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Fevereiro Roxo: Saiba como a Síndrome da Disfunção Cognitiva pode afetar seu pet

Rafaella Massa
Rafaella Massa
Publicado em 15/02/2024 às 16:07Atualizado em 15/02/2024 às 16:56
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Síndrome da Disfunção Cognitiva se assemelha ao Alzheimer (Foto/Reprodução)

Doenças neurológicas não ocorrem apenas em humanos, animais também podem desenvolver enfermidades que diminuem consideravelmente a qualidade de vida. Para os humanos, o Fevereiro Roxo trabalha a conscientização das doenças Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus. No caso dos pets, ele busca alertar sobre a Síndrome da Disfunção Cognitiva, condição semelhante ao Alzheimer.  

Segundo a médica veterinária Isabel Rodrigues Rosado, os sintomas desta síndrome incluem alterações comportamentais, como ansiedade e agressividade. “Problemas de higiene, como a eliminação inadequada de fezes e urina também são comuns. Outros sinais envolvem a diminuição da interação com tutores e outros animais, desorientação dentro de casa, alterações no ciclo sono-vigília e redução da audição e visão. Os animais começam a dormir mais durante o dia e ficarem acordados a noite”, explica.

A Síndrome da Disfunção Cognitiva acontece principalmente em animais de idade avançada. De acordo com Isabel, a doença é causada pelo acúmulo de duas proteínas nos neurônios e vasos sanguíneos cerebrais: a Betamiloide e proteína Tau. “Elas levam ao comprometimento da perfusão deste órgão e morte das células. Quando a perda de neurônios atinge um ponto crítico, os sintomas e sinais clínicos tornam-se evidentes”, analisa. 

As lesões cerebrais causadas por essa síndrome são semelhantes ao Alzheimer humano, comprometendo a cognição do animal devido à perda de neurônios ao longo da vida. A identificação precoce desses sinais é crucial para o tratamento e a qualidade de vida do animal. 

“É fundamental que os tutores reconheçam alterações no comportamento de seus animais como sintomas patológicos, não os atribuindo apenas ao envelhecimento fisiológico. A conscientização permite a intervenção precoce, reduzindo a progressão da doença e preservando a qualidade de vida do pet”, esclarece Isabel.

Lembrando que não existe uma fórmula mágica que garanta que o pet não sofrerá com doenças neurológicas durante a velhice. Mas, o enriquecimento de estímulos no ambiente em que ele vive é essencial para o bem-estar e na prevenção da disfunção cognitiva. Isso implica em oferecer atividades que o pet precisa para satisfazer seus instintos. 

Um dos pilares do enriquecimento ambiental são os estímulos físicos e mentais, por meio de jogos, brinquedos ou brincadeiras que estimulam o sistema cognitivo dos pets. Alimentação de qualidade desde o início da vida e visitas regulares ao médico-veterinário também são fundamentais para a prevenção de doenças neurodegenerativas. 

A vereadora Denise Max orienta a população sobre o acorrentamento de cães em Uberaba. Ela lembra que a Lei Complementar 655/2023 permite que o pet seja preso apenas temporariamente, em casos específicos como construção de muro e em curtos períodos. Além disso, a legislação obriga que o tutor tenha abrigo que proteja o animal do sol, chuva e outras intempéries. Caso seja presenciado algum caso de maus tratos, denúncia pode ser feita por meio do número 198, da Polícia Ambiental.

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