FALANDO SÉRIO

Sigilo por recomendação

Francisco Gouvêa investiga relacionamento entre servidores do IML e funerárias

Wellington Cardoso
Publicado em 19/02/2010 às 10:38Atualizado em 20/12/2022 às 08:02
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Sigilo mantido. O delegado regional Francisco Gouvêa não só conseguiu manter o sigilo da operação que desencadearia ontem, mas, também, por recomendação da chefe do Departamento da Polícia Civil sediado em Uberaba, o estendeu às investigações em curso. No “olho do furacão” está o relacionamento entre servidores do Instituto Médico Legal e funerárias. A ordem para a manutenção do sigilo, a “xerife” Camile recebeu do alto comando da Polícia Civil, retransmitindo-o ao subordinado.   Observador da OAB. Já na sexta-feira, Gouvêa havia solicitado à OAB que lhe indicasse um advogado para acompanhar operação a ser desenvolvida pela PC esta semana. Nada foi adiantado, além da possibilidade de ocorrer prisões. Coube ao vice-presidente da 14ª Subseção, Leuces Teixeira, passar a manhã acompanhando – calado, apenas como observador – o delegado Renato Alcino. Na própria PC nada vazou, embora se saiba que pelo menos um detetive não saiu de casa durante o carnaval, temendo ser o alvo da operação programada. E deve estar aliviado.   Documentos apreendidos. Sem entrar em detalhes sobre o que procurava, o delegado regional foi elucidativo ao responder a FALANDO SÉRIO, que queria saber se ele havia feito apreensão de muitos documentos em funerárias. “Não foram muitos, mas o suficiente” – frisou Francisco Gouvêa. Ficou claro, porém, que o alvo da investida sobre as funerárias é o IML e uma denunciada “liberação (ou venda) de cadáveres” (não esclarecida). Na prática, o IML, cujas ações se misturam com a Verificação de Óbitos sob a responsabilidade da Prefeitura, é um “barril de pólvora”, assentado sobre uma indisfarçável “guerra de poder”, onde poucos trabalham e alguns fazem simplesmente o serviço do qual não conseguem escapar.   Denúncias formalizadas. Se o IML concentra vaidades, desinteresse e preguiça, não é menos verdadeiro que as funerárias vivem em permanente batalha, ultimamente mais silenciosa e, talvez por isso, mais intrigante. O segmento tem histórico de suspeitas de suborno de policiais, enfermeiros, atendentes hospitalares e uma gama de informantes na disputa por informações privilegiadas do surgimento de um novo cadáver. O que a Polícia Civil investiga agora está em denúncia formalizada, segundo o delegado Gouvêa.   Dengue mata pastor. Depois de passar quase um mês internado em Unidade de Terapia Intensiva, em Mato Grosso, faleceu vítima da dengue hemorrágico o reverendo Terso Aguiar, que cumpriu ação missionária em Uberaba por vários anos. Presbiteriano por formação religiosa, o reverendo exercia o ministério na Igreja Sal da Terra, onde seu filho, Terso Júnior, é pastor. Em dezembro, reverendo Terso aceitou o chamamento para missão em Mato Grosso, mesmo estando de recuperando de uma cirurgia, e para lá se transferiu, contraindo dengue hemorrágica poucos dias depois. E ela o matou ontem por volta de 16h.   O fico. Depois de receber visita da Escola de Samba Rosas de Ouro, que disse ter sido prejudicada por jurado, Sinfrônio José da Silva Júnior decidiu permanecer na presidência da Liga das Escolas de Samba de Uberaba, que prometera deixar após a apuração de quarta-feira. E até já faz planos para 2011: contratar para o carnaval de Uberaba empresa especializada em julgamento de desfile de escolas de samba.   Pulando fora. A FALANDO SÉRIO, Sinfrônio justificou ontem a presença de oito jurados de outras cidades (quatro de Araxá, dois de Uberlândia e dois de Monte Carmelo) no carnaval uberabense: “O pessoal daqui já não quer participar disso, pois sabe que seus votos resultarão em confusão”. Uma coisa ele garante: o resultado deste ano foi limpo, sem mácula e assim continuará, “pois tenho imagem a zelar”.   Revogação. Conselho de Pastores Evangélicos de Uberaba querem a revogação de artigo inserido na Lei de Uso e Ocupação do Solo, exigindo estudo prévio de impacto de vizinhança para a autorização de funcionamento de templos religiosos. Texto contraria leis estadual e federal. Eventual eliminação do artigo da lei municipal não teria reflexos na fiscalização contra a poluição sonora.  

Nagib Facury Os riscos. A informalidade e a falta de qualificação aumentam os acidentes do trabalho e comprometem a construção civil, admite o presidente do Sinduscon. Nagib Facury aborda as consequências do boom no setor, em Uberaba, em entrevista nesta 6ª feira no PONTO DE VISTA (TV Universitária, às 8h30 ao vivo e às 18h em reprise). Como ele, o presidente do Instituto de Engenharia, Luciano Veludo, diz que a informalidade representa prejuízos e dores de cabeça para quem a favorece pensando em economizar.   Chico Xavier. TV Globo iniciou ontem as filmagens em Uberaba para o próximo documentário sobre Chico Xavier, que será levado ao ar no “Globo Repórter”, antes da estreia do filme que conta a trajetória do médium. Nesta 5ª feira, o cenário seria a casa em que Eurípedes Higino continua servindo sopa para os necessitados. No sábado, as filmagens se concentrarão na Casa da Prece.   Guincho. Vice-presidente da 14ª Subseção da OAB aproveitou contato que teve ontem com o delegado regional Francisco Gouvêa para sugerir que se dê mais atenção aos serviços de guincho e guarda de veículos apreendidos. Leuces Teixeira ficou muito irritado ao ouvir cobrança de R$ 150, no depósito, para a liberação, pelo pátio, de veículo furtado e recuperado. O advogado “esperneou” e o preço caiu para R$ 60 e a explicação é que se tratava de remuneração do guincho.   Uma e outras. Jornalista uberabense Marconi Lima é grata surpresa como comentarista esportivo da TV fechada (os canais do Première Futebol Clube, da Net).   Uma das protetoras de Chico Xavier, a servidora municipal Kátia também será entrevistada para o Globo Repórter.   Confirmadíssimo Alexandre Peixe para o lançamento do Axé Uberaba 2010, cujos ingressos estão à venda (R$ 110 o camarote, R$ 70 a pista – R$ 35 meia).   Rádio Uberaba volta a apresentar problemas técnicos, permanecendo horas fora do ar. Emissora agora é do senador Wellington Salgado.   “100 anos de Chico Xavier”, a mais recente obra de Carlos Baccelli, é um dos livros mais comentados no País.    “Tem gente que se diz séria. Deve ser porque não ri quando está roubando.”

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