Leitor João Carlos de Rezende entende que a Câmara de Vereadores já está se posicionando pela cassação do mandato de Jorge Ferreira, mas de forma confusa. Ele indaga pelas provas materiais – inexistentes – da conduta do acusado, lembrando que, “sem elas, prova testemunhal é derrubada por outra testemunha”. E para o leitor, o relator da Comissão Processante, José Severino, deveria tornar público o nome daquele de quem diz estar recebendo ameaças. Em sua opinião, existe um “jogo de interesses” em torno do episódio. História de sempre. Homem preso pela Polícia Militar sob suspeita de participação em assalto de R$ 44 mil a cidadão que saía do HSBC registra outras passagens por roubos e está cumprindo medida socioeducativa (a que foi submetido como menor de idade). Ainda que reconhecido pela vítima do assalto no banco, o rapaz se diz inocente. E a roda vai continuar girando, no eterno trabalho feito pela PM, que imita o cachorro que corre atrás do rabo. Como o acusado em questão, muitos outros estão por aí. É preciso paciência. Uma informação publicada sexta-feira pelo JM mostra o desaparelhamento do sistema de segurança mineiro, quando se trata de polícia científica. Peças de roupa de homem suspeito do assassinato de aposentada, com sinais que podem ser sangue, foram encaminhadas a BH para exames de laboratório há mais de um mês e até agora não se conhece o resultado. Em situações mais simples também há demora. Como no inquérito que apura a morte de detento na penitenciária no início do ano passado. Uma carta precatória, para depoimento de testemunha, viaja por aí no lombo de tartaruga há mais de seis meses. De chapéu na mão. O Lar da Caridade (Hospital do Pênfigo) e o Sanatório Espírita passam por sérias dificuldades financeiras e têm suas atividades filantrópicas comprometidas. Fundado em 1933 pela espírita Maria Modesta Cravo, o sanatório tem 120 leitos e cerca de 130 internações/mês, para o que conta com 92 funcionários, além de médiuns voluntários. E o dinheiro está curto. Assim como no Lar da Caridade, fundado por dona Aparecida, com a ajuda de Chico Xavier, e que já atendeu a 300 pacientes, limitando-se atualmente a 20 por falta de recursos. Com a morte de Chico, admite o hospital, os visitantes de fora desapareceram e as doações minguaram. Intragável. O padre não é um cidadão comum. É um homem especial. Por isso, fica ainda mais difícil aceitar que ele tenha desvios de conduta e fraquezas comuns aos seres humanos. No caso do padre indiretamente envolvido nas investigações do assassinato de Osvaldo Magnino, o mais grave não é a sua confissão de ser amante de um dos autores do crime, mas a mentira deliberada com o intuito de proteger o assassino. Ah! Coração. Os laços que uniam o religioso e o acusado foram tão fortes que o padre não se constrangeu diante do juiz, relatando, na tentativa de proteger o amante, que eram amantes e dormiam juntos. Fico imaginando o sofrimento de dom Roque Oppermann ao ver membros de seu rebanho – há outros – caminhando na contramão do que prega a Igreja Católica. Esfriando. Deu uma esfriada a negociação entre a Prefeitura e o Jockey em torno da locação da sede central do clube, na praça Rui Barbosa. Quanto aos associados joqueanos, o clima já não é de fervura. A maioria entendeu que é preferível perder o anel ao invés do dedo. A maioria absoluta dos clubes sociais de todo o País está mergulhada em crise financeira e perdendo receita há anos. Presídio. Publicado no “Minas Gerais” de sexta-feira o resultado do processo de habilitação de empreiteiras para a construção do presídio de Uberaba, ontem noticiado por FALANDO SÉRIO. Em consequência do feriadão desta semana, o prazo para a apresentação de eventual recurso contra uma ou outra empresa termina somente na segunda-feira seguinte. Admissões. Com a construção do presídio, prevista para estar concluída em um ano, a Subsecretaria de Administração Penitenciária precisará contratar mais agentes penitenciários em Uberaba. Do concurso recentemente realizado, não há lista de espera. Status. Agora delegado regional em Araxá, Heli Grilo já começa a gozar do prestígio do cargo. Nos últimos dias, foi homenageado com almoços em sua terra natal – Perdizes – e em Campos Altos. Delegado se confessa de bem com a vida em Araxá. Punição. Notícia para médico colocar as barbas de molh no STF foi negado habeas corpus para quatro médicas acusadas de homicídio culposo, por negligência, de uma criança de um ano. Elas postulavam o trancamento do processo. Diz a denúncia que elas, atuantes no Rio de Janeiro, negligenciaram no atendimento da criança operada de tímpano e adenóide com sérias complicações. Refresco. Primeiras sentenças para os sanguessugas (aqueles que embolsavam dinheiro público destinado à compra de ambulâncias) são um estímulo ao crime. Os cinco condenados da semana passada no Mato Grosso, pela Justiça Federal, terão as penas de um a quatro anos de cadeia substituídas por prestação de serviços. A boazinha. A mulher que operacionalizava a fraude dentro das empresas envolvidas foi “punida” com um ano de prestação de serviços por ter colaborado com as investigações. Crimes. Os acusados não respondem por furto de xampu em supermercado, mas por formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e outras coisinhas mais. Substituição. Médicos de comportamento criticado inclusive por colegas de unidade de saúde pública devem ser substituídos no local por outros profissionais em fase de contratação. Um deles – mulher – arrota e solta gases na presença de pacientes e servidores seus colegas com a maior naturalidade. Em números. No ano passado, a saúde consumiu em Uberaba cerca de R$ 97 milhões em recursos oficiais e houve 25,1 mil internações. Maravilhado. Borjão visitou a ETE do rio Uberaba e se confessou “maravilhado” com a obra. E aproveitou para cumprimentar o presidente do Codau, José Luiz Alves, também pela conquista de R$ 30 milhões do PAC para o projeto Água Viva. No batente. Major Valdisser, especialista em Direitos Humanos, resolveu dar um breque no sossego da aposentadoria e retornou à ativa no 4º Batalhão, agora como diretor de Saúde (é odontólogo). E está à frente de projeto de financiamento pelo Estado de imóveis para policiais militares. “O prêmio da boa obra é tê-la realizado.”