FALANDO SÉRIO

Sob risco de processo

O delegado Cláudio Ondas prestou depoimento por conta da sessão de tortura em Conceição

Wellington Cardoso
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 12:33
Compartilhar

A volta do promotor José Carlos Fernandes a Conceição das Alagoas para colher novos depoimentos sinaliza que mais gente está sendo investigada por conta da sessão de tortura a que foram submetidos presos daquela cidade. O oferecimento de denúncia contra seis ex-agentes penitenciários então lotados em Uberaba está mais do que desenhado.   Mais branda. Na esteira, o diretor afastado da Penitenciária “Aluízio Ignácio de Oliveira”, José Xavier, comandante do grupo de agentes deslocado até Conceição das Alagoas para “uma geral” na cadeia. Ao que tudo indica, a denúncia contra Xavier será mais branda: por omissão.   Cinco ouvidos. Em nova rodada de depoimentos, verificada nesta 6ª feira, Fernandes ouviu o delegado Cláudio Ondas, um policial civil e três policiais militares. Promotor não quis entrar em detalhes com FALANDO SÉRIO sobre o que os cinco disseram, mas assegurou que passará o fim de semana estudando as provas já coletadas. Se nenhum fato novo surgir, as investigações serão concluídas e a denúncia encaminhada à Justiça.   Faz-de-conta. O monitoramento por câmera a que o delegado Cláudio Ondas declarou recorrer para controlar os excessos de seus agentes na cadeia de Conceição não funcionou no dia das torturas. A afirmação do policial constou em matéria publicada pela Assembleia Legislativa, em maio do ano passado, meses após o episódio agora em apuração pelo Ministério Público. Á época, Ondas disse desconhecer as agressões. O promotor José Carlos Fernandes ficou sabendo ontem que o equipamento de fato existe, mas não funcionou naquela ocasião.   Forçando. Soa mal o anúncio de que Uberaba pode sair do roteiro do filme sobre a vida de Chico Xavier por falta de financiadores locais. Se isso acontecer de fato, será uma obra “capenga”, pois a história do médium está atrelada à história religiosa do município. Vale lembrar que inexistem contribuições – volumosas – locais até mesmo para a construção do memorial em homenagem a Chico. Senha. Sobrancelha raspada e piercing usado na região dos olhos estão funcionando como senha no mundo das drogas em Uberaba.   Não resolve. A repressão não é o único caminho para o combate à violência – sentenciou o juiz Nicolau Lupianhes na 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Prefeitura/Ministério da Justiça). A saída está na educação – frisou o titular da Vara da Infância e da Juventude.   Pão-durismo. Caixa eletrônico do Bradesco foi arrombado na agência da avenida Leopoldino de Oliveira e de lá – segundo a instituição – foram levados R$ 2,3 mil. Mais uma demonstração de que os bancos faturam muito e investem pouco em segurança. Até agora, por exemplo, nenhum deles se dispôs a colaborar para a implantação do projeto Olho Vivo em Uberaba.   Na bronca. Tenente reformado da PM, Antônio da Costa Assunção Filho está na bronca com a Jari. Segundo ele, foi negado deferimento ao seu recurso contra multa por avanço de sinal no cruzamento Conde Prados/Leopoldino de Oliveira, onde o semáforo estaria com defeito. Ao receber a notificação da multa, ele se dirigiu novamente àquele local e viu que o semáforo de três tempos havia sido trocado por outro, mas a penalidade foi mantida.   Pires na mão. Tesoureiro voluntário do Hospital da Criança desde abril do ano passado, Paulo Fogo apela por socorro. Sobrevivendo de doações, repasses de convênios, atendimentos particulares e repasse mensal da Prefeitura, o estabelecimento tem necessidade diária de gêneros alimentícios (leite, arroz, feijão, macarrão, carne, verdura). Para atender a crianças de famílias carentes, o hospital banca a remuneração de cerca de cem colaboradores, incluindo médicos.   Afro. Pedido do Conselho Afrobrasileiro de registro no Conselho Municipal de Ação Social, para ter acesso a verba federal conseguida por Paulo Piau, continua rendendo. Pela segunda vez, o CMAS adiou sua decisão porque alguns conselheiros entendem que o Conselho Afro não tem ações sociais. Contrapé. Em reunião anterior, o Conselho disse promover cursos para a comunidade e que eles podem ser enquadrados como ação social. Citou como palcos desses cursos o Ceneg e o Elite. “Os dois estão desativados há tempos” – lembrou um dos que se opõem à concessão do registro solicitado.   Casa popular. Inscritos para o programa “Minha Casa, Minha Vida” têm várias opções para a escolha do local em que gostariam de morar: Copacabana, Girassóis, Pacaembu e Morumbi, Jardim Maracanã, Chica Ferreira, Alvorada, imediações da avenida Djalma Castro Alves e Jardim Nenê Gomes, entre outras.   Condenação. Mantida pelo Tribunal de Justiça sentença do juiz Lúcio Eduardo de Brito condenando a Uniube a restituir parte da mensalidade paga por estudante de Medicina que se disse atraído por publicidade que prometia até 40% de desconto para portador de outro curso superior. Ao efetuar a matrícula, o estudante foi informado que o desconto somente era concedido aos convocados para vagas remanescentes, o que não era o seu caso.   Ressarcimento. Pela sentença, o universitário terá de volta o que pagou dentro do desconto não concedido. O desembargador Wagner Wilson, relator do processo, não viu má-fé na atitude da universidade, mas ressaltou que a propaganda gerou expectativa legítima do estudante.     “Para todos os males há dois remédios: o tempo e o silêncio.” (Alexandre Dumas)

Assuntos Relacionados
Compartilhar

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por