Pondo a perder
O próprio Estado está pondo a perder o que seria a grande inovação no sistema de segurança pública em Minas Gerais: a integração entre as Polícias Militar e Civil. Construídas com esse objetivo, as Aisps - Áreas Integradas de Segurança Pública - agora estão esvaziadas, pois nem uma, nem outra possui efetivo suficiente para fazer o projeto decolar. Pensadas como sedes de delegacias e de companhias da Polícia Militar, as Áreas Integradas viraram postos de registro de boletins de ocorrência – rebatizados REDS – Relatório de Evento de Defesa Social.
Sem gente
A pretendida ocupação de espaços pela Polícia Militar, impulsionando-se o chamado policiamento comunitário (de integração dos policiais com a comunidade), esbarrou na escassez de pessoal, que tem tirado o sono dos comandantes.
Haja paciência
A Polícia Civil, por sua vez, concentrou o plantão noturno em um único espaço, aumentando o tempo de espera para atendimento pelo delegado plantonista aos policiais condutores de presos e de vítimas e pessoas arroladas como testemunhas.
Parceiros desanimados
Outro projeto do Governo que não apresentou resultados práticos foi o de reuniões do Igesp – Integração das Gestões de Segurança Pública. Muitos dos participantes dos primeiros encontros – convocados sob o anúncio de adoção de estratégias de combate à criminalidade – simplesmente deixaram de comparecer. Aparentemente, desanimados com a falta de objetividade. Foi assim com o Ministério Público e o Judiciário. As reuniões de estratégias passaram a ser de balanços de ocorrências registradas. Cansaram-se delas até mesmo representantes da comunidade.
Expectativa
A se confirmar a possibilidade por ele mesmo aventada em conversa com FALANDO SÉRIO há alguns dias, o promotor Laércio Conceição se manifestará até 2ª feira da semana que vem pela denúncia ou não no inquérito da execução de Antônio Stacciarini.
É Brasil!
Delegacia de Polícia de Itaquera/SP está investigando uma série de imagens da Arena Corinthians, em que torcedores adquirentes de ingressos para cadeirantes, mais baratos, aparecem levantados comemorando lances em partidas da Copa do Mundo lá realizadas.
No vermelho
Hospital “Hélio Angotti” continua se debatendo contra o insistente déficit mensal em suas contas. O balanço do ano passado acusou um “buraco” de R$ 7,1 milhões – ou cerca de R$ 600 mil/mês. O déficit mensal continua oscilando entre R$ 600 mil e R$ 800 mil, enquanto o hospital aumenta extraordinariamente o número de atendimentos a pacientes do SUS. Nos últimos três anos, as internações cresceram 51,39% e as sessões de quimioterapia, 204,59%.
Mais casos novos
Em 2010 e 2011, os novos casos de câncer registrados pelo “Hélio Angotti” passaram de 2 mil e o hospital chegou a 2014 com mais de quatro mil pacientes submetidos a tratamento. No País, o Instituto Nacional do Câncer estima que o crescimento da doença, este ano, será de 11%, com 576,5 mil doentes.
Alerta
Ainda avessos à prevenção – em especial ao toque – os homens que se cuidem: o câncer de próstata é o mais comum no sexo masculino (nas mulheres, ainda é o câncer de mama). Com a descoberta precoce, os dois tipos apresentam 90% de cura.
Pênis
Em um ano, Uberaba tem quatro registros de câncer de pênis, feitos pelo “Hélio Angotti”, mas não há sinais de crescimento da doença. Esse tipo de câncer tem a falta de higiene como fator de risco, em especial nos pacientes com fimose dificultando a limpeza.
O preço da demora
A Polícia Civil não pode manter alguém como indiciado pela prática de crime sem concluir o inquérito por prazo além do permitido. Por essa razão, no Distrito Federal, a Justiça condenou o Governo do Distrito Federal a indenizar homem preso em 2006 sob acusação de furto. O inquérito permanecia em aberto três anos depois. A indenização a ser paga foi fixada em R$ 25 mil. Na semana passada, o promotor Laércio Conceição propôs a absolvição de homem acusado de furto de utensílios domésticos, em Uberaba, também em 2006, por falta de provas.
Pode?
Parece cena de tragédia anunciada: homem que recentemente fez ameaça de morte a policial militar responde na Justiça por três homicídios, mas ainda não foi julgado em nenhum dos processos. No seu histórico, outros cinco delitos diferentes.
Depressões
Geógrafo e gestor ambiental, Mauro César da Silva se anima com a redução das depressões nos cruzamentos uberabenses. Segundo ele, as valetas, que tanto incomodam motoristas, também aceleram o escoamento de águas de chuvas para o centro.
Uma e outras
Em Nova Ponte, a Justiça impediu que a Polícia Militar transferisse administrativamente três PMs de uma companhia para outra. É a judicialização presente nos quartéis.// Subtenente Gonzaga, uma das lideranças dos praças da PM mineira, assumiu cadeira na Câmara dos Deputados.// No ano passado, pela prática de diversos delitos, a PM apreendeu 941 menores de idade em Uberaba.// Naquela de São Tomé, cidadão foi à Supra para ver se encontraria a vereadora Denise Max. Não só a encontrou, mas também com as roupas rasgadas, cuidando da cachorrada.
“A maior alma é sempre insignificante ao pé da pequeníssima alma em cuja dependência está”. (Camilo Castelo Branco)