FALANDO SÉRIO

Título de cidadania provoca bate-boca entre China e Eloísio

Wellington Cardoso
Wellington Cardoso
wellingtoncardoso@terra.com.br
Publicado em 16/04/2022 às 21:43Atualizado em 18/12/2022 às 19:16
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Longo caminho

Para chegar ao resultado de 4ª feira, do leilão do lixo regional feito em Bolsa de Valores, o Convale percorreu um longo caminho desde a sua criação em 2012, articulada por Anderson Adauto, Antônio Sebastião de Oliveira (Toninho) e o advogado Jacob Estevan.

Pura necessidade

Naquele ano, com a constatação de que a AMVALE não poderia mais prestar serviços aos municípios por ser uma empresa privada, foi preciso encontrar uma alternativa, em especial para as pequenas comunidades, e o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Regional foi a saída.

Convencimento

Nos anos seguintes houve necessidade de todo um processo de convencimento do Ministério do Planejamento e da CEF de que o consórcio (público) poderia oferecer serviços a toda uma região. O “sim” veio em 2016 depois de peregrinação de Paulo Piau e Jacob em Brasília.

Na técnica

A concordância ocorreu não sem alguns “embates” jurídicos travados em salas daquele Ministério e da Caixa Econômica Federal. Afinal era o primeiro consórcio de municípios no Brasil a ser multifinalitário. Antes dele, havia outros, mas segmentados como os da saúde.

A origem

Em 2016, Jacob Estevan, então diretor do CONVALE, teve várias reuniões em Brasília com técnicos da CEF e formalizou junto à instituição o projeto da Parceria Público Privada para a coleta, transporte, transbordo e tratamento do lixo domiciliar e destinação final dos resíduos.

Projeto piloto

Em 2018, antes do advogado deixar o CONVALE, o Ministério da Economia escolheu o consórcio com o DNA de Uberaba para o projeto piloto das concessões municipais, principalmente na área de resíduos sólidos urbanos. Alguns prefeitos eram contra.

Aterro

A exigência de a empresa vencedora do bilionário leilão dar destinação aos resíduos sólidos tornou a competição naturalmente menos concorrida pelo fato da Soma Ambiental ter aterro sanitário em Uberaba. Para cá virá todo o lixo regional.

Mais caro

Para outras empresas, o transporte encareceria os custos do serviço, pois não têm área para isso na região. Quatro das que buscaram informações do edital sequer apresentaram proposta.

Bate boca

China e pastor Eloísio voltaram a se estranhar em sessão da Câmara Municipal. O motivo foi a proposta de título de cidadania para o deputado Reginaldo Lázaro de Oliveira Lopes (PT), apresentada pelo petebista.

Ideologia

Em manifestação de cunho ideológico, Eloísio criticou a proposta, citando a condição de petista do deputado e o acusou de ser defensor da legalização do aborto, da liberação da maconha, do socialismo, e de ser contra a família.

Com honra

E até aproveitou para elogiar o presidente Bolsonaro, afirmando Eloísio que, “com muita honra, colocarei no pleito dele a Medalha Major Eustáquio” (dia 30 deste mês, quando o chefe da Nação estará na cidade). E chegou a pedir mais 4 anos de mandato para JB.

“Abobrinha”

“Jamais ouvi tanta abobrinha quanto agora” – retrucou China, defendendo o seu indicado para a honraria. Segundo ele, “o político Reginaldo é homem honrado, trabalha pelo social, para o pobre, e destinou emenda parlamentar para entidade filantrópica uberabense”.

Respeito

Caio Godoi disse que voltaria com China, assim como votou por homenagem (de Eloísio) ao polêmico deputado Marco Feliciano. “É uma forma de manifestar respeito para com o colega” – frisou.

Aprovado

Colocado em votação, o projeto de resolução concedendo título de cidadania ao deputado Reginaldo (casado com uma uberabense) foi aprovado por 18 votos a favor e 3 contra.

Na mira

Ituiutaba está entre as cidades que compraram testes Covid-19, em 2020 e 2021, de empresas (Flex e Flo Serviços Globalizados) investigadas pela Polícia Federal.

