Nico Rosberg viveu mais um fim de semana perfeito. Liderou os treinos e fez a pole, e ainda contou com erro de Lewis Hamilton na largada. Rosberg comandou toda a corrida e não foi ameaçado em nenhum momento. Lewis ainda amargou o terceiro posto depois de não conseguir ultrapassar Verstappen no giro final.
Detalhe. Essa não foi a primeira, a segunda ou a terceira vez que Hamilton largou mal neste ano. Só para relembrar, a cartolada proibiu as conversas técnicas no rádio. Depois voltou atrás e aceitou que, novamente, os engenheiros ajudassem os pilotos com dificuldades técnicas durante as provas.
*Mas vetou a ajuda na volta de apresentação, onde os pilotos e a turminha dos boxes calibravam o sistema de embreagem. Nos carros atuais essa é uma manobra meio que complexa e pelo jeito Hamilton não decorou como se faz o procedimento, razão pela qual ele tem realizado largadas medíocres para um tricampeão.
Relembrando. Lewis começou o ano cheio de azares técnicos. Seu primeiro terço do campeonato foi desastroso. Porém, em Mônaco, 29/5, ele emplacou uma série de vitórias que dizimou uma diferença de 43 pontos que tinha de desvantagem para Rosberg, e durou até o GP da Alemanha em 31/7. Com uma exceção - o GP de Baku.
Férias. Vieram as férias de verão e Nico engatou uma sucessão de conquistas, também com uma exceção, o GP do Japão, onde Vettel quase acabou com a corrida do alemão e foi inclusive a corrida onde o propulsor alemão abriu o bico, no carro 44. Uma ocorrência suspeita, porém sem provas de existir algum tipo de trapaça.
Austin. A próxima etapa é o GP do Texas. Prova que, no circuito do ano passado, ficou marcada pela atitude de Hamilton jogar o boné de segundo lugar no rival Nico. E daquele dia até hoje ocorreram vinte etapas. Nico ganhou doze etapas e Lewis apenas seis, e a dupla da Red Bull, uma, cada piloto.
Lógica. Aparentemente, tudo conspira para que finalmente Nico Rosberg seja o vencedor nesta temporada, já que exibe números de campeão mundial. Logicamente, os campeonatos antigos não tinham apenas uma dupla ganhando. Era outra F1, na verdade, era a F1 que aprendemos a amar e não essa coisa de hoje.
*O pai de Nico foi campeão vencendo apenas uma etapa. Exemplo sacana este. Esse negócio de estatística na F1 é uma coisinha desleal. Emerson foi bicampeão e tem 14 vitórias. Exempl em 1974, o campeonato teve quinze etapas e Emerson ganhou três. Hoje temos 21 etapas e quase uma só marca vencendo. Era uma época totalmente diferente, em que o piloto ainda era a parte principal do esquema todo. Nelson viveu parte dessa época.
E Senna foi obrigado a viver a fase em que o carro era mais importante que o piloto, mas quando o chão molhava não tinha pra ninguém e não importava o carro e, sim, seu instinto e o braço.
Aula. Os italianos mais uma vez deram uma aula de como não se deve fazer estratégias de pneus. Enquanto todos paravam e colocavam pneus duros, o mestre das estratégias italiano colocou pneus macios no carro de Vettel. Parece que o cara é cego.
As Ferraris foram bem nos treinos. No entanto, para a corrida, sofreram punições: Vettel por causa da manobra infeliz no GP da Malásia e, Kimi, por ter trocado o câmbio. Para Kimi, foi ainda pior, pois ele estava na fila de Hamilton e se atrapalhou ainda mais com a Mercedes lenta na sua frente.
Raça. O final da etapa foi emocionante. Lewis vinha descontando mais de um segundo por volta em relação a Verstappen, e quando chegou na hora de ultrapassar viu que não fácil. Foram umas cinco voltas no vácuo do holandezinho. Porém, na tacada final, Verstappen mudou sua trajetória na freada e Lewis acabou fora da pista, tendo que amargar o terceiro posto.
Duelo. A Force India mais uma vez foi melhor que a Williams. Perez e Nico acabaram em sétimo e oitavo, respectivamente, enquanto as Williams fizeram nono e décimo, com Massa e Bottas. No Mundial de Construtores, a equipe indiana abriu dez pontos de vantagem.
Uma ótima semana!!!