FALANDO SÉRIO

Se as cúpulas se “entendem”

Sempre que membros de uma instituição fiscalizam ou investigam os da outra surgem ...

Wellington Cardoso
Publicado em 23/01/2012 às 10:24Atualizado em 17/12/2022 às 07:58
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Susto

Pais de alunos do Colégio Tiradentes estão preocupados com a introdução de novos modelos de uniforme no estabelecimento criado e mantido pela Polícia Militar. Mais identificadas com a própria PM, as peças serão obrigatórias a partir de 2012, mas começarão a ser comercializadas pela Citerol – empresa especializada em uniformes da Polícia Militar e sediada em Belo Horizonte – em março deste ano. Fala-se em valores de até R$ 1 mil 200 por estudante, o que deixa muita gente sem dormir.

Estaca zero

Passados dois meses desde o episódio, a Polícia Civil de Iturama ainda não chegou à identificação dos autores do furto de 650 quilos de maconha que estavam estocados na delegacia daquela cidade. Cumprindo apenas o horário de expediente – das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira –, a PC não mantinha plantão na repartição, o que facilitou a ação dos marginais. Droga havia sido apreendida dias antes e o seu sumiço terá implicação também no processo instaurado contra os traficantes presos à época.

Na Justiça

Queixas contra a MRV são endossadas em Uberaba também por Cláudia Costa Gomes, compradora de imóvel avaliado em R$ 95 mil em 2009. Depois de três meses e tendo pagado cerca de R$ 7 mil de comissão, despachante e outras despesas, ela recebeu telefonema anunciando que a CEF havia feito nova avaliação do imóvel, elevando-o para R$ 120 mil (valor que a fez perder o subsídio do programa “Minha casa, minha vida”). A prestação saltou de R$ 495 para R$ 800.

Devolução irrisória

Ainda segundo Cláudia Costa, perdido o subsídio e com a informação da CEF de que não havia reavaliado o imóvel (eram R$ 120 mil desde o início, enquanto a MRV falava em R$ 95 mil), não lhe restou outro caminho a não ser pedir a rescisão do contrato. Aí, outro sust teriam lhe proposto a devolução de apenas R$ 1,1 mil do dinheiro gasto. Até hoje o caso está submetido ao Poder Judiciário.

Só no papel

Se as cúpulas se “entendem”, o mesmo não se pode dizer dos homens que trabalham nas ruas, protagonistas de constantes atritos em Minas, incluída Uberaba. Sempre que membros de uma instituição fiscalizam ou investigam os da outra surgem denúncias de maus-tratos, abuso de poder, e não são incomuns trocas de empurrões e até tiros. A alardeada integração em que se alicerça a frágil política de segurança pública do Governo mineiro não funciona nas bases e pode-se dizer – sem medo de errar – que, em alguns casos, as cúpulas simplesmente se toleram.

Crise na cúpula

Aumenta a insatisfação na Polícia Militar contra o secretário de Estado de Defesa Social. No fim de semana, a PM foi acusada por Lafayette Andrada de fazer “corpo mole” na ação que se seguiu ao assassinato de um detetive da Polícia Civil em Contagem. Viaturas da PM demoraram a chegar ao local, enquanto outras trinta da própria PC cercaram a área. Em consequência, da evidente falta de integração das polícias (que novidade!!!), a subsecretária de Integração e Avaliação da SEDS/MG, Geórgia Ribeiro, foi exonerada, como se culpada dessa falta de união (histórica).

Dois pesos

Em blogs pessoais, PMs tecem duras críticas ao secretário, frisando que ele não teve o mesmo comportamento (de reprovação ou indignação) no episódio recente de Esmeraldas, em que sargento da PM foi morto com sete tiros (três no rosto) por quatro policiais civis, durante discussão numa festa. Comentários postados por policiais ressaltam a falta de qualificação em segurança pública de políticos designados para cargos de confiança e liderança do setor nos últimos governos.

Vai piorar

Governo mineiro “endoidou” de vez: quer acabar com o serviço de inteligência da Polícia Militar. Essa seria a missão do novo superintendente da Integração e Avaliação dos Órgãos de Segurança Pública, Frederico Cesar do Carmo, a ser empossado nesta segunda-feira. Sempre houve pressão de setores da Polícia Civil contra a investigação de crimes feita pela PM e, aparentemente, ao invés de melhorar o serviço, o Estado quer piorá-lo ainda mais. A quem isso pode interessar de fato? Em Uberaba, por exemplo, são inúmeros os casos resolvidos pela “P2”.

Uma e outras

A RN Vistorias já está credenciada pela Settrans para fazer a obrigatória vistoria anual em veículos de carga e motofrete. Concorrência deve jogar preços praticados no setor para baixo.// Em três anos, a Unimed terá hospital com 100 leitos em Uberaba, minimizando a carência de 600 leitos na cidade.// Posse do tenente-coronel Ademir Ribeiro de Moura no comando do 4º Batalhão será em fevereiro.// Palco e paisagens deslumbrantes valorizam fotografias tiradas em festas realizadas na AABB. Contatos para locação pelo telefone 3312.1080.

Esquisitice

Denunciada ao promotor José Carlos Fernandes a esquisitice constante em edital de concurso aberto para preenchimento de cargos na Câmara de Vereadores de Delta. Para oficial Legislativo, com salário oferecido de R$ 2,5 mil (melhor que em Uberaba), exige-se “curso superior em andamento” e, para vaga de contador, o salário é de R$ 2 mil por apenas 20 horas semanais, mas os interessados precisam ter o curso de Ciências Contábeis. A exigência fecha as portas para antigos contadores. Delta é recordista em denúncias ao curador do Patrimônio Público.

"A felicidade não entra em portas trancadas.”

(Chico Xavier)

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