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Devo castrar meu bichinho? Quais cuidados tomar?

Rafaella Massa
Rafaella Massa
Publicado em 03/05/2024 às 19:43
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Além de auxiliar no controle populacional de animais em vulnerabilidade, a castração é um método também usado para combater doenças, como os tumores de testículo, próstata e mamários. Estudos apontam que fêmeas castradas antes do primeiro cio têm 90% menos chances de desenvolver câncer de mama. No entanto, a operação também requer cuidados pré e pós-operatórios.

Segundo o médico-veterinário Pedro Manfrin, é ideal que alguns exames pré-operatórios sejam feitos para garantir o sucesso do procedimento. Estão incluídos exames sanguíneos e eletrocardiograma. Além disso, é recomendada a anestesia inalatória. "Principalmente para pugs, shih tzu, lhasa apso, lulu da pomerânia, esses animais braquicefálicos que são raças que têm o focinho um pouquinho mais achatado, têm a questão de um encurtamento da parte respiratória. Então, nesses casos, é essencial, tem que deixar bem claro para o tutor que a segurança vai ser muito maior em relação à parte anestesia e inalatória para um procedimento correto", afirma.

Pedro ainda explica que outras raças, como cocker, border collie, boxer e outros animais de tórax um pouco mais profundo, também passam por procedimentos mais cautelosos em relação à cirurgia. "Por questão também de achar o pedículo ovariano, do tempo de cirurgia. Então, tudo isso tem que ser avaliado de acordo com o protocolo. Essas preocupações são necessárias, exames pré-operatórios, entender um pouco de cada raça, porque você já vai sabendo o que vai encontrar durante uma cirurgia", esclarece.

Conforme o médico veterinário, em relação ao gênero dos animais, não há muita diferença. No entanto, a cirurgia exige mais cuidado, principalmente contra contaminação, devido à cavidade abdominal. Isso pode ocasionar em um tempo mais longo de operação do que para o macho.

Já os cuidados pós-operatórios exigem um protocolo cirúrgico, em que é recomendado que sejam receitados remédios para o animal, entre eles antibioticoterapia, anti-inflamatório, analgésicos, além de pomadas cicatrizantes, sprays de limpeza ou soro fisiológico, ou algo relacionado. "E a roupinha do pós-cirúrgico, também podendo colocar aqueles colares elisabetanos. Eu não sou muito fã do colares elisabetano, porque tem alguns pacientes que se estressam, mas a roupa é essencial até para evitar riscos de contaminação e claro, sempre tentar deixar mais em repouso. O período de recuperação varia, mas é normalmente de 10 dias", pontua Pedro Manfrim.

O médico-veterinário conta que, para além de cães e gatos, outros animais também podem e devem ser castrados, como hamsters e porquinhos da índia, em que a operação é recomendada já que esses animais têm predisposição a terem neoplasias, tumores e infecções uterinas, além de tumores mamários.

"Então, sim, é recomendado. Em relação aos coelhos, ajuda sim em questão do comportamento de marcação de território. Não é uma regra, mas ajuda bastante e também tem correlação. Por exemplo, porquinhos-da-índia, a partir dos seis meses, não conseguem mais parir sozinhos. Então, nesses casos, é recomendada castração deles também. Benefícios para evitar problemas reprodutivos, problemas hormonais em si e também questão comportamental", finaliza.

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