Bronca
Por volta das 9h de ontem, o juiz Wagner Guerreiro chegou de surpresa à Escola Municipal Boa Vista, reuniu os fiscais dos candidatos a prefeito e deu uma bronca coletiva. Movido por denúncia de que fiscal – não identificado – estava fazendo “boca de urna”, o magistrado disse que ali estava “parecendo uma zona” e alertou que seria preso quem procurasse interferir na manifestação do eleitor, “de quem é o dia”.
Vistas grossas
Na mesma escola, um dos policiais que por lá passaram disse a fiscais que tinham recomendações para que fizessem vistas grossas em relação a pequenas irregularidades eventualmente observadas nos postos de votação. Só não explicou de quem havia partido a ordem, mas o comentário provocou sentimentos distintos: para alguns, representou o sinal de que poderiam agir à vontade e, para outros, que estariam desamparados.
Poder paralelo
Coube à traficante solucionar furto ocorrido na região do Bairro Recreio dos Bandeirantes. Ladrões “limparam” uma residência, levando até mesmo a antena de televisão, enquanto os moradores trabalhavam. Chamada ao local, a polícia demorou quase duas horas apenas para a confecção do REDS - Relatório de Evento de Defesa Social -, a versão informatizada e burocratizada do antigo boletim de ocorrência. Nas horas que se seguiram, segundo consta, não teria ocorrido nenhuma investigação para a elucidação do furto, o que levou a família – de poucos recursos – a procurar o “rei do pedaço”.
Sob vara
Imediatamente, o traficante saiu em socorro das vítimas, usando sua influência para apurar o episódio. E não demorou muito para que os ladrões fossem identificados e, sob vara (incluindo tapas na orelha), obrigados a devolver tudo o que haviam furtado e até mesmo reinstalarem a antena sobre a casa. Quem viu garante ter sido cômico ladrões carregando tudo nas costas, para devolução.
Nada se apura
Por falta de pessoal (a Polícia Civil está “no osso”) há algum tempo nada se apura sobre furto em Uberaba. Ocorrências do gênero sequer entram nas estatísticas. O Estado afere apenas os números relativos aos chamados crimes violentos (homicídios, assaltos à mão armada, latrocínio, sequestros).
Batendo cabeça
Mais uma vez a fiscalização das eleições bateu cabeças neste domingo. Enquanto alguns policiais proibiam a exposição de adesivos em veículos perto de postos de votação, em outros locais isso não acontecia. Voltaram a prevalecer a desinformação e o comportamento irregular de quem deveria zelar pelo cumprimento da lei, que não faz essa restrição ao cidadão. É o amadorismo.
Marcha lenta
Morosidade com que a CEMIG conduz as obras de sua responsabilidade para a liberação ao tráfego de trecho da avenida Leopoldino de Oliveira/Guilherme Ferreira interditado em razão do Água Viva tem provocado uma série de queixas de leitores do JM. Mário dos Santos Jerônimo, por exemplo, cita os transtornos acarretados pela demora e teme que eles sejam prolongados.
É preciso profissionalizar
Ficou claro no processo eleitoral deste ano que o aparato oficial não acompanhou o profissionalismo da classe política. O rodízio de juízes e promotores na área não é produtivo, pois não favorece a especialização e são rotineiros os posicionamentos conflitantes em questão de horas entre a 1ª e a 2ª instâncias (vide episódio dos cavaletes e, o mais emblemático, de registro da candidatura de Paulo Piau). A fiscalização é praticamente inexistente, sobrevivendo de denúncias formalizadas pelas assessorias jurídicas dos candidatos.
Pra pensar
Tão rigorosa (no papel) na proibição de ações de campanha, a legislação eleitoral “passa batida” quando o assunto é pesquisa de opinião. Está passando da hora de se impor outras regras para a divulgação de números, muitos deles simplesmente “requentados” ou guardados por alguns dias (situação em que, quando divulgados, já não refletem a chamada “situação de momento”, que é o que pesquisa afere). As pesquisas deixaram de ser ferramenta de informação para se transformarem em mecanismo de tentativa de manipulação.
Morosidade
Publicação do acórdão do STF com a condenação dos réus do “mensalão” levará de seis a oito meses – estima o mineiro Marcelo Leonardo, advogado do publicitário Marcos Valério. Isso significa que antes do segundo semestre de 2013 não se saberá se os condenados irão ou não para a cadeia, pois, depois da publicação do acórdão ainda caberá recurso.
A salvo
Aparentemente sem sequelas graves, o cão Spyke está de volta ao canil da Polícia Militar, depois de passar algumas semanas internado em hospital veterinário. Na noite de 8 de setembro, o animal caiu em tanque com ácido, em empresa, durante perseguição a ladrões. Os policiais-militares que o retiraram do tanque, gravemente ferido, também se machucaram.
Estudo da morte
Objetivando a difusão da Tanatologia (ciência que estuda a morte para melhor viver), o Instituto Renovare/Centro de Estudos sobre a Morte e Apoio a Enlutados será instalado em Uberaba no dia 2 de novembro, feriado de Finados. Instituto, presidido por Vera Dias, mestre em Psicologia e Terapia do Luto, desenvolverá atividades científicas e culturais e apoiará pessoas em processo de luto, inclusive com atendimento psicológico. No dia 2, o grupo promoverá palestras nas capelas dos dois cemitérios, abordando o tema.
Uma e outras
Recado à Band: leitora Juliana Sousa reclama da falta de notícias de Uberaba na emissora.// Lerin ficou ressabiado ao ver, minutos antes do início do debate na Integração, o “marqueteiro” Tharsis Bastos entregar a Paulo Piau envelope em que havia a inscrição USC, em letras garrafais. Era apenas pressão.// A Printlog (3319.4242) busca e entrega gratuitamente o seu cartucho a jato de tinta ou toner a ser reciclado com as melhores tintas do mercado.// P.S.: No fechamento desta coluna, o resultado das urnas ainda não era conhecido. Que o vencedor honre seus compromissos.
“Sucesso é mais atitude do que aptidão”.