A alimentação é uma das áreas mais importes da saúde, seja ela humana ou animal. Afinal de contas, são os nutrientes dos alimentos que nos trazem a energia vital para sobrevivência e ajudam nosso corpo a se manter sadio. No entanto, da mesma forma que ela pode ser benéfica, a alimentação incorreta pode trazer diversos malefícios. Por isso, a coluna Mundo Pet de hoje te conta como organizar uma alimentação do seu bichinho para que ele se mantenha sempre saudável.
Para uma boa alimentação, alguns pontos devem ser considerado: entre eles a qualidade de comida, a quantidade dela, a fase de vida do animal e também porte. Segundo a médica veterinária Thamires Arantes, em relação à qualidade, os especialistas indicam o consumo de rações premium ou super premium para o animalzinho.
“A segunda coisa a ser considerada é a fase da vida dele. A gente tem disponibilidade de rações para cães e gatos, filhotes, adultos ou sênior, que são os animaizinhos mais idosos. A terceira coisa a ser considerada é o porte, principalmente se for cão. Então, para cães, temos o porte pequeno, médio e grande. Usando dessas informações você vai encontrar, escolher a ração mais adequada para o seu pet. Cada ração tem uma quantidade diferente indicada pelo próprio fabricante no rótulo da ração”, explica.
Segundo a médica, essas informações podem ser conferidas na parte de trás da embalagem de ração e serão indicadas conforme o peso do animalzinho. “Você tem que pesar o seu cãozinho ou o seu gatinho para você ver qual vai ser a quantidade recomendada diária para ele. E essa quantidade recomendada diária você pode dividir em porções. Pode dividir em duas, três porções, de acordo com o que ficar mais adaptado com a sua rotina”, indica Thamirez.
Substituir as rações por alimentos também é uma opção, contanto que seja feito conforme as orientações de um especialista, também levando em consideração o porte e a raça do animal, além de outras informações como comorbidades e idade do pet. “Essa alimentação natural não é tão simples quanto parece. Não é só pegar o nosso pratinho de almoço e dar para o cãozinho ou o gatinho comer. Quando a gente resolver fazer uma alimentação natural para os pets, é extremamente importante que tenha um acompanhamento nutricional para não faltar nenhum nutriente que esse animalzinho vai precisar”, esclarece.
Além disso, muitos alimentos são terminantemente proibidos para cães e gatos. O mais conhecido é o chocolate, no entanto, Thamires conta que dois vegetais muito tradicionais nos pratos brasileiros: o alho e a cebola. “A cebola tem uma toxina que degrada as hemácias, as células sanguíneas dos animaizinhos, podendo causar uma anemia aguda e muito grave. E quando a gente oferece a nossa alimentação para os cães, que têm esse tempero nessa alimentação, pode ser que cause também uma grande sensibilidade gastrointestinal com episódios de vômito e diarreia, mas principalmente se eles acabam ingerindo esses alimentos puros”, informa Arantes.
A lista de alimentos que não devem ser consumidos por pets também inclui o xilitol, presente em açúcares comumente utilizado como adoçante e pode causar intoxicação; uva e uva-passa, muito comum de causar intoxicação de uma forma geral; abacate, também existe uma toxina presente que pode causar uma grande sensibilidade gastrointestinal; as bebidas alcoólicas em geral; leite que pode não ser digerido da forma correta pelo sistema gás intestinal e causar também diversos episódios de vômito e diarreia.
Meu pet quer comer toda hora. E agora?
Segundo Thamires Arantes, os cães são seres naturalmente gulosos. E isso remete a milhões de anos atrás, quando domesticamos estes animais. “Nós o domesticamos justamente por essa alimentação, pelo fato do cão ter associado o ser humano com a alimentação dele. Então, conforme a gente foi oferecendo essa alimentação, foi criando esse vínculo, essa proximidade aos seres humanos. Portanto, é muito comum que os cães associem os seres humanos com a alimentação”, explica.
Arantes analisa que os animais associam a alimentação como uma forma de recompensa, portanto, é muito importante diferenciar o que é o apetite, que é a disposição para comer mais e mais e o que é a fome. “Uma dica que a gente dá é certificar que a alimentação do animal está sendo o suficiente para ele. Essa nutrição está adequada, a quantidade que ele precisa, ele está comendo uma ração de qualidade que está sendo indicada para a fase da vida dele, para o peso? Outra coisa muito importante para ser avaliada é que existe realmente um sinal clínico que é a polifagia, caracterizado pelo aumento da ingestão de alimentos”, informa.
A polifagia é quando existe uma insaciedade do animal em comer mais do que a quantidade daquele alimento que ele já está acostumado a consumir diariamente. “Ele está ingerindo muito mais, porque às vezes a gente pensa que o nosso animalzinho está com fome, mas quando a gente coloca a ração, ele não quer comer mais. Só quer comer o que é de gostoso, o que é de palatável, o que é apetitoso para ele. É importante levar no médico veterinário para fazer exames de triagem, porque esse sinal clínico pode sim estar associado a algumas doenças como diabetes, doença de Cushing, hipertiroidismo, distúrbios pancreáticos, etc”, alerta Thamires.
A vereadora Denise Max lamentou essa semana o encerramento da Farmácia Pet no município de Uberaba. Ela disse que o equipamento público prestava um bom serviço à comunidade e, na opinião da parlamentar, não está difícil de reativá-la. “A Farmácia Pet foi criada pensando em ajudar pessoas de baixa renda, os animais errantes que ficam doentes e eu venho cobrando a reabertura dessa farmácia direto. Não está difícil de ser reaberta, não é tão dispendioso. Tomara que entendam a importância do nosso pedido”, posiciona. (Foto/Divulgação)
