A etapa da Coreia do Sul foi uma corrida difícil para as equipes e seus engenheiros. Foi uma corrida nova para a Pirelli e para as equipes. Ano passado, a etapa foi realizada sob chuva intensa e a fornecedora de pneus era a Bridgestone. Para complicar a vida do estafe técnico das equipes novamente, os dois primeiros treinos de 2011 foram realizados sob chuva. O primeiro sob chuva intensa e o segundo com uma chuva leve. E isso atrapalhou o conhecimento das equipes e de como seria a durabilidade da borracha italiana na pista sul-coreana.
Tempo perdido. Dois treinos de uma hora e meia foram perdidos e restou o terceiro treino, aquele que antecede a classificação, para as equipes tentarem entender como seria o desempenho dos pneus em Yeongam! Vimos cenas raras: como um carro de ponta usando pneus super macios já no Q 1. Como Webber de RB 7. Parecia que teríamos uma reedição do GP japonês, onde a McLaren se sobressaiu. E para completar, Hamilton foi o pole. Se no Japão o alemãozinho Vettel conseguiu uma volta ímpar, na Coreia do Sul ele bem que tentou e não conseguiu. A pole de Hamilton interrompeu uma sequência de Vettel.
Perdidos. Antes da corrida começar a mídia estava meio perdida, chegando a falar em até quatro trocas de pneus durante a prova. Mas a Red Bull não parecia estar assim. E bastaram poucos metros para Vettel conseguir se impor sobre Hamilton, assumir a ponta e em poucas voltas abrir uma vantagem confortável. O alemão realizou sua troca de pneus uma volta após Hamilton. Vettel gastou 22:098 e Hamilton 20:846. Apesar da troca ruim, Vettel voltou na frente de Hamilton, pois tinha conseguido uma boa vantagem na pista.
Perdidos II. Já a Ferrari estava com sua tática de corrida fora da realidade. Na décima segunda volta seus carros pareciam estar sem pneus, enquanto os da Red Bull e McLaren apresentavam tempos melhores. Webber conseguiu abrir de Massa e Alonso sofria com os ataques de Button, que fez uma péssima largada no melhor estilo Webber 2011. Para não perder muito tempo atrás de Alonso, Button trocou na 13ª volta e as Ferraris na 14ª, com Massa, e 15ª, com Alonso. Mais uma vez a equipe italiana jogou água no chope do brasileiro. Massa gastou em seu primeiro pit 23:642, enquanto Alonso 20:978 segundos.
Mala vermelha. A equipe italiana jogou sujo com Felipe mais uma vez e não foi só neste primeiro pit-stop. No segundo a mancada foi maior ainda. Apesar de não fazer outro pit lento, pois foi quase igual ao segundo do Alonso (21:080 para Massa contra 20:639 de Alonso). A equipe parou Massa na hora errada e quando o piloto voltou à pista estava atrás de carros lentos e o espanhol continuou com pista livre, realizando a parada e voltando à frente do brasileiro. O interessante é que Felipe já havia conseguido abrir uma vantagem para cima do espanhol.
Pela primeira vez nesta temporada Massa nadou na frente de Alonso e ainda conseguiu abrir do hispânico, para desespero da equipe. Nesta etapa o piloto brasileiro demonstrou que ainda sabe pilotar um F1. Mas deve ser duro ver que dentro de casa a direção da equipe joga contra.
Impecável. Vettel foi impecável ao volante da RB 7 na pista coreana. E não deu chances a ninguém. Só não fez a pole. Porém, ele largou na primeira fila e depois que assumiu a ponta não a perdeu mais. Como desabafo, Tiãozinho fez na última volta a melhor do dia. Com seu primeiro lugar e o terceiro de Webber, a equipe Red Bull conseguiu levar o campeonato dos construtores com antecedência. O de maior importância para as equipes, já que esse título vale algo em torno de US$100 milhões para a equipe vencedora.
Deu ‘tilth’. Hamilton parecia outro piloto ou pessoa em Yeongam. Não fez nenhuma besteira e não jogou ninguém para fora ou destruiu a corrida de alguém. No entanto, em momento algum cruzou com Massa. Se com Vettel não teve como defender sua posição, com Webber foi diferente. Esse duelo foi o melhor da prova coreana. Hamilton não ia ao pódio desde a etapa da Alemanha (24/07).
Soca. O primeiro colocado depois das três grandes (Red Bull, McLaren e Ferrari) foi Alguersuari, que chegou em sétimo, com a Touro Rosso. Chegando à frente da Mercedes de Nico Rosberg. Buemi fez uma corrida de recuperação e fechou em nono e foi o autor da quarta melhor volta do dia, ficando à frente das duas Ferraris, da McLaren de Button, e de muita gente boa.
São cadeado. Dan Wheldon correu em Las Vegas como convidado. Foi o único que aceitou o convite dos organizadores da etapa. E encontrou a morte num dos piores acidentes dos últimos tempos na F Inddy. Dan foi o vencedor das 500 milhas de Indianápolis desse ano e não fazia a temporada completa. Estava em negociação com a Andretti para a temporada de 2012. Ironicamente, na noite anterior à corrida havia tatuado as iniciais do nome da esposa no pulso.
Felicidades para todos!