Fechando. Na semana passada, duas centrais de mototáxi foram fechadas pela Secretaria de Trânsito. Elas não foram constituídas por profissionais regularizados para o exercício da atividade, como exige a lei de regulamentação do serviço no município. Seus responsáveis foram também multados em R$ 1,9 mil pela clandestinidade. Fiscalização aos clandestinos vem sendo exigida – com razão – pelos legalizados. Comércio. Com muitos mototaxistas disputando os pontos estratégicos do centro da cidade, a fiscalização tem recebido denúncias de que há um comércio paralelo no segmento. A “vaga” – que em verdade é livre – estaria custando mais de R$ 10 mil, vendida por quem está há muito tempo no setor e ainda não conseguiu se regularizar. Há registros de agressões físicas e verbais entre mototaxistas por causa da disputa. Cruzamento de informações. Pelo menos vinte profissionais da área de saúde estão entre os servidores municipais sobre os quais a comissão de investigação dos plantões concentrará suas atenções a partir de agora. A lista é encabeçada por médicos e enfermeiros. O cruzamento de informações a ser feito pelos técnicos envolvidos na apuração determinará a quantidade de plantões não cumpridos pelos profissionais, mas efetivamente pagos. Separação do joio do trigo O elevado número de plantões feitos em um único mês por servidor não significa irregularidades, mas atrai as atenções da comissão presidida pelo advogado Marcos Jammal. Por isso, a apreensão de documentos em Unidades de Pronto Atendimento há duas semanas. O exame das papeletas médicas será revestido de sigilo em cumprimento da legislação que protege informações sobre os dados e diagnósticos dos pacientes. Desorganização. Farra dos plantões aflora o que Paulo Piau tem dito há meses: o excesso de burocracia e a falta de controle. Por isso, ele tem considerado como meta importante a organização da Prefeitura e suas secretarias, incluída no contrato com a FGV. Coisa antiga. A julgar pelos dados até agora reunidos e interpretados, o esquema de fraudar plantões não é novo, foi simplesmente ampliado. O reajuste de 100% nos valores pagos – para atrair médicos – estimulou a ganância de algumas pessoas. Histórico ruim. A Secretaria de Saúde tem histórico ruim. Nos últimos anos, três escândalos desaguaram na Justiça: a fraude em processo licitatório para a contratação de manutenção para as ambulâncias, a seleção irregular de servidores denunciada pelo ex-secretário Alaor Carlos e que provocou condenações criminais, e o episódio Home Care – ação criminal que está pronta para sentença do juiz Élcio Arruda, na Justiça Federal. Receita investiga sonegação. Mais de dois mil médicos, dentistas, psicólogos e outros profissionais da área de saúde estão sendo investigados no Triângulo Mineiro pela Receita Federal. Pacote inclui uberabenses. Há suspeita de sonegação de impostos, facilitada por recibos vendidos ou dados a contribuintes. Há cinco anos, esquema do gênero foi descoberto em Araxá, em episódio apurado também pela Polícia Federal. Até que enfim. Demorou, mas parece que a cúpula da segurança pública mineira acordou. As polícias e o Ministério Público vão concentrar esforços para por na cadeia os bandidos contumazes (aqueles com várias passagens), já devidamente identificados. Em Uberaba existe lista semelhante há mais de cinco anos, mostrando quais são os bandidos que mais infernizam a sociedade. A promessa agora, vinda de BH, é de ação concreta contra essas pessoas. Arbitragem. Árbitro paulista Paulo César de Oliveira – um dos melhores dos quadros da CBF – vai pendurar as chuteiras e aparecer como comentarista de arbitragem da TV Globo já na Copa do Mundo. O mineiro Alício Pena Júnior também se aposentou. Absolvido. Já o carioca Djalma Beltrami teve encerramento precoce de carreira ao ser preso preventivamente em 2011, sob suspeita de receber propina do crime organizado como comandante de batalhão da PM. Há duas semanas, ele foi absolvido, mas com imagem destruída. Menos viagens. O Estado anunciou a criação do plantão virtual nas delegacias de Polícia para tentar minimizar as consequências da falta de delegados nas pequenas cidades. Com o uso de novas ferramentas de comunicação (o Skype, por exemplo), a PM, ao prender alguém em Veríssimo, por exemplo, entrará em contato com a PC para que delegado declare a necessidade ou não de o detido ser conduzido a Uberaba para a decretação de sua prisão em flagrante (ou o ouvirá à distância), diferentemente do que ocorre atualmente, em que o deslocamento é consequência imediata da ocorrência. Saiu. De olho nas eleições parlamentares, o delegado Cylton Brandão da Mata deixou o comando da Polícia Civil em Minas Gerais. Foi substituído pelo colega Oliveira Santiago Maciel. A delegada Maria de Lourdes Camile se segura como sub. Agressões.Somente a Delegacia de Orientação e Proteção à Família recebeu, ano passado, mais de três mil denúncias de agressões contra mulheres em Uberaba. Em muitos casos, as vítimas desistiram de ajudar a polícia na tentativa de punir os autores. “Quando somos bons para os outros, somos ainda melhores para nós.” (Benjamin Franklin)