FALANDO SÉRIO

Pesos pesados da política fazem negócios em Uberaba

Wellington Cardoso
Wellington Cardoso Ramos
Publicado em 08/02/2025 às 19:28Atualizado em 10/02/2025 às 21:03
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O ex-deputado Eduardo Cunha, o governador do DF Ibaneis Rocha (em seu segundo mandato) e o ex-presidente da Câmara Federal Arthur Lira, dentre outros políticos, passaram sexta-feira e sábado em Uberaba. Os três participaram de leilão de gado de elite na sexta-feira e, neste sábado, se juntaram em fazenda para um almoço. Com pouquíssimos convidados locais.

Cariocas
O também ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha veio acompanhado de assessores e de alguns políticos fluminenses, aprofundando tratativas para fincar um pé em Uberaba, de olho nas eleições de 2026. Entre os seus parceiros estava o ex-prefeito de Belfort Roxo (em dois mandatos) Waguinho, marido da deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil), ministra do Turismo de Lula no início do terceiro mandato do presidente.

Porta de entrada
Uma das portas de entrada em Uberaba que atrai Cunha é o USC. Desde o ano passado, o político vem conversando com o CEO colorado Rodrigão, acenando com a possibilidade de investir no clube, via parceiros do mundo empresarial.

Marcou presença
Acompanhada por seu chefe de Gabinete, Caio Presotto, Elisa esteve presente no almoço. Teria sido a única liderança política uberabense convidada para o encontro, mais festivo do que político.

Fervendo
Dois diretores do Sindicato Rural jogaram a toalha neste fim de semana: o vice-presidente Guilherme Sandrini Del Arco e o 2º secretário Rafael de Oliveira Mendes. O vice deu como motivo questões de ordem pessoal e profissional que demandam a sua total dedicação no momento.

Mais explícito
Já o ex-2º secretário foi mais claro. Disse Rafael, além de recorrer às questões pessoais e profissionais, que a motivação é também de “incompatibilidade com as deliberações e ações das atuais gestões, das quais me desligo”. Nos dois casos, as renúncias são em caráter irrevogável.

Na esteira
Rafael se desligou também do CITUR e dos Conselhos Municipais de Turismo e de Desenvolvimento Rural.

Sem conversa
À coluna, o presidente do Sindicato Rural disse neste sábado que as renúncias foram protocoladas, mas que ele ainda não conversou com os dois, o que fará. Marco Túlio Prata frisou que, de qualquer forma, o sindicato prossegue com os seus projetos normalmente.

Sem assinatura
O Executivo se recusou a assinar a “Carta de Compromissos” a ele proposta em dezembro pelo juiz da Vara da Infância e da Juventude, que tem perseguido avanços nas políticas públicas voltadas para os menores vulneráveis. A carta seria uma forma de fazer a Prefeitura assumir tratamento prioritário às crianças.

Compromisso
Na resposta ao juiz Marcelo Geraldo Lemos, com justificativas para a decisão tomada, Elisa diz que as crianças e os adolescentes são prioritários para a sua gestão, mas não detalha ações a serem efetivadas nem estabelece um cronograma para isso.

Inspeções
A tentada assinatura da “Carta de Compromissos” surgiu depois de duas inspeções em casas de abrigamento e assistência destinadas exclusivamente às crianças e aos    adolescentes necessitados do poder público. Inúmeras situações incompatíveis foram constatadas nas duas oportunidades. 

Estratégia
A versão da carta a que FALANDO SÉRIO teve acesso ainda em dezembro continha prioridades e ações estratégicas para a garantia dos direitos das crianças à saúde, à educação, na proteção sociofamiliar e contra as diversas formas de violência a que as mais vulneráveis estão sujeitas.

Ciência
Em nome da ciência, Prefeitura e Universidade Federal do Triângulo Mineiro assinam acordo de doação para estudos universitários de ossos humanos exumados nos cemitérios públicos de Uberaba, e não identificados ou reclamados por familiares.

Casos raros
Segundo o secretário Pedro Arduíni, historicamente são raras as situações de ossadas não identificadas nos cemitérios locais, mas a celebração formal do acordo pode contribuir para com a ciência nas situações em que a doação for possível.

Pois é...
Passados doze anos de gestão do Hospital de Clínicas pela EBSERH, a avaliação dos resultados dessa transferência jamais foi feita no âmbito do Conselho Universitário. E tem integrante do CONSU extremamente irritado com essa situação. O conselho volta a se reunir em breve, depois do recesso de dezembro/janeiro.

Perigo à vista
Ação do Ministério Público Federal expõe situação de gravidade no Hospital Escola. Diz que, apesar das notificações e aplicação de multas pelo Corpo de Bombeiros, as condições de segurança contra incêndio no hospital ainda não são as ideais.

Inaceitável
Em nota divulgada pela assessoria de Comunicação do MPF, o procurador da República Cleber Neves sentencia que “a continuidade do descumprimento das normas de segurança é inaceitável, uma vez que compromete a integridade física e a vida de pessoas no hospital”.

Alegações finais
Protocoladas pelo advogado Geovane Soares as alegações finais do vereador Cleber Júnior na AIJE em que o Mobiliza acusa o MDB de fraude na cota de gênero. Cleber será o maior prejudicado com eventual condenação do partido e da investigada. Corre o risco de perder o mandato sem ter contribuído para a ilegalidade.

Ilações
A argumentação de Cleber e seu advogado é de que “as provas” apresentadas pelo Mobiliza contra o MDB não passam de ilações, inexistindo evidência concreta de fraude praticada. E acrescenta que o ordenamento jurídico eleitoral não admite punição sem provas robustas e irrefutáveis. São 48 páginas de argumentos.

Pesquisa
O mesmo Cleber Júnior está com uma pesquisa no Instagram. Com uma única semana de sessões no Legislativo e quase quarenta dias de mandato, o emedebista quer uma avaliação popular dos vereadores. Pergunta ele se “você trocaria algum(?)”. A melhor resposta virá das urnas, mas apenas em 2028.

A missão
Vereadores nomeados para cargos comissionados já têm missão: recolher nas ruas o sentimento do povo, mas, principalmente, demandas que possam ser atendidas. Ou seja, continuarão sendo “vereador”, mas sem mandato. Até serem vistos como concorrentes pelos atuais. 

Na expectativa
Com as nomeações desta semana, servidores de carreira lotados no Centro Administrativo estão fazendo apostas: a maioria não acredita que os nomeados serão submetidos ao mesmo ponto de reconhecimento facial que eles.

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