As suspeitas são de que havia um esquema para desviar recursos do Ministério da Saúde. Uma das empresas chegou a vender testes abaixo do preço cobrado pelo próprio fabricante.

Por dispensa

As compras pela Prefeitura de Ituiutaba ocorreram por dispensa de licitação (permitida no combate à Covid-19), mas a PF vê alguns indícios de irregularidades como a ausência de notas fiscais comprovando a entrega dos testes e as várias CNAES – Classificação Nacional de Atividades Econômicas das empresas, de natureza tão diversas que atrai a atenção da PF.

Senha

Marcos Jamal insiste com o Executivo para disponibilizar ao Legislativo senha de acesso ao sistema informatizado da Prefeitura, a exemplo do que conseguiu o promotor José Carlos Fernandes. Vereador lembra que também a Câmara é fiscal da administração.

Morosidade

Em meio a elogios à nova titular da secretaria, o líder da prefeita na Câmara pediu a Isabela Soares que vá àquela Casa explicar as atividades da SEPLAN quanto à aprovação de investimentos. Segundo Fernando Mendes, R$ 500 milhões em projetos estão parados há dois anos.

Cobranças

Já o seu colega Paulo César Soares (China) cobra a presença no Legislativo do presidente da COHAGRA, delegado Davidson Chagas, e da nova superintendente de Transportes, Luciana Jorge Lima. Diz ter muitos questionamentos à espera deles.

Prefeito investigado

Em seu segundo mandato, o prefeito de Patrocínio e ex-coordenador da Secretaria de Segurança Trânsito e Transporte foram denunciados pelo Ministério Público. Diz o MP que a Prefeitura fez pregão fraudulento em 2019 para contratar transporte escolar. E os licitantes, em troca, teriam de comprar os veículos em empresas de parentes dele, e a preços acima dos de mercado.

Preta Ana

Caberá ao artista Hélio Siqueira esboçar o memorial a ser oficializado como homenagem à uberabense heroína da Guerra do Paraguai.

Aula

Professor Eber Chaban dá mais uma aula na edição de hoje, ainda sobre potência de motor:

Motores com maior ou menor potência. Que diferença faz?

Já tem um tempo que estamos discorrendo sobre potência em diversas situações de nosso cotidiano. Mas afinal de contas, na prática, que diferença faz maior ou menor potência?

A física define que a potência de um motor é a capacidade que ele tem de produzir trabalho, ou seja, energia, durante um certo intervalo de tempo. Na realidade tudo o que um motor mais potente é capaz de fazer, um menos potente também deveria ser. Apenas vai demorar mais.

Lá está você na estrada, pista simples, 100km/h e tem um carro em sua frente que você pretende ultrapassar. Se seu motor é um 2.0 litros, cuja potência costuma ser algo em torno de uns 140 CV, dando uma brechinha, você acelera e tudo bem. Já se seu motor é um 1.0 litros, potência em média de 70 CV, a brecha no trânsito vai ter de ser bem maior. Não adianta pisar no acelerador, o aumento da velocidade é lento. Nós fazemos ultrapassagens assim rezando para que não apareça ninguém na pista em sentido contrário, se aparecer a gente desiste e volta para trás do outro carro. Só este argumento, em minha opinião, já é bastante convincente para, podendo, escolher sempre um motor com uns cavalinhos à mais.

Você mora em apartamento? Seu prédio é daqueles mais antigos? Ali dos anos 70 do século passado? Se for, tenho certeza que você já desejou muitas vezes que a potência do motor de seu elevador fosse maior, não é? Acontece comigo, os elevadores daquela época eram dotados de motor com baixa potência. Eles sobem e descem como todos os outros mais modernos, apenas demoram mais, às vezes, muuuuiiiito mais.

Deu para perceber que, em quase todos os casos, quanto maior a potência, melhor. Só que tudo tem seu preço. Neste caso, este preço vai ser sentido todas as vezes que for reabastecer ou pagar a conta de energia elétrica. Maior potência significa sempre maior consumo.

Nestes tempos bicudos, com a gasolina no preço que está, dá para pensar duas vezes se vale mesmo a pena comprar um carro com motorzão.

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