Tratamento da Covid já nos primeiros sintomas
Manejo clínico do coronavírus na rede básica de saúde prevê e permite desde julho, a critério do médico, o tratamento do paciente suspeito de Covid-19, e com os sintomas da doença. Um levantamento feito desde então atesta que em poucos casos os médicos recorreram a ele, prescrevendo medicamentos disponibilizados na farmácia da Secretaria Municipal de Saúde.
Estudo detalhado
O manejo clínico resultou de detalhado estudo feito por cinco infectologistas uberabenses e é por eles assinado. Cristina Hueb Barata e Rodrigo Juliano Molina foram os elaboradores do documento, e a eles se juntaram, na equipe técnica, Danielle Borges Maciel, Alan Cesar Teixeira e Guilherme Henrique Machado.
Raio-X do quadro e orientações
Reunidos pela Secretaria de Saúde, esses profissionais prepararam e assinaram o documento datado de julho de 2020, mencionando, inclusive, os medicamentos disponibilizados para o “tratamento precoce” (não profilático, que tem sido criticado e condenado por alguns dos maiores especialistas em epidemiologia).
Autonomia do médico
Depois de inúmeras abordagens técnicas, que chegaram ao detalhe do procedimento na recepção ao paciente sob suspeita de Covid-19, os infectologistas citaram os medicamentos disponibilizados pela Prefeitura para o tratamento inicial (não hospitalar) na rede municipal.
- Azitromicina 500mg
- Amoxacilia-clavulanato 500/125mg
- Claritromicina 500mg
- Ivermectina 6mg
- Hidroxicloroquina 400mg
Todos eles retirados mediante prescrição médica.
Termos de responsabilidade
Diante as possíveis implicações conhecidas e provocadas alguns desses medicamentos, o Manejo Clínico elaborado pelos infectologistas detalhou também os termos de responsabilidade a serem assinados por médico, que os prescrevesse, e paciente, que concordasse em se submeter ao “tratamento precoce”.
CFM deixou claro
Desde o início da pandemia, e diante das manifestações desencontradas sobre a eficácia ou efeitos colaterais de um ou outro produto no tratamento aos primeiros sintomas do coronavírus, o Conselho Federal de Medicina reforçou a autonomia do médico. Cabe, como sempre coube, ao profissional a prescrição dos medicamentos que julga necessários ao paciente. O Manejo Clínico foi referendado pelo secretário de Saúde Iraci Neto e validado para acatamento nas unidades municipais.