprio nome, sob pena de atrair outros credores. Lamentável. Paradoxo. Nacional e Independente têm estádio, mas não têm time; o USC tem time, conquistou este ano a segunda competição mais importante do calendário da FMF, mas não tem campo. Insistência. Anderson está determinado a acabar com a forma de pagamento das férias-prêmio em vigor na Prefeitura. Quer porque quer mudar o sistema e só retirou o projeto de mudança enviado à Câmara pela escassez de tempo para a sua discussão. Ele acha ilógico a empresa ser obrigada a comprar férias, admitindo a possibilidade em caso de necessidade. E já assegurou que voltará ao assunto em fevereiro. É assim. Comissão de Finanças da Assembleia aprovou sem questionar o projeto com que o governador destina mais R$ 92 milhões, neste fim de ano, ao Tribunal de Justiça de Minas. O parecer do deputado triangulino José Maia é pela aprovação da proposta sem alterações. Quem esperava parecer diferente? Dica. Na apuração da fraude praticada pela loja Rede Contas (Tutunas), leitor faz contas e manda recado para a polícia: para que a empresa perdesse em assalto o montante anunciado seria preciso acumular durante dias o dinheiro recebido de contas pagas por clientes. E isso significaria que o repasse não estaria sendo feito ao prestador do serviço pago. O assalto é usado como justificativa para as dificuldades da loja, que teve atividades encerradas. Imbróglio. Está “pau a pau” a votação no Tribunal de Justiça da ação com que o Ministério Público questiona o direito da Guarda Municipal de BH de fiscalizar o trânsito e multar infratores. Com os votos de ontem, são 12 desembargadores a favor da atuação da GM e 11 contra. Falta o voto de um desembargador. Se houver empate, o voto de minerva será do presidente Sérgio Resende. Rezando. Delegados de polícia mineiros estão a um passo de conquista histórica: a inclusão do cargo nas carreiras jurídicas do Estado. Mais do que o status, está em jogo substancial aumento de salários.O projeto do governador já está submetido à Assembleia. Certamente, os coronéis (PMs) estão na moita, aguardando o desfecho. Se for para uns, que seja pra todos. Uma e outras. Câmara vota este mês o projeto que autoriza a Prefeitura a receber bens imóveis em pagamento de dívidas tributárias.// Promotor aposentado Sílvio Fausto diz que Uberaba já teve Apac em funcionamento. Foi na década de 80, por iniciativa do juiz Geraldo de Abreu Leite.// Na época, cada conselheiro da Apac levava um preso de bom comportamento para passar o fim de semana em casa. Ô loco.// Outros tempos.// Noite de homenagens a futebolistas pela Rádio JM, com transmissão ao vivo pela equipe comandada por Filmiano Neto. “O maior erro que um homem pode cometer é viver com medo de cometer um erro.” (Hebbard)