Comunidades sob fiscalização. Algumas comunidades terapêuticas foram fiscalizadas ontem pelo Conselho Antidrogas, mas somente uma delas por determinação do promotor Adroaldo Junqueira. Segundo denúncias a ele chegadas, nela havia medicamentos sem prescrição médica e com data de validade vencida, assim como carne com sinais de ser imprópria para o consumo. Irregularidades constatadas “in loco” por estagiários da Promotoria do Juizado Especial, agentes da Vigilância Sanitária, conselheira do Comad e PM. Produtos foram apreendidos. Crime contra o INSS. Nas outras comunidades terapêuticas – de assistência a dependentes químicos – visitadas pelo Comad nesta quinta-feira não foram encontradas irregularidades. A inspeção está dentro do “caderno de encargos” do Conselho Antidrogas para a regularização do serviço em Uberaba, sem o que as entidades não podem receber verbas oficiais. O setor, de “pires na mão”, clientela naturalmente difícil e pequeno índice de recuperação, é marcado por denúncias de maus-tratos, falta de estrutura e até suspeita da prática de crime contra o INSS e o SUS. Devagar. Há meses o Denatran regulamentou o curso obrigatório que devem possuir os interessados no exercício da atividade de mototaxista, deixando-o por conta de cada Estado. E até agora o Detran de Minas não disse como isso será feito, quando todos sabem que não há outro caminho sejam através dos centros de formação de condutores. A menos que o órgão tenha um coelho na cartola. Super-homens. A excessiva jornada de trabalho diária dos médicos não se registra apenas em Uberaba, mas também em Conceição das Alagoas, Pirajuba e inúmeras outras cidades. Tem gente “trabalhando” até 120 horas por semana, o que representa 17h/dia de domingo a domingo. Uma das denúncias sobre o acúmulo de contratos firmados por médicos com diferentes municípios ou órgãos públicos, em tramitação na Justiça, refere-se a Pirajuba e partiu do advogado Edilberto Martins da Silveira. Médicos e políticos. Processo tramita no abarrotado fórum de Conceição das Alagoas, e, além do prefeito Marcos Brunozzi e da secretária de Saúde Eloisa Vieira, são denunciados seis médicos, dos quais três têm empregos em diferentes cidades, incluída Uberaba. Um deles manteria dois contratos com o Programa Saúde da Família, que exige jornada diária de 8h. Transação penal. Tragédia registrada há quase três anos em Uberaba teve desfecho na Justiça Militar. Cabo que disparou metralhadora acidentalmente, matando o amigo com quem participava de um cerco a assaltantes em rodovia, transacionou pena na Justiça Militar. Pena. Indiciado por homicídio culposo (sem a intenção de matar), o cabo, recentemente promovido a sargento, cumprirá dois anos de prestação de serviços. Salários. Os salários mais atrativos de empregos oferecidos via Sine/Uberaba concentram-se na construção civil. Empresas pagam até R$ 2,5 mil/mês para mestre-de-obras e R$ 1,4 mil para pedreiro. Valores abaixo do que esses profissionais conseguem atualmente no mercado de mão-de-obra escassa. Mínimo. Mas, o que impera mesmo na oferta de empregos é o salário mínimo, oferecido a domésticos, caixas de supermercados e inúmeras outras categorias de trabalhadores. Com a história de sempre: “mais vantagens” (vale-transporte, que é obrigação) e tíquete-alimentação, na faixa entre R$ 100 e R$ 150. Promotores. Projeto de lei aumentando em mais de 300 o número de promotores de Justiça começa a tramitar na Assembleia Legislativa. As vagas em cidades do Triângulo foram aumentadas, sendo 28 promotorias em Uberaba, 38 em Uberlândia, 12 em Araguari, oito em Araxá, sete em Patrocínio, quatro em Iturama. Conceição das Alagoas e Sacramento terão duas. Educampo. Gerenciamento no setor leiteiro foi a tônica de palestra de Rogério Nunes (Educampo/Leite/Sebrae) ouvida na Copervale na quarta-feira. Muitos produtores atenderam ao convite de Júlio Eduardo, coordenador do projeto na cooperativa, e são candidatos em potencial para o segundo grupo de participantes do programa voltado para resultados zootécnicos e rentabilidade econômico-financeira da atividade leiteira. Restam poucas vagas para o grupo. A ocasião... Assalto de ontem a fábrica de joias levou PM a fazer desabafo à coluna. Segundo ele, na véspera, em patrulhamento de rotina, notou com colega que o portão eletrônico da empresa estava escancarado e sem nenhuma vigilância. A dupla entrou, tocou o interfone e indagou se estava tudo bem e o motivo de o portão estar aberto. Como resposta, os dois ouviram de uma voz feminina que aquilo era normal. Abusados. Membros do MST que invadiram pequena propriedade rural da família do ex-meia Tati (Palmeiras, Internacional, USC e Nacional, nas décadas de 50 e 60) cortaram bambus da fazenda e improvisaram um pedágio. Só circula pela fazenda quem se dispõe a pagar. Reação. Até o Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas reagiu contra a determinação do Denatran de terceirização da vistoria de veículos em todo o País, engordando os cofres de empresas para isso criadas. Disse o ICP que o método de decalque não pode ser substituído pelo simples registro óptico de numeração de chassi como prega o Denatran, sob pena de facilitação de adulteração com softwares gratuitamente obtidos na internet. Sofrimento. Uberabense está indignado com a Pantanal. Na última 2ª-feira, ele e outras pessoas embarcariam às 14h20 em Guarulhos, mas somente às 17h15 foram transportados de ônibus para Congonhas e colocados em aparelho da TAM com destino a Uberlândia, de onde os uberabenses foram para cá trazidos de van, chegando às 22h30. Uma e outras. Começa hoje, no shopping, a troca de convites por abadás do Axé Uberaba, que já está no terceiro e último lote de ingressos.// Consagrado Galvão Bueno recupera-se bem de cirurgia na próstata.// Impressionante como os “cabos eleitorais” do PSDB desapareceram das ruas de Uberaba.// Conselheira do Comad teria sofrido ameaça ao participar ontem de inspeção a comunidade terapêutica.// Cezar Moreno é a voz da sexta-feira dançante no Jockey Park. No cardápio do jantar, carne seca na moranga e muito mais. “Não há dever que tanto descuidemos como o de sermos felizes.” (Robert Louis Stevenson)