O imortal Jorge Alberto Nabut
Na última quarta-feira, perdemos o colega colunista, escritor, historiador e incentivador cultural, Jorge Alberto Nabut. Ao longo de sua trajetória ele desempenhou um papel significativo na disseminação e preservação da cultura e da história de Uberaba. Sua vida e trabalho são marcados por sua paixão pelo conhecimento e por sua dedicação em compartilhar seus pensamentos e experiências com os leitores de sua coluna e de seus livros.
Uberaba perdeu um de seus mais ilustres filhos, ficará uma lacuna no cotidiano cultural e social de nossa sociedade. Jorge fez história e criou um estilo próprio para registrar os acontecimentos e eventos da cidade. O colunismo social da região tinha sua digital, uma fórmula que ele criou e que era sua marca. Seu jeito irreverente e seus textos críticos e muitas vezes afiados destacavam seu olhar atento e meticuloso em relação aos acontecimentos. Sua opinião sempre teve muito peso e muitos recorriam aos seu conhecimento e sua inteligência para dissertar sobre os mais variados temas.
Quando Jorge Alberto pausou a carreira de colunista para se dedicar aos projetos culturais, recebi a notícia com muita tristeza. Escrevia a ele retratando meu pesar e surpresa com sua decisão. Queria que ele soubesse da minha imensa admiração pelo seu trabalho e o quanto ele me inspirava. Seu talento para a escrita, sua forma de enxergar o mundo, seus textos repletos de perspicácia eram uma fonte constante de pesquisa para mim. Fiz um pedido especial para que ele me deixasse ser o primeiro a divulgar sua volta ao colunismo social, quando assim ele desejasse. Não tive essa chance, mas pude publicar vários de seus eventos, exposições e cobrir o lançamento de seu último livro.
Durante mais de 7 décadas, Jorge acumulou centenas de amigos e admiradores. Seu talento em várias áreas fazia com que ele fosse o foco das atenções onde quer que passasse. Fonte inesgotável de cultura e conhecimento, sempre estava envolvido em alguma ação cultural. Estendeu a mão para vários artistas e trouxe luz para o universo cultural uberabense. Com sua partida inesperada e precoce ficamos agora com as memórias de seus valiosos feitos, seus textos, seus livros e as lembranças dos momentos que cada um em particular teve ao seu lado. Mas lembremos sempre que ele é imortal, porque alguém que valorizou tanto a história não pode jamais ser esquecido.