Obrigatório é o certificado. O que vem ocorrendo em centros de formação de condutores de veículos em Uberaba deixa claro que, para a renovação de carteira antiga, não é necessário frequentar as aulas do curso obrigatório de direção defensiva e primeiros socorros. O importante é se matricular, pagar pelo curso – entre R$ 120 e R$ 140 – e garantir o certificado. Quem se dispõe a assistir às aulas adquire conhecimentos inegavelmente úteis, pois o curso é de ótima qualidade na maioria das autoescolas, mas não se exige a presença do “aluno” para não perdê-lo. A concorrência é grande. Omissão do sistema. Com a absoluta omissão do sistema, que não fiscaliza o setor, alguns CFCs dizem logo de início, àquele que prefere fazer o curso do que se submeter à prova opcional no Detran, que não há necessidade de assistir às aulas, mas apenas registrar a presença. E, apesar de o instrutor permanecer na autoescola, muitos motoristas optam por permanecer fora da sala de aula, fumando, batendo papo ou lendo. O nível de aprendizagem não é aferido. E até mesmo algumas autoridades já se submeteram ao esquema. Lentidão institucional. Um mês depois da operação, até a tarde de terça-feira o promotor André Tuma, da Infância e da Juventude, não havia recebido qualquer documento relatando as irregularidades encontradas em festa rave interrompida por falta de alvará. Realizada em chácara às margens da MG-427, a festa contava com a participação de dezenas de menores de idade, alguns deles encontrados nus ou embriagados, e muita droga. O responsável pelo evento chegou a ser preso na ação que envolveu PM, Guarda Municipal e Comissariado de Menores. Todos os presos e apreendidos foram levados à delegacia. Responsabilidade de cada um. Nesta 4ª feira, o comandante João Lunardi reafirmou que a PM continuará combatendo os ilícitos registrados em festas, mas frisou sua expectativa de que os demais setores da rede de defesa social cumpram o seu papel. “A Polícia Militar fez o seu, detectando as irregularidades, prendendo os envolvidos e seguindo as formalidades; agora é com os demais” – detalhou, esperando os desdobramentos do episódio na Polícia Civil, no Ministério Público e no Judiciário. Os menores encontrados na festa rave foram devidamente qualificados pelos comissários. Consultas. A chamada “fila eletrônica”, sistema pelo qual o paciente será avisado por telefone o dia e o horário de sua consulta com especialista, será ativado em no máximo duas semanas pela Secretaria de Saúde. A triagem inicial dos doentes será feita nas Unidades Básicas de Saúde, por clínico geral, acionando-se em seguida a central de marcação de consulta. O paciente não poderá escolher o especialista a que será submetido, o retorno a quem o assiste estará assegurado – explica o subsecretário Gilberto Magnino. Flanelinhas. Comandante do 4º Batalhão confirma a existência de recomendação do Estado-Maior da PM para o combate aos flanelinhas que atuam pressionando ou coagindo os motoristas em vias públicas. O problema – diz Lunardi – é que “as vítimas” nunca se apresentam para que a PM possa prender o autor. É, sem vítima, não há como caracterizar a prática ilícita do flanelinha. Resistência. Favoráveis à transformação das chácaras do Jockey Park em condomínio fechado, através de negociação com a Prefeitura, alguns moradores do loteamento continuam na bronca com as áreas ali transformadas em salões de festas. E, no contexto das reclamações, sobram queixas até mesmo em relação ao espaço criado pelo padre Paulo Porta.Há quem entenda que o aluguel de imóveis para festas provoca insegurança, pois não há controle de portaria sobre quem entra no condomínio. Escuta ilegal. Denúncia da existência de escuta telefônica clandestina instalada na sede da Guarda Municipal de Belo Horizonte vai ser apurada em Comissão Parlamentar de Inquérito, por iniciativa do vereador cabo Júlio. Os GMs estariam permanentemente “monitorados” por chefes. Pode?. Clínica do centro da cidade credenciada pelo Detran não aceita cheque nem cartão de crédito para o pagamento de exame de saúde. Mas, o motorista somente fica sabendo disso quando chega o momento de ser atendido. Enquanto permanece na fila à espera, ninguém faz o esclarecimento. Sem “dinheiro vivo”, nada feito. Chatear as pessoas não é privilégio do serviço público. Rigor. Exemplos do rigor com que o 1º Mundo trata assuntos banalizados no Brasil: Na Austrália, o maço de cigarros deverá custar no mínimo US$ 20, em ação voltada para a prevenção da saúde, e, na Nova Zelândia, o cidadão que for encontrado bêbado em via pública será levado a uma delegacia de polícia ou ganhará carona até a sua casa, pagando multa de US$ 250. Vergonha. Vergonhoso e criminoso o destino dado por alguns deputados estaduais mineiros à suas verbas indenizatórias. Gravíssimas denúncias estão sendo investigadas pelo Ministério Público, envolvendo notas frias, gastos irregulares e um fantástico consumo de combustíveis. São milhões de reais dos contribuintes indo para o ralo, enquanto a Assembleia Legislativa adota o manjado discurso do “vamos apurar”. Escandaloso. Gastos de deputados com gráfica situada em Contagem, onde funciona em sala de 25 metros quadrados e capital social de apenas R$ 10 mil, são escandalosamente suspeitos. Foram R$ 685,7 mil em apenas sete meses (entre julho de 2009 e janeiro deste ano). A farra com o dinheiro público se estende também a restaurantes, inclusive em outros Estados e em pleno recesso parlamentar. “HC” negado. Tribunal de Justiça de Pernambuco indeferiu pedido de liminar para a revogação do decreto de prisão do médium uberabense Kleber Aran, processado em Recife por exercício irregular da profissão. Na capital pernambucana, Aran realizava cirurgias e vendia chás usados no pós-operatório pelos pacientes. Uma e outras. A escola Rubem Alves gostaria muito de ouvir uma palestra do promotor André Tuma – disse ontem a professora Tânia Mara, garantindo que o estabelecimento não está no rol dos que se negaram a recebê-lo.// O Colégio N.Sra. das Graças ouvirá Tuma no dia 19 de maio, revela a professora Terezinha Menezes.// Que tal o promotor José Carlos Fernandes dar uma ajuda aos seus colegas de BH na apuração da farra com dinheiro público na Assembleia Legislativa?.// Já no segundo lote os convites para a Festa da Nega.// Capitão José Ronaldo, cabo Simão e sargentos Adão Sérgio e Zé Gonçalves são a cara de Uberaba na campanha em favor dos PMs. “Somos escravos das leis para podermos ser livres.” (Marco Túlio Cícero)