FALANDO SÉRIO

Revelado conteúdo do bilhete dado à garota esfaqueada e morta por colega

Wellington Cardoso
Wellington Cardoso Ramos
jornalistawellingtoncardoso@gmail.com
Publicado em 20/05/2025 às 21:10
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Investigações do assassinato da menina de 14 anos na Escola Livre não esclareceram o motivo do crime, mas tanto a Polícia Civil quanto o Ministério Público descartam as versões das redes sociais de bullying e misogenia. E isso ficou claro na coletiva que reuniu delegados, tenente-coronel da PM e promotores.

Nada disse
Se não há dúvida quanto à autoria do assassinato e a cumplicidade de outro garoto, a mesma segurança não pode ser transmitida aos jornalistas reunidos para a conversa quanto à motivação. Por mais de uma vez as autoridades deixaram claro que o acusado não prestou depoimento de forma oficial, optando por ficar calado.

Inveja
Uma das poucas novidades ditas na entrevista coletiva foi a de que a motivação do crime seria “inveja” (do garoto em relação a menina). Versão contada pelo PM que prendeu o autor horas depois do crime. Ouvido nos autos, esse policial contou ter escutado essa versão do próprio acusado, que, contudo, nada disse aos delegados e promotores.

Não existe outro
Polícia Civil considera o crime como apurado.  E foi categórica em afirmar que não existe uma terceira pessoa envolvida. Quanto ao segundo acusado, o Ministério Público disse que ele participou do planejamento da fuga, e nada mais além disso foi revelado. Promotores fizeram questão de ressaltar que a legislação impede a divulgação de alguns detalhes.

Falas oficiais
Das falas dos delegados Cyro Outeiro e Armando Papacídero, promotores André Tuma, Diego Agullar e Fernanda Forati extrai-se, entre outros detalhes, que:

- Não havia animosidade entre vítima e autores, colegas de sala;
- Inexiste terceiro envolvido no crime;
- Delito foi premeditado;
- Caderno apreendido tinha outros nomes e símbolos (“como todo caderno de jovens”), mas não uma lista para morrer;
- Autor do assassinato levou uma faca para a escola;
- Não houve uso de tesoura;
- Bilhete entregue à menina pelo agressor, momentos antes, era uma sentença de morte por estrangulamento;
- Vítima pode não ter entendido o bilhete;
- Foi pega de surpresa com o ataque, ocorrido logo após a entrega do bilhete;
- (Depois de apreendidos) Autores não demonstraram qualquer emoção em relação a vítima;
- O crime é análogo a homicídio triplamente qualificado;
- As escolas estão seguras;
- Pais têm responsabilidade com os filhoss, e devem olhar seus celulares e mochilas com frequência;
- Todos os pais dos envolvidos estão abalados emocionalmente;
- Ministério Público se esforçará para que seja aplicada a sanção mais rigorosa do ECA (3 anos de medida sócioeducativa). Gostem ou não é o que temos na legislação;
- Sentença do juiz da Infância e da Juventude deve ocorrer em 45 dias.

Assustadores
Nesta 4ª feira, a 1ª edição do JM News (das 7h às 8h30), na Rádio JM, mostrará números da violência sexual em Uberaba. Os dados oficiais levantados pela colega Joanna Prata são assustadores. E em especial o lugar onde os casos mais acontecem. O programa contará com a presença da delegada da PC Ludimila Perfeito.

Suspensão
Vereador Diego Rodrigues quer ampliar o poder de fiscalização do Legislativo sobre o Executivo. Para isso, propôs emenda à Lei Orgânica dando à Câmara competência para analisar contratos firmados pela Prefeitura e, se encontradas irregularidades, promover a suspensão deles. 

Inconstitucional
Para o procurador geral do Legislativo, a proposta é inconstitucional e avança sobre a competência do Tribunal de Contas do Estado. Advogado Diógenes Sene foi enfático em sua manifestação. Co-autora da proposta Ellen Miziara pediu vistas da emenda e conseguiu. Vale lembrar que emenda à Lei Orgânica não passa pelo crivo formal do Executivo.

Fazer mais
Em seu primeiro mandato, Diego Rodrigues argumenta que os vereadores “podem fazer mais do que fazem”, na fiscalização aos atos do Executivo. E deu uma “alfinetada” em alguns, mas ninguém vestiu a carapuça. Disse ele que “não podemos ser uma extensão do Executivo”.

Inconvenientes
Diógenes foi um pouco além sobre as eventuais consequências da aprovação da proposta. Segundo ele, a lei não teria aplicabilidade, poderia gerar nulidade comprometendo a segurança jurídica dos contratos públicos e provocar a judicialização de situações específicas.

Sem coleta
China voltou à tribuna, agora para criticar a falta de água e a demora da coleta de lixo na comunidade rural da Baixa. Segundo ele, aquele bairro fica até uma semana sem coleta e com lixo amontoado nas calçadas. Quanto à água, o vereador do PCdoB afirmou que acontece de a população ficar até três dias desabastecida.

Irregular
A irregularidade da coleta de lixo nos bairros rurais mereceu comentários na nota técnica em que a ARISB – Agência Reguladora Intermunicipal do Saneamento Básico concedeu reajuste de quase 21% para a tarifa recebida pela S Ambiental. Aumento entra em vigor ainda esta semana.

Publicidade
Campanha publicitária dos 100 primeiros dias do 2º governo Elisa custou R$ 363,3 mil. Os valores foram obtidos pelo vereador Diego Rodrigues. Interessante foi a justificativa para os gastos: manter a imagem do governo. Vereador criticou o fato de  a Prefeitura ter incluído nas mensagens, sem o devido crédito, conquistas possibilitadas por emendas parlamentares.

Muitas estrelas
STF decidiu nesta terça-feira mandar nove militares para o banco dos réus, acusados de tentativa de golpe. Todos eles com muitas estrelas nos ombros: um general, cinco tenentes-coronéis, três coronéis e também um agente da Polícia Federal. Na lista estão integrantes dos “kids pretos”.

Auxílio iPhone
Procuradoria Geral do Município de São Paulo terá de responder a uma série de perguntas do Ministério Público, que investiga a possibilidade de irregularidade na criação do “auxílio iPhone” para os procuradores.  Auxílio prevê que a cada três anos a turma pode gastar até R$ 22 mil na compra de celulares, notebooks e outros aparelhos eletrônicos. Bens que não são incluidos no patrimônio público.

Sabe quanto?
Os procuradores paulistanos recebem salários de R$ 46 mil/mês, em média, e mais uns trocados como auxílios. Mas, boa é a explicação da PGM sobre o auxílio iPhone: “não representa ônus ao orçamento público”.

Só rindo...
Integrante de um dos poderes com muitos privilégios, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) está defendendo a revogação do auxílio.

Barulho
Uberaba vai discutir a poluição sonora e suas consequências em audiência pública a ser convocada pela Câmara Municipal a pedido da vereadora Ellen Miziara. As queixas  de barulho noturno têm se avolumado.

Falta  de remédio
Pela segunda vez este ano, Túlio Micheli está cobrando explicações da Prefeitura sobre a falta, na farmácia central, do medicamento Depakene Xarope. Produto usado contra crise epilética.

Vem aumento aí
Energia elétrica residencial em Minas ficará 7,36% mais cara a partir do dia 28 deste mês.

Cadeia neles
Nas redes sociais, o delegado aposentado Heli Grilo fez desabafo (saudosista) sobre as fraudes no INSS. Disse que gostaria de apurar os responsáveis e botar todo mundo na cadeia.

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