Para a PF, delegado acusado de exageros apenas cumpriu o seu dever em Uberaba

Ao instaurar de ofício inquérito policial para investigar o que seriam manifestações “golpistas” de dois moradores do condomínio Instância dos Ipês, o delegado federal Mário Veloso nada mais fez do que cumprir a sua obrigação. A manifestação consta no despacho de arquivamento da sindicância a que o policial respondeu.

Prisões
As investigações comandadas pelo então chefe da Regional da PF em Uberaba resultaram na prisão dos dois empresários. Na audiência de custódia, ambos se disseram vítimas de ação motivada por desentendimento entre eles e o delegado Mário em grupo de Whatsapp.

Vizinhos
Os três estavam no grupo de Whatsapp do condomínio Instância dos Ipês, em moravam. E divergiam nas postagens quando a conversa era a sucessão presidencial e a manifestação de 8 de janeiro em Brasília. Inúmeros prints inseridos no inquérito e na sindicância atestam algumas dessas conversas.

Inimizade
Um dos presos chegou a externar que haviam sido “delatados” em razão de inimizade, impressão sobre a qual preferiu o silêncio ao ser ouvido na sindicância instaurada pelo ministro Alexandre de Morais diante do que havia lido nos autos das audiências de custódia.

Ofensas
No mesmo grupo de Whatsapp, o delegado Mário Veloso chegou a ler manifestação considerada ofensiva. Um dos dois processados dizia que ele, diferentemente do que seria a sua obrigação, defendia bandido ao externar posição contrária aos bolsonaristas. Sobre o que o depoente também se recusou a falar na sindicância.

Em comum 
Os dois relataram, porém, no procedimento interno aberto pela Superintendência da PF em Minas, que, durante as discussões no Whatsapp, sequer sabiam que Mário era policial. Na audiência de custódia, ambos também se disseram inocentes de qualquer incentivo às depredações de prédios públicos em 8 de janeiro.

Justificadas
Na conclusão da sindicância a que o delegado respondeu sob suspeita de abuso de autoridade, e foi inocentado, consta que Mário não cometeu nenhuma conduta reprovável ao abrir e conduzir a investigação contra os dois empresários.

Confissão
E mais, que os próprios denunciantes do delegado fizeram “verdadeiras confissões” ao serem ouvidos na sindicância, justificando todo o procedimento do policial como a instauração do inquérito e o requerimento de medidas cautelares deferidas pela Justiça Federal.

Julgamento
Os empresários uberabenses permanecem submetidos à decisão do STF quanto aos atos de que foram denunciados pela Polícia Federal. Assim como também aguardam julgamento os uberabenses presos em Brasília após a manifestação de 8 de janeiro.

Demolição
Apenas 2,8% das casas que compõem o loteamento Alfredo Freire IV precisarão ser demolidas em razão da precariedade delas constatadas pela Consul-Prime-Brasil Engenharia. Uma empresa de Passos contratada por licitação feita pela FUNEPU por recomendação do Ministério Público.

Segurança
À época, o promotor Carlos Valera, contando com a colaboração do procurador da República Thales, demandou a Justiça em busca de uma solução para o empreendimento financiado pela CEF e parado há uma década. 

Acaba ou acaba
Valera e Thales sugeriram a contratação do estudo, e viabilizaram quase 50% os recursos financeiros para isso (a CEF bancou o restante por ordem judicial). Eles queriam saber se exigiriam o prosseguimento das obras ou a implosão do que está parcialmente construído.

É possível
A recuperação das outras 525 unidades do loteamento é possível – atesta a empresa especializada, deixando claro, porém, a necessidade de que as obras de recuperação aconteçam dentro do que preconizam as normas técnicas.

Falhas
No documento de 99 páginas, a Consul-Prime aponta falhas observadas nas construções das 540 casas como ausência ou ineficácia de cintas de amarração em locais acima de portas e janelas (vergas), e abaixo de janelas (contra-vergas).

Comprometidas
As quinze casas para as quais é recomendada a demolição não apresentam condições estruturais adequadas para que possam ser concluídas e usadas como moradias.

Aumento da água
Aprovado pela própria agência reguladora de Uberlândia, os moradores daquela cidade passam a pagar mais 22% pela tarifa de água a partir deste domingo. O Departamento Municipal de Água e Esgoto de Uberlândia queria reajuste de 41%, justificando a necessidade de investir R$ 588 milhões em obras e reformas do sistema. Parte desse dinheiro de recursos próprios.

Pois é...!
Outra vez o STF amarra as mãos do Judiciário de 1ª instância, editando súmula vinculante em benefício do traficante primário e não integrante de organização criminosa. A esse criminoso deve-se aplicar pena reduzida em regime aberto e substituída por restrição de direitos. Não importando a quantidade de droga.

Morte
Facilitar o tráfico de drogas é o mesmo que decretar a morte de incontáveis jovens brasileiros. Fornecida ou não por traficante tecnicamente primário, as drogas ilícitas causam o mesmo efeito. Enquanto os bandidos enchem os bolsos, o dinheiro de impostos banca as despesas ocasionadas por doenças provenientes da dependência.

Não resolve
Para o advogado Leuces Teixeira, a retirada de tomadas das celas dos presídios mineiros não resolverá o acesso e uso de celulares por detentos. Entende o criminalista que isso servirá apenas para “encarecer a facilitação”. Além de privar o detento do lazer representado pela TV e o rádio.