KÁTIA SANTIAGO RIBEIRO

Disfagia em idosos exige atenção

Kátia Santiago RIbeiro
Katia Santiago Ribeiro
Publicado em 04/10/2025 às 14:57
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Engolir é um ato tão automático que raramente paramos para pensar nele. No entanto, para muitos idosos, essa função pode se transformar em um verdadeiro desafio. Essa dificuldade recebe o nome de disfagia – um distúrbio que afeta a deglutição e pode comprometer a segurança alimentar, a saúde e até a qualidade de vida.

O que é disfagia?

A disfagia é a dificuldade em formar, transportar ou conduzir o alimento ou líquido da boca até o estômago. Ela pode estar associada ao envelhecimento natural do organismo, mas também surge em decorrência de doenças neurológicas (como AVC, Alzheimer e Parkinson), cânceres de cabeça e pescoço ou fraqueza muscular.

Sinais de alerta:

Os sintomas nem sempre são evidentes. Entre os sinais mais comuns estão:

  • Tosse ou engasgos frequentes durante ou após a alimentação.
  • Sensação de que o alimento “para” na garganta.
  • Mudança na voz logo após engolir, ficando mais rouca ou molhada.
  • Perda de peso sem causa aparente.
  • Pneumonias recorrentes, muitas vezes relacionadas à aspiração de alimentos ou líquidos para os pulmões.

Esses sinais devem ser observados de perto por familiares e cuidadores, pois podem indicar risco de desnutrição, desidratação e complicações respiratórias.

Por que os idosos são mais vulneráveis?
Com o passar dos anos, o corpo sofre mudanças fisiológicas: músculos da boca e da faringe perdem força, a coordenação motora diminui e o reflexo de tosse pode ficar menos eficiente. Isso torna o ato de engolir mais lento e arriscado. Quando somamos essas alterações ao impacto de doenças crônicas, a chance de disfagia aumenta consideravelmente.

O papel do diagnóstico precoce

A avaliação da deglutição deve ser feita por uma equipe multidisciplinar, envolvendo fonoaudiólogos, médicos e nutricionistas. O diagnóstico precoce permite ajustar a dieta, orientar posturas adequadas durante a alimentação e prevenir complicações graves.

Tratamento e qualidade de vida

O tratamento inclui desde exercícios fonoaudiológicos para fortalecimento da musculatura orofacial até adaptações na consistência dos alimentos (como dietas pastosas ou espessantes para líquidos). O objetivo não é apenas garantir a nutrição e hidratação adequadas, mas também preservar a dignidade do idoso, permitindo que o momento da refeição continue sendo prazeroso e seguro.

Dra. Katia Santiago Ribeiro

Fonoaudióloga

